Está a chegar o Campeonato do Mundo do Catar, o primeiro a ser disputado durante uma época desportiva e não no seu final. A competição começa a 20 de novembro, com o jogo de abertura entre o Catar e o Equador, e termina a 18 de dezembro, com a final. Como não poderia deixar de ser, a Betano dá grande destaque à maior competição de seleções nacionais, permitindo-te apostar jogo a jogo ou nos mercados de longo prazo, como vencedores de grupos e vencedor final.

Portugal faz parte do Grupo H e encara esta competição com grande ambição. Fica a par da composição de todos os grupos e das suas principais especificidades e sabe quais os favoritos a passar aos oitavos de final. Recorde-se que os dois primeiros de cada grupo seguem em frente.

Grupo A: Países Baixos claramente favoritos

As odds do site da Betano.pt indicam um claro favoritismo para os Países Baixos, seguidos pelo Senegal, este último com ligeira vantagem sobre o Equador.

A “laranja mecânica” nunca foi campeã do mundo, nem mesmo nos tempos áureos de Johan Cruyjff na década de 70 ou de Ruud Gullit, Van Basten e Frank Rijkaard no final da década de 80 e início da década de 90. No entanto, são a formação mais vezes derrotada na final (três). Recorde-se que os Países Baixos, na altura ainda designados por Holanda, falharam a presença no Mundial de 2018, na Rússia, enquanto quatro anos antes, com Louis Van Gaal – o atual selecionador – tenham conseguido um excelente terceiro lugar.

Louis Van Gaal tem um grupo cheio de qualidade, destacando-se os centrais De Ligt e Virgil van Dijk, o médio Frankie de Jong e o avançado Memphis Depay, entre outros. O médio Wijnaldum, lesionado, vai falhar a competição.

O Catar está presente pela primeira vez num Campeonato do Mundo e vai tentar aproveitar o fator-casa, mas em teoria é das equipas mais fracas do torneio, encontrando-se uns degraus abaixo do Senegal e do Equador. Pedro Correia, defesa de origem portuguesa, está na lista. Já os africanos, campeões em título da Taça de África das Nações, destacam-se pela segurança defensiva e têm em Sadio Mane alguém que pode desequilibrar a qualquer momento. Já os sul-americanos realizaram a sua mais profícua fase de qualificação de sempre em termos ofensivos, com um total de 27 golos apontados. Um dos seus jogadores mais conceituados é o ex-sportinguista Gonzalo Plata, atualmente no Valladolid.

Grupo B: Inglaterra lidera grupo muito curioso

O Grupo B é sem dúvida um dos grupos mais curiosos deste Campeonato do Mundo, dele fazendo parte Inglaterra e os seus “irmãos” EUA e País de Gales e ainda o Irão, país que como se sabe tem uma história de muitos conflitos com os Estados Unidos.

As cotações do site da Betano.pt colocam a Inglaterra como clara favorita, seguida dos EUA e, não muito longe destes, o País de Gales. Já o Irão surge “afundado” no último lugar.

Os ingleses partem à conquista do seu segundo título de campeão do mundo, depois do Campeonato do Mundo de 1966, que disputarem em casa. De resto, quem tem jogadores da qualidade de Harry Kane, Kyle Walker, Jude Bellingham e Phil Foden pode aspirar a algo de especial. Da lista de 26 elaborada por Gareth Southgate não consta Ben Chilwell, defesa do Chelsea, devido a lesão.

Recorde-se que a equipa dos três leões já “cheirou” o sucesso no último Campeonato do Mundo (foi afastada apenas nas meias-finais pela Croácia) e, principalmente no último Europeu, em que perdeu de forma dramática a final para a Itália, no desempate por grandes penalidades.

Os EUA têm uma equipa jovem e talentosa, liderada por  Christian Pulisic, Weston McKennie, DeAndre Yedlin e Giovanni Reyna, enquanto o País de Gales tem no inevitável Gareth Bale a estrela da companhia. E, como se sabe, o experiente médio costuma aparecer em grande na fase final de grandes competições.

Por fim, o Irão, orientado por Carlos Queiroz, que poderá ser desvalorizado por muitos, mas que apresenta uma equipa interessante, com Taremi acima de todos. O avançado do FC Porto tem brilhado na época em curso, com destaque para os 6 golos que apontou na fase de grupos da Champions (em apenas cinco jogos) e quer dar a sequência devida na sua seleção.

Grupo C: Última oportunidade para Messi ser campeão do mundo?

A Argentina dos benfiquistas Otamendi e Enzo Pérez parte bem à frente como seleção mais cotada deste grupo, seguida pelo México, com a Polónia a surgir bem perto dos “aztecas”. Bem distante, no último lugar, aparece a Arábia Saudita.

