A última jornada teve desfechos diferentes para os três primeiros classificados da liga inglesa. O líder Manchester City venceu, o Chelsea, segundo classificado, empatou e o Liverpool, que se encontra em terceiro, perdeu. Com estes resultados, os citizens lideram a liga inglesa com 50 pontos, mais oito que os blues e nove que os reds, sendo que estes têm menos um jogo. Por aqui dá para ver a importância da próxima jornada. O líder Manchester City desloca-se ao campo do Arsenal, quarto classificado, enquanto em Londres Chelsea e Liverpool medem forças.

Podes apostar nestes grandes jogos no site da Betano.pt e fica desde já a saber que em ambos os encontros o favoritismo recai para as formações que visitam Londres neste início de ano!

“Não esperava estar já a esta distância, apesar do Liverpool ter um jogo a menos, mas faltam 54 pontos por disputar. Ninguém é campeão em dezembro, nós vamos perder jogos também. E olhando para o calendário próximo vejo um jogo em Londres com o Arsenal, desafios com o Chelsea e o Southampton, não é fácil”. Estas declarações pertencem a Pep Guardiola, depois da vitória do Manchester City no campo do Brentford, por 1-0. 

Depois da última ronda (empate caseiro frente ao Brighton), Thomas Tuchel também tinha coisas para dizer. “Como é que é suposto estarmos na luta pelo título? Só um estúpido pode pensar que isso é possível com sete casos de Covid-19 mais cinco ou seis jogadores lesionados durante, pelo menos, dois meses. Como é que possível competir assim? Esta é a realidade e temos de aceitar as regras que nos impõem. Isto é como jogar na roleta e esperar pelo resultado”, desabafou após o encontro.

Já Jurgen Klopp mostrou o seu desalento após a derrota no campo do Leicester. “Foi um jogo muito estranho. Nós não fomos bons o suficiente, mas ainda tivemos algumas oportunidades, mas não tomámos as melhores opções. Fizemos um jogo realmente mau, pelo que merecemos o que tivemos. Tivemos vários jogadores com exibições abaixo do normal e não encontro explicações», afirmou o treinador alemão após a partida.

Apesar de Guardiola ter um discurso cauteloso, a verdade é que o Manchester City cavou um fosso importante para os mais diretos perseguidores e o espanhol sabe que na próxima jornada pode aumentar ainda mais a vantagem para Chelsea ou Liverpool, ou mesmo para os dois, caso vença o seu jogo e haja empate no outro encontro.

Arsenal – Manchester City, 1 de janeiro, às 12h30

Estes jogos têm sempre uma cereja em cima do bolo, desde que Mikel Arteta saiu debaixo da asa de Guardiola e enveredou por uma carreira a solo nos gunners. Só que o treinador do Arsenal vai estar ausente do banco de suplentes, porque está infetado com Covid-19, pela segunda vez, por isso, o duelo entre os dois durante a partida de Londres ficará para outra oportunidade. 

Desde que Arteta assumiu o comando técnico dos londrinos, os dois espanhóis defrontaram-se em seis ocasiões, com cinco vitórias para Guardiola e apenas uma para o seu antigo adjunto, no entanto, este único triunfo abriu o caminho para a conquista de um troféu para o Arsenal, já que aconteceu nas meias-finais da Taça de Inglaterra, em 2019/20 – depois, na final, os gunners bateram o Chesea, por 2-1. 

Ambas as equipas chegam a este encontro na sequência de bons resultados. Os londrinos apresentam quatro vitórias consecutivas, as duas últimas com goleadas, já o Manchester City vai em dez triunfos seguidos e, nos últimos quatro jogos, marcou 18 golos. Os comandados de Guardiola são o melhor ataque e defesa da liga e, entre os vários jogadores em destaque, os portugueses Bernardo Silva, João Cancelo e Rúben Dias têm estado em plano de evidência. O primeiro é o melhor marcador da equipa na liga, com sete golos, enquanto o defesa direito já contabiliza quatro assistências – só Gabriel Jesus tem mais do que ele na competição. Nos londrinos, Cédric Soares e Nuno Tavares têm tido as suas oportunidades, mas não são normalmente os titulares nas respetivas posições.

Na primeira volta, e logo na terceira jornada, o City cilindrou o Arsenal por 5-0, isto numa altura em que o futuro próximo dos gunners parecia negro. É que os londrinos entraram claramente com o pé esquerdo na edição deste ano da Premier League, averbando três derrotas nas primeiras rondas da prova. Desde então que a formação liderada por Arteta tem subido na classificação e chega a este duelo no quarto lugar, o último que dá acesso à próxima edição da Liga dos Campeões.

É a primeira vez, desde o Wimbledon em 1996/97, que uma equipa chegou ao Natal nesta posição, depois de ter perdido os primeiros três jogos da liga.  A aposta de Mikel Arteta na juventude está a dar os seus frutos, como se viu, por exemplo, frente ao Leeds. Pela primeira na história da liga inglesa, três jogadores com 21 anos, ou menos, marcaram no mesmo encontro.  Falamos de Gabriel Martinelli (20), Bukayo Saka (20) e Emile Smith Rowe (21).

