Em mais um fim de semana que promete muito e bom futebol nos principais campeonatos europeus, destacamos os jogos dos líderes dos campeonatos inglês e italiano. O Arsenal tem na agenda um (teoricamente) difícil dérbi londrino em casa do Fulham de Marco Silva, João Palhinha e Cédric Soares (domingo, às 14h00), enquanto o Nápoles (sem o castigado Mário Rui) recebe a Atalanta (sábado, às 17h00). Duas vitórias seriam mais um passo importante de “gunners” e napolitanos na caminhada para os títulos de campeão nacional que há muito lhes escapa. Podes naturalmente apostar nestes dois desafios no site da Betano.pt e fica a saber que Arsenal e Nápoles são favoritos.

Fulham-Arsenal (12/03, 14h00)

O Arsenal inicia a 27ª jornada da Premier League na liderança, com mais cinco pontos do que o Manchester City, segundo colocado. E se a época dos “gunners” tem sido reconhecidamente extraordinária, os últimos jogos têm trazido maiores dificuldades à formação de Mikel Arteta. Na passada quinta-feira, ainda que para a Liga Europa, os “gunners” empataram a duas bolas em Alvalade, com o Sporting, resultado que até foi um pouco lisonjeiro, em face das muitas oportunidades de golo dos leões. E quatro dias antes, para o campeonato, sofreram a bom sofrer diante do AFC Bournemouth, virando o resultado de 0-2 para 3-2, com o golo, apontado por Reiss Nelson, a surgir na última jogada.

Nesta jornada, o Arsenal tem uma deslocação previsivelmente complicada ao terreno do Fulham, para um dérbi londrino que esta temporada ganha mais cor, em face da magnífica temporada realizada pelas duas equipas. Os “cottages”, que em teoria iriam lutar pela manutenção, ocupam a sétima posição e estão de olho na Liga Europa. Aliás, os mais otimistas até sonham com a possibilidade de uma inédita presença na Liga dos Campeões: para já, o quatro lugar (o último de acesso à competição), ocupado pelo Tottenham, está a seis pontos de distância.

Na última ronda do campeonato, o Fulham viu interrompida uma série de sete desafios sem conhecer o sabor da derrota (quatro vitórias e três empates) ao perder por 3-2 no terreno do Brentford FC. Mas desta feita, no seu estádio, onde ainda só perdeu por três vezes nesta edição da Liga inglesa, vai tentar voltar aos bons resultados.

Salvo contratempo de última hora, João Palhinha fará parte do onze inicial do Fulham, ou não fosse um dos indiscutíveis de Marco Silva: é o terceiro futebolista mais utilizado esta temporada, com um total de 2380 minutos em 28 jogos e já apontou quatro golos, o último dos quais verdadeiramente espantoso, num remate ao ângulo, de fora da área, na vitória por 2-0 diante do Leeds United, para a Taça de Inglaterra, disputado a 28 de fevereiro. De resto, de acordo com algumas análises feitas na imprensa inglesa, a ausência do médio português na partida com o Brentford FC (estava suspenso, por acumulação de amarelos) poderá ter sido uma das principais causas para o desaire, ou não fosse o médio luso o jogador com mais desarmes e recuperações de bola da competição.

Cédric Soares, o outro português do plantel do Fulham, ainda procura o seu espaço, depois de ter chegado no mercado de janeiro, somando apenas quatro desafios como suplente utilizado no campeonato, num total de apenas 36 minutos.

Têm chovido elogios de todos os quadrantes para o trabalho de Marco Silva, que está nomeado para treinador do mês de fevereiro da Premier League. E, de acordo com o “The Athletic”,  faz parte da lista restrita de técnicos que podem suceder a Antonio Conte no Tottenham no final da temporada, ao lado de nomes  como Rúben Amorim, Luis Enrique, Luciano Spalletti e Oliver Glasner. 

Refira-se ainda que este jogo deverá ser especial para Luís Boa Morte, adjunto de Marco Silva, uma vez que, enquanto futebolista, jogou dois anos e uns “pozinhos” de um terceiro ano no Arsenal, tendo-se mudado para o Southampton logo no início dessa terceira temporada.