Giovanni Lo Celso, médio que se assumiu como titular indiscutível na equipa argentina desde 2018, com o selecionador Lionel Scaloni, é ausência de peso numa equipa campeã em título da Copa América. Quem está apto é a super estrela Lionel Messi, depois de ultrapassar alguns problemas físicos nos dias que antecederam a divulgação da lista de convocados da Argentina. Aos 35 anos, esta deverá ser a última oportunidade para o astro argentino ganhar um Campeonato do Mundo, algo que parece mais perto do que nunca, pois Lionel Scaloni conseguiu algo que ainda não tinha sido visto na plenitude: a conjugação do talento de Messi com um coletivo forte e capaz de lutar pela vitória nas grandes competições.

Sublinhe-se que a seleção das “pampas” ganhou o torneio em 1978 e 1986 e que as previsões da EA Sports dão a Argentina como vencedora no Catar, em final com o Brasil. Recorde-se que a empresa de produção de vídeojogos de desporto acertou nas previsões que fez a respeito dos vencedores dos últimos três Mundiais.

O ex-portista Jesus Corona é ausência muito relevante no México, equipa com muita garra e com vários jogadores de renome, como Hirving Lozano, Herrera (outro antigo futebolista do FC Porto) e o ex-benfiquista Raúl Jimenez. Na Polónia, todas as esperanças recaem no impressionante Robert Lewandowski, autor de 13 golos na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo.

Grupo D: Um passeio para França antes da fase de decisões?

É inevitável olhar para um grupo com França, Dinamarca, Austrália e Tunísia e não encarar os primeiros como claro favoritos, como de resto está bem explícito nas cotações do site da Betano.pt. Segue-se a Dinamarca, bem à frente da Austrália e da Tunísia.

Recorde-se que a França é a atual campeã em título, tendo ganho o Campeonato do Mundo da Rússia numa espectacular final com a Croácia, por 4-2, alcançando dessa forma o seu segundo troféu, depois do êxito obtido no seu país, em 1998. Pogba e Kanté são baixas importantes no meio-campo de França, mas jogadores em qualidade e quantidade é o que não falta a Didier Deschamps, com Mbappé e Benzema à frente de todos, prometendo formar uma das melhores duplas atacantes do torneio. 

A Dinamarca promete ser competitiva como sempre, com os médios Christian Eriksen e Hojbjerg como grandes figuras. Na Austrália destaque para o guarda-redes Mathew Ryan e para o avançado Mathew Leckie, que vão disputar pela terceira vez o Campeonato do Mundo. Quanto à Tunísia, vai tentar contrariar as previsões que apontam como a mais fraca do grupo e tentar passar da fase de grupos pela primeira vez, à sétima tentativa.

Grupo E: Espanha e Alemanha são dois galos para um poleiro

À primeira visto, este é o grupo mais excitante, reunindo Espanha e Alemanha, dois dos grande candidatos à vitória final.  A Espanha, a melhor cotada entre as duas para vencer o grupo, destaca-se por uma boa mescla entre jovens como Pedri, Gavi e Ansu Fati (todos do FC Barcelona) e futebolistas muito experientes como Sergio Busquets, Azpilicueta e Thiago Alcântara.  Do lote de convocados faz parte o ex-sportinguista Pablo Sarabia, enquanto Pedro Porro, atual leão, figurou nos pré-convocados mas ficou de fora da lista final.

A Alemanha aposta em esquecer a desilusão do último Campeonato do Mundo, o único em que não passou da fase de grupos (em 1950 não participou na competição). Uma clara exceção à regra, pois em todos os outros no século XXI chegou pelo menos às meias-finais. Recorde-se que os germânicos já ganharam o cetro em quatro ocasiões (1954, 1974, 1990 e 2014), tantos como a Itália e só são superados pelo pentacampeão Brasil. Timo Werner, lesionado, é baixa nos germânicos. Antonio Rudiger é o líder da defesa alemã e do meio-campo para a frente nomes como Leon Goretzka, Kai Havertz, Serge Gnabry, Thomas Muller e Leroy Sane assustam qualquer um.

Para Costa Rica – onde o ex-sportinguista Bryan Ruiz continua a dar cartas – e para o Japão parece destinado um papel secundário neste grupo. Yuta Nakayama, central do Huddersfield, está lesionado e não pode dar o seu contributo aos nipónicos, numa equipa em que Kamada é a grande estrela e na qual Morita é uma das figuras.

Grupo F: Bélgica e Croácia discutem primeiro lugar?

A Bélgica surge como favorita deste grupo, seguida da vice-campeã do mundo Croácia. Duas das equipas que apresentaram do futebol mais atrativo dos últimos Mundiais e Europeus, antevendo-se por isso grande espetáculo no desafio entre ambas, a contar para a terceira jornada e que poderá, quem sabe, definir o vencedor do grupo.

Esta poderá ser a última oportunidade para a super geração do futebol belga conquistar um título. Numa equipa em que as  grandes estrelas são Kevin De Bruyne e Romelu Lukaku, a condição física deste último inspira grandes cuidados, pois esteve lesionado durante dois meses e só voltou aos relvados, no Inter Milão, no fim de outubro.