Esta goleada da equipa de Londres frente ao Leeds permitiu ainda ao Arsenal chegar aos sete mil golos na Premier League, feito que só Everton e Liverpool já tinham alcançado. Os bons resultados da equipa não podem ser dissociados ao facto de Arteta ter, pelos vistos, encontrado o seu onze inicial. É que há seis anos que os gunners não repetiam os mesmos futebolistas em quatro jogos seguidos, como aconteceu agora. 

E isto tudo está a acontecer numa altura em que a contratação mais cara da história do Arsenal não sai do banco de suplentes (Nicolas Pépé custou 80 milhões) e Pierre-Emerick Aubameyang (contratado por 60 milhões ao Borussia Dortmund, em 2018) foi afastado da equipa por problemas disciplinares. Aliás, desde o início da última temporada que os londrinos venceram mais jogos sem ele (58%), do que com o gabonês na equipa (47%). 

Para este encontro, a lista de ausentes do Arsenal conta com Kolasinac, Pierre-Emerick Aubameyang, Calum Chambers, Takehiro Tomiyasu e Cédric Soares. Do lado forasteiro, Kyle Walker, Rodri e John Stones estão em dúvida.

Chelsea – Liverpool, 2 de janeiro, às 16h30

Nas últimas cinco épocas, só Liverpool e Chelsea é que conseguiram roubar o título ao Manchester City, atual campeão inglês, que acabou a liga em primeiro lugar em 2020/2021, 2018/19 e 2017/18. Em 2019/2020, os reds acabaram com uma seca de 30 anos, enquanto os blues fizeram a festa em 2016/17, sob o comando técnico de Antonio Conte. Além disso, estamos perante o atual campeão europeu, o Chelsea, e uma equipa que venceu a Champions em 2018/19, o Liverpool. E se no outro jogo deste texto, há dois espanhóis no banco de suplentes, neste caso, são os alemães os homens do leme. Thomas Tuchel e Jurgen Klopp são velhos conhecidos e têm este domingo mais um duelo quentinho entre mãos.

Na primeira volta, em Anfield Road, registou-se um empate a um golo, numa partida em que os reds jogaram em superioridade numérica durante a segunda parte quase toda. Frente a frente vão estar o segundo (Liverpool) e terceiro (Chelsea) melhores ataques da prova, sendo que os reds lideram os rankings dos goleadores e assistências da Premier League: Salah, com 15 golos, e Diogo Jota, com 10, estão no topo dos melhores marcadores, já nos passes certeiros, o egípcio também lidera, com nove, seguido do colega de equipa Trent Alexander-Arnold, com oito. Na equipa de Londres, o melhor marcador é Mason Mount, com sete golos, aos quais junta cinco assistências, o mesmo número de passes certeiros que registam Reece James e Kovacic.

Este vai ser o terceiro embate entre os dois alemães na Premier League e Tuchel regista um empate e uma vitória, sendo que ambos os treinadores sabem que estão proibidos de perder mais pontos, caso não queiram aumentar a distância para o líder Manchester City. Os blues chegam a este jogo com apenas duas vitórias nas últimas cinco jornadas, já os reds perderam cinco pontos nas duas rondas mais recentes (derrota com Leicester e empate com Tottenham).

Se o Liverpool prima por um futebol ofensivo e rápido, já o Chelsea de Tuchel sempre assentou numa consistência defensiva, que agora não parece existir tanto assim. É que nos últimos 10 jogos, os blues sofreram golos em oito deles. Quando o alemão substituiu Frank Lampard e o seu efeito positivo na equipa não demorou a chegar:nos primeiros 25 encontros, só teve duas derrotas. Uma contra o FC Porto, em jogo da Champions, e outra na Premier League, frente ao W.B.A, numa partida em que a equipa ficou reduzida a 10 unidades logo aos 29 minutos. De resto, foram seis empates e 17 vitórias.

De registar ainda que nesses 25 encontros, em 18 deles os blues não sofreram qualquer golo. Esta boa performance defensiva valeu um recorde a Tuchel, tornando-se no treinador com o maior número de partidas sem sofrer golos nos primeiros jogos a contar para a liga inglesa. Foi na vitória por 2-0 frente ao Fulham, no dérbi de Londres, que Tuchel suplantou o anterior máximo de José Mourinho e Scolari, que tinham conseguido manter a baliza inviolada em dez das primeiras 15 partidas que disputaram no comando técnico dos londrinos. E continuando a falar de recordes para Tuchel, o alemão tornou-se também o primeiro treinador a chegar à final da Liga dos Campeões de forma consecutiva por equipas diferentes. Em 2019/2020, conduziu o PSG à final da competição (os bávaros venceram por 1-0) e em 2020/21 derrotou o Manchester City, por 1-0.

Para domingo, em Londres, Tuchel não pode contar Reece James, Ben Chilwell, Thiago Silva, enquanto Timo Werner e Andreas Christensen estão em dúvida. Nos forasteiros, Andrew Robertson está a cumprir suspensão relacionada com um cartão vermelho, já Thiago Alcântara e Origi podem ser outra vez opção para Klopp, isto depois de terem recuperado de pequenas lesões.