Aí está mais um fim de semana que promete fortes emoções nos principais campeonatos europeus. Destacamos três jogos, dois em Inglaterra e um em Itália: o Liverpool-Chelsea, em que existe favoritismo, embora pouco acentuado, dos visitados, o Arsenal-Manchester United, com odds mais favoráveis para a equipa da casa, mas também sem grande desequilíbrio, e o Juventus-Atalanta, com ligeiro pendor para a “vecchia signora”. Podes apostar nestes jogos no site da Betano.pt, bem como nos restantes encontros das respetivas rondas.
Liverpool FC-Chelsea (sábado, 21/01, 12h30)
Será um duelo entre as duas grandes desilusões da Premier League desta temporada. Tidos como candidatos ao título no início da época, ocupam a nona e décima posição da tabela, com os mesmos pontos, e já se encontram a dez pontos do quarto classificado, o último de acesso à Liga dos Campeões e que é ocupado pelo Newcastle. De resto, a não ser que arrepiem caminho, até a Liga Europa e a Liga Conferência começam a estar em perigo para estes dois colossos.
O Liverpool FC vem de duas derrotas a roçar o escandaloso na Premier League (1-3 e 0-3, respetivamente nos terrenos do Brentford FC e Brighton & Hove Albion), mas na passada terça-feira regressou aos triunfos (1-0 no reduto do Wolverhampton Wanderers). Já o Chelsea bateu o Crystal Palace, em casa, por 1-0, mas antes registara três derrotas consecutivas: 0-1 em casa com o Manchester City, para o campeonato, 0-4 no terreno do mesmo adversário, em desafio da Taça de Inglaterra, e 1-2 em casa do Fulham.
No Liverpool FC, Jürgen Klopp deverá contar com o regresso de Darwin Nuñez, que falhou os dois últimos desafios, devido a lesão. Harvey Elliott, que marcou o grande golo que valeu a vitória na passada terça-feira, por 1-0, no terreno do Wolverhampton Wanderers, para a Taça de Inglaterra, saiu desse encontro com um ligeiro problema num tornozelo, mas também deverá estar apto. Quem continuará garantidamente de fora serão o central Virgil van Dijk e os avançados Luis Díaz e Diogo Jota.
No Chelsea, o extremo ucraniano Mykailo Mudryk, reforço do mercado de inverno, já se treina com os seus colegas, tendo o “handicap” de não competir desde fins de novembro. De fora da deslocação a Anfield, devido a lesão, ficarão o guarda-redes Edouard Mendy, os defesas Ben Chilwell, Wesley Fofana e Reece James, os médios Kanté e Zakaria e os avançados Armando Borja, Sterling e Pulisic. E, claro, o avançado português João Félix, a cumprir suspensão de três jogos, depois de ter sido expulso na estreia pelos “blues”, diante do Fulham. Ao todo, são dez os impedidos de alinhar.
A temporada pode estar a ser um desastre para estes dois gigantes do futebol europeu, mas não faltam jogadores capazes de decidir uma partida. No Liverpool FC, o melhor marcador esta época é o inevitável Mohamed Salah – 17 golos em 28 partidas oficiais, mas apenas um nos últimos cinco desafios. Refira-se que o português Fábio Carvalho regressou aos eleitos de Jürgen Klopp na última partida, com o Wolverhampton Wanderers, tendo sido substituído aos 66 minutos, isto depois de nos cinco encontros oficiais anteriores não ter sido utilizado, por opção técnica.
No Chelsea, ninguém se tem destacado no que toca a golos marcados, com os melhores a serem Havertz e Sterling, ambos com seis golos em encontros oficiais. Recorde-se no entanto que o avançado inglês não poderá ir a jogo.
Nos últimos dez jogos em Anfield entre as duas equipas a contar para a Liga inglesa, a formação da casa não tem sido feliz, tendo conseguido apenas duas vitórias, contra três triunfos dos forasteiros e cinco igualdades. Recorde-se que o jogo da primeira volta entre Chelsea e Liverpool FC, marcado para Stamford Bridge, foi adiado devido à morte da Rainha Isabel II e entretanto ainda não se realizou.
Arsenal-Manchester United (domingo, 22/01, 16h30)
Se Liverpool FC e Chelsea têm sido as grande desilusões desta edição da Liga inglesa, o Arsenal apresenta-se como o líder improvável, enquanto o Manchester United tem encetado excelente recuperação, com exceção do último jogo. Os “gunners” lideram de forma destacada a classificação, com cinco pontos de avanço sobre Manchester City e oito sobre o Manchester United, embora os “citizens” e os “red devils” tenham mais um jogo realizado. Por isso, as contas para a formação orientada por Erik ten Hag na luta pelo título são fáceis de fazer: uma vitória poderá relançar a equipa, um empate não será uma tragédia, mas estará longe de constituir um bom resultado, e uma derrota significará, de forma realista, o fim do sonho. Quanto ao Arsenal, somar mais três pontos será um passo importante na tentativa de chegar a um troféu que lhe escapa desde 2003/04.