Luka Modric já conta com 37 anos, o que não o impede de continuar a liderar a equipa croata com grande mestria. Perisic, Kovacic e Brozovic são os outros nomes mais sonantes de uma equipa que vai tentar voltar a surpreender o mundo do futebol, depois de ter chegado à final no último torneio, onde foi derrotada pela França. O Canadá de Stephen Eustáquio e Marrocos partem claramente atrás de belgas e croatas, mas vão tentar aproveitar eventual distração dos favoritos.

Grupo G: Brasil e Sérvia na linha da frente

A Seleção Nacional portuguesa vai estar muito atenta ao que aqui se vai passar, pois caso se qualifique, irá cruzar-se com uma equipa deste grupo, no qual o Brasil é o grande favorito, seguido pela Suíça e do qual faz ainda parte a Sérvia que, recorde-se, superiorizou-se a Portugal no grupo de qualificação, obrigando a turma das quinas à disputa do play-off. 

A convocatória do Brasil ficou marcada pela polémica chamada do veterano Daniel Alves, defesa direito de 39 anos que joga nos mexicanos do Pumas. Ele que poderá assim tornar-se no jogador mais velho a representar o Brasil num Mundial, superando Djalma Santos, que esteve na competição em 1966, com 37 anos. As redes sociais encheram-se de críticas à opção de Tite, entendendo que o atleta já não está em condições físicas aceitáveis para participar numa prova desta envergadura.

Será este finalmente o Campoeonato do Mundo de Neymar? O atacante do PSG já não é o jovem de outrora e aos 30 anos quer mostrar que está em condições de liderar a equipa rumo à conquista do troféu, que escapa desde 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Neymar estará bem acompanhado por nomes como Raphinha – ex-sportinguista que “pegou de estaca” no “escrete” – Vinicius Jr ou Antony. De referir que na lista de 26 convocados do Brasil, nove passaram pelo futebol português: Danilo, Alex Sandro, Alex Telles, Éder Militão, Casemiro e Thiago Silva jogaram no FC Porto, Fabinho e Ederson passaram pelo Rio Ave (o guarda-redes também representou o Benfica), enquanto Raphinha alinhou no Vitória de Guimarães e no Sporting.

A Suíça é uma das seleções mais habituadas a fases finais do Campeonato do Mundo, preparando-se para a sua 12ª participação. O melhor que conseguiu foi chegar aos quartos de final, mas há muito tempo:  1934, 1938, 1950 e 1954. No lote de 26 eleitos de Murat Yakin, nota para a presença do ex-benfiquista Haris Seferovic. A estrela da companhia continua a ser o avançado Xherdan Shaqiri, apesar de atualmente estar a jogar nos Chicago Fire, da MLS.

A Sérvia é como habitualmente uma equipa cheia de talento individual e desta vez vai tentar ultrapassar a irregularidade que tem marcado a sua presença em fases finais. A verdade é que poucas seleções dispõem de um poderio atacante tão impressionante e que inclui nomes como Tadic, Kostic, Aleksandar Mitrovic e  Vlahovic. Da lista de eleitos faz parte o médio portista Grujic.

Por fim, referência aos Camarões, uma seleção capaz do melhor e do pior e que parte claramente atrás neste grupo.  O atacante Vincent Aboubakar, que passou pelo FC Porto, continua a ser a maior referência.

Grupo H: Portugal enfrenta Paulo Bento e o “carrasco” Uruguai

A ansiedade dos jogadores portugueses poderá ser grande, pois como fazem parte do Grupo H só entrarão em cena a 24 de novembro, o quinto dia de competição. O adversário será o Gana e os outros rivais do grupo serão a Coreia do Sul (orientada pelo ex-selecionador nacional Paulo Bento) e o Uruguai. Portugal é o favorito a passar aos oitavos de final, seguido pelo Uruguai, ambos a larguíssima distância das outras duas equipas.

Como já é da praxe, foi sofrida a qualificação portuguesa para o Campeonato do Mundo. Depois de terminar o seu grupo em segundo lugar, atrás da Sérvia, a seleção nacional teve de afastar Turquia e Macedónia do Norte no play-off. Recorde-se que os melhores resultados de Portugal num Mundial são o terceiro lugar em 1966 e o quarto em 2006. Na última prestação, no Mundial da Rússia de 2018, a equipa das quinas foi afastada pelo Uruguai nos oitavos de final. Agora, os portugueses vão certamente querer vingar esse desaire.

Diogo Jota e Pedro Neto lesionados, serão duas ausências importantes na seleção nacional, principalmente o primeiro, já que se trata de um habitual titular. Existe a curiosidade para percebermos como estará fisicamente Pepe, que esteve lesionado nas semanas que antecederam a competição. António Silva e Gonçalo Ramos são as grandes novidades no lote de eleitos de Fernando Santos, estreando-se assim na seleção A. 

Este Grupo H tem alguns pontos de contacto com o futebol português, especialmente com o Sporting. Como já referimos, Paulo Bento, antigo