Depois de uma pré-temporada 100 por cento vitoriosa nos cinco jogos disputados, esta terça-feira, 2 de agosto, começa a competição “a sério” para o Benfica. Os encarnados recebem o Midtjylland, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Caso tenham sucesso, as águias ainda terão depois de passar por um play-off, igualmente a duas mãos, de modo a acederem à fase de grupos.

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Benfica ganhou os cinco jogos particulares

A confiança regressou aos adeptos do Benfica, como foi bem visível pelos 49 mil espectadores que estiveram na Luz a assistir ao jogo com o Newcastle FC, a contar para a Eusébio Cup e que terminou com triunfo das águias, por 3-2. De resto, a formação orientada por Roger Schmidt ganhou os cinco encontros que disputou na pré-época:  Reading (2-0), Nice (3-0), Fulham (5-1), Girona (4-2) e o já referido triunfo diante do Newcastle FC.

Foram 17 golos apontados, com a excelente média de 3,4 por partida e com uma óbvia melhoria em relação à temporada transata: 7 golos (41% do total) foram obtidos na sequência de lances de bola parada, com cinco após pontapés de canto, um de grande penalidade e um de livre direto. Refira-se que Gonçalo Ramos foi o melhor marcador desta fase de pré-época, com 3 golos.

Midtjylland deu pontapé na crise ao quinto jogo oficial

Os jogadores do Midtjylland apresentam-se na Luz com a vantagem de já terem cinco jogos oficiais nas pernas. Se no campeonato dinamarquês o início foi pouco auspicioso, com um empate e uma derrota, as duas igualdades com o AEK Larnaca (ambas a uma bola) na segunda pré-eliminatória da Liga dos Campeões não impediram a qualificação, na sequência da marcação de pontapés de grande penalidade.

O mau início de época levou à saída do treinador Bo Henriksen, anunciada na passada quinta-feira, 28 de julho, com o seu ex-adjunto Henrik Jensen a passar a ser o “homem do leme”. E a estreia deste último não podia ter corrido melhor, com um gordo triunfo por 5-1 em casa do Odense. Ou seja, ao quinto jogo oficial, houve finalmente uma vitória para o rival do Benfica na Champions.

O médio brasileiro Evander é a estrela da companhia do Midtjylland, mas a boa notícia para os encarnados é que se encontra lesionado e não poderá atuar em nenhum dos jogos desta pré-eliminatória. O maior perigo para a defesa do Benfica virá, em teoria, do avançado Anders Dreyer, melhor marcador da equipa neste início de temporada, com três golos, aos quais juntou duas assistências. Dreyer que bisou no triunfo em casa do Odense.

Refira-se que Benfica e Midtjylland nunca se defrontaram em partidas oficiais. Recorde-se que na época passada, os escandinavos fizeram parte do mesmo grupo do SC Braga na Liga Europa e foram um osso difícil de roer, tendo mesmo ganho na Dinamarda, por 3-2. Em Portugal, a vitória foi dos bracarenses, por 3-1.

Seis qualificações e três eliminações na fase de qualificação

Esta será a décima vez que o Benfica terá de ultrapassar pré-eliminatórias da Liga dos Campeões para aceder à fase de grupos e o adeptos desejam que a tradição se mantenha, pois o clube conseguiu a qualificação em seis ocasiões, tendo sido eliminado em três.

A primeira experiência em pré-eliminatórias da Champions sucedeu em 1998/99, com sucesso, frente ao Beitar Jerusalém (6-0 na Luz e derrota por 2-4 em Israel). Seguiu-se, em 2003/04, o falhanço diante da Lazio, após duas derrotas (0-1 em casa e 1-3 em Itália). Em 2004/05, nova desilusão, pois depois de um triunfo em Lisboa por 1-0, a equipa treinada por Giovanni Trapattoni caiu com estrondo na Bélgica (0-3).

Em 20006/07 o Benfica conseguiu ultrapassar o Áustria Viena, empatando na Áustria a uma bola e ganhando por 3-0 em Lisboa, enquanto em 2007/08 o FC Copenhaga foi “despachado” com dupla vitória (1-0 e 2-1), naquele que foi o único confronto com uma equipa escandinava em fases de qualificação.

Em 2011/12 o Benfica teve de ultrapassar duas eliminatórias para chegar à fase de grupos: primeiro, afastou o Trabzonspor (2-0 em casa e 1-1 fora) e depois o Twente (2-2 na Holanda e 3-1 na Luz).

Após um hiato de sete anos, as águias tiveram de voltar à ação na qualificação para a fase de grupos, em 2018/19 e tiveram sucesso: primeiro, afastaram o Feyenoord (1-0 em casa e 1-1 fora) e depois o PAOK (1-1 na Luz e uma estrondosa vitória na Grécia, por 4-1).

Em 2020/21 houve reencontro com o PAOK, mas desta vez, as coisas não correram bem, com a equipa de Abel Ferreira a seguir em frente, após ganhar por 2-1, na Grécia, em eliminatória a uma só mão. Finalmente, na temporada transata, o Benfica conseguiu a qualificação, depois de superar Spartak Moscovo, com duplo triunfo por 2-0 e depois o PSV Eindhoven. Ao triunfo por 2-1 na Luz, seguiu-se uma igualdade sem golos nos Países Baixos, depois de jogar desde os 32 minutos com menos um jogador, devido à expulsão de Lucas Veríssimo. Foi um bom prenúncio para o que se seguiu, com o Benfica a passar a fase de grupos e os oitavos de final, perante o Ajax, só sendo travado pelo Liverpool FC nos quartos de final.