Os “gunners” somam impressionantes 47 pontos em 18 jogos na Liga inglesa, fruto de 15 vitórias, dois empates e uma derrota (42-14 em golos). Curiosamente, o único desaire ocorreu diante do Manchester United, por 3-1, em Old Trafford, mas a formação orientada por Mikel Arteta não tem facilitado nos jogos grandes e ainda na última jornada foi a casa do Tottenham, o maior rival, ganhar por 2-0, com um golo de Martin Odegaard e um autogolo do guarda-redes Hugo Lloris.
Têm sido vários os jogadores dos “gunners” a nível muito alto nesta temporada. Podemos começar por referir o nome de Martin Odegaard, o “motor” da equipa e autor de oito golos em partida oficiais e podemos prosseguir em Bukayo Saka, terceiro jogador com mais assistências (sete) no campeonato e autor do mesmo número de golos. E não podemos esquecer Gabriel Martinelli, que tem brilhado no ataque e também já faturou em sete ocasiões. Já Gabriel Magalhães tem sido um esteio no centro da defesa e o mais utilizado por Arteta até ao momento (2113 minutos em 25 jogos oficiais, com um golo marcado). O médio português Fábio Vieira ainda não conseguiu ganhar o seu espaço – nove jogos como titular em 2022/23, mas apenas um na Premier League – mas tem estado em bom plano quando chamado à ação e no recente encontro com o Oxford United, para a Taça de Inglaterra, fez duas assistências na vitória por 3-0. Refira-se que o lesionado Gabriel Jesus é o único futebolista impedido de alinhar diante do Manchester United.
O Manchester United vinha de uma impressionante série de nove triunfos em jogos oficiais (cinco na Premier League) mas viu travada a caminhada vitoriosa na passada quarta-feira, ao empatar a uma bola em casa do Crystal Palace, tendo sofrido o golo no primeiro minuto do tempo de compensação. O golo dos “red devils” foi apontado por Bruno Fernandes, que se encontra em grande forma, pois já tinha marcado no desafio anterior, na importante vitória caseira com o Manchester City, por 2-1. Com duas assistências e dois golos nos últimos cinco desafios, tem melhorado significativamente na participação direta em golos, depois de um início de época modesto no que as estes itens diz respeito. No total, soma cinco golos e cinco passes para golo em 27 desafios oficiais.
Em grande plano no Manchester United tem estado Marcus Rashford: 16 golos e cinco assistências oficiais em 2022/23, tendo faturado por oito vezes nas últimas nove partidas. Diogo Dalot, o outro português do plantel do Manchester United, continua lesionado e ainda não deverá estar apto para a deslocação ao Emirates Stadium, enquanto Anthony Martial está em dúvida. O Arsenal não tem dado grandes hipóteses ao Manchester United nas receções para o campeonato, somando cinco vitórias, um empate e uma derrota nas últimas sete partidas.
Juventus-Atalanta (domingo, 22/01, 19h45)
A Juventus recebe a Atalanta, num duelo importante na luta por um lugar de acesso à Liga dos Campeões de 2023/24. A equipa da casa ocupa a terceira posição, com 37 pontos, enquanto os visitantes, apesar de estarem no sexto posto, têm apenas menos três pontos do que o seu adversário. Ou seja, em caso de vitória, igualam o rival, embora possam eventualmente continuar atrás do Inter Milão (tem mais três pontos) e em igualdade pontual com AS Roma e Lazio. Mais longe continuará o Nápoles, que de momento lidera com mais nove pontos do que o AC Milan e 10 do que a Juventus e Inter Milão.
A Juventus vinha de uma série de oito vitórias consecutivas na Série A, mas na última ronda baqueou de volta violenta no reduto do Nápoles por 1-5, fazendo marcha-atrás na recuperação e sofrendo uma “machadada” na luta pelo “scudetto”. Quanto à Atalanta, venceu os dois últimos jogos (2-1 em casa do Bolonha e um impressionante 8-2 na receção ao Salernitana), depois de uma série negra de três derrotas consecutivas e um empate.
Depois do desastre em Nápoles, Massimo Allegri teve três boas notícias na preparação da receção à Atalanta, com Pogba, Quadrado e Vlahovic a regressarem aos treinos, após longa ausência. Os três alinharam na passada quarta-feira, 18 de janeiro, no desafio particular com o Fossano, que durou apenas 45 minutos. Refira-se que Vlahovic, apesar de não competir oficialmente desde 25 de outubro, na derrota na Luz com o Benfica (3-4), continua a ser o melhor marcador da Juventus no campeonato, com seis golos.
Na Atalanta, o melhor marcador na Série A é o atacante nigeriano Ademola Lookman, com nove golos. Um rendimento que surpreende um pouco, tendo em conta que costuma alinhar como extremo e não como ponta de lança e que o seu máximo de golos na carreira foi de oito na época transata, ao serviço do Leicester City. Sublinhe-se que em Turim o técnico Gian Piero Gasperini não poderá contar com o defesa direito Davide Zappacosta, lesionado.
Na época passada, a Atalanta ganhou em casa da Juventus para o campeonato, por 1-0, feito que já não conseguia desde 1989/90. E entre 2018/19 e 2020/21 verificaram-se três empates, o que significa que a “vecchia signora” não conseguiu ganhar nas últimas quatro receções a este rival, depois de ter vencido por oito temporadas consecutivas, entre 2019/10 e 2017/18.