Olhando para as estatísticas dos melhores marcadores das duas equipas esta temporada, os extremos Gabriel Martinelli e Bukayo Saka lideram no Arsenal, com 11 golos em partidas oficiais, o mesmo “score” do grande artilheiro do Fulham, o possante ponta de lança Aleksandar Mitrovic. No entanto, o internacional sérvio passa por um inusitado jejum, não tendo faturado nas últimas oito partidas, o que ainda assim não levou Marco Silva a retirá-lo do onze inicial.

O Arsenal ganhou nas últimas quatro visitas que fez ao estádio do Fulham para a Premier League e nas três últimas de forma confortável (3-1 em 2013/14, 5-1 em 2018/19 e 3-0 em 2020/21). Mas olhando para o total das últimas dez épocas, a sua superioridade está longe de ser tão flagrante (seis vitórias, um empate e três derrotas). Como será desta vez?

Nápoles-Atalanta (11/03, 17h00)

O Nápoles parece caminhar para a conquista do seu terceiro título de campeão italiano, o primeiro sem a liderança de Diego Maradona, grande figura nos troféus alcançados em 1986/87 e 1989/90. Com 15 pontos de avanço sobre o segundo classificado, Inter Milão, a 13 jornadas do fim, só uma ponta final desastrada da formação de Luciano Spalletti impedirá a festa dos seus fervorosos adeptos. Ainda assim, a última jornada deixou um aviso aos napolitanos, com a derrota caseira diante da Lazio, por 0-1.

O ponta de lança nigeriano Victor Osimhen tem sido uma das grandes figuras do Nápoles, liderando a lista de melhores marcadores da Série A, com 19 golos em 21 jogos. Como seria de esperar, alguns dos grandes emblemas europeus têm sido associados ao atacante de 24 anos, o últimos dos quais o Manchester United. “Estou a trabalhar no duro, com o objetivo de um dia realizar o sonho de jogar na Premier League. No entanto, na minha opinião, a Série A é uma prova espetacular e, para já, estou a desfrutar do Nápoles e sinto-me feliz aqui”, referiu, em declarações prestadas a 7 de março.

Quem tem perdido espaço na equipa do Nápoles é o português Mário Rui. De habitual titular, passou a suplente não utilizado nos jogos com o Sassuolo, disputado a 17 de fevereiro e com o Eintracht Frankfurt, a 21 de fevereiro, este referente à Liga dos Campeões. Voltou a fazer parte do onze inicial no desafio seguinte, com o Empoli, mas foi expulso, por entrada dura sobre Caputo, tendo sido castigado com dois jogos de suspensão. Desta forma, ainda não poderá ser opção para Spalletti diante da Atalanta.

A Atalanta apresenta-se em Nápoles na sexta posição, ainda de olho na possibilidade de atingir um dos quatro primeiros lugares, que dão acesso à Liga dos Campeões. Refira-se que o quarto posto é atualmente da AS Roma de José Mourinho e Rui Patrício, com mais cinco pontos.

A formação de Bérgamo baixou de rendimento de forma assustadora nas últimas semanas, tendo somado uma vitória, um empate quatro derrotas nos últimos seis desafios oficiais. Na última jornada do campeonato, não foi além de um nulo caseiro diante da Udinese.

Na Atalanta, tal como no Nápoles, estava a destacar-se um avançado nigeriano: Ademola Lookman soma 12 golos na Série A e estava a ser absolutamente decisivo na boa carreira da sua equipa. Escrevemos no passado porque tudo mudou nas últimas semanas, com a Atalanta a somar maus resultados e Lookman a seco nos últimos seis jogos, precisamente o negro período em que a equipa só alcançou um triunfo e sofreu quatro derrotas.

Os muitos problemas físicos no setor recuado ajudam a explicar a má “performance” da Atalanta. Os defesas Giorgio Scalvini, José Luís Palomino, Hans Hateboer e Davide Zappacosta têm estado ausentes, tal como o médio Teun Koopmeiners. Destes cinco, apenas Scalvini parece ter hipóteses de recuperar para o encontro com um Nápoles em que, para além do castigado Mário Rui, não poderão alinhar os lesionados Giacomo Raspadori e Hirving Lozano.

Refira-se que a Atalanta não tem sido pêra doce para o Nápoles como visitante, tendo-se verificado duas vitórias para cada lado e um empate nos últimos cinco desafios do campeonato. Se estendermos a análise para as últimas dez temporadas, o registo é de cinco triunfos napolitanos, três vitórias dos visitantes e dois empates.

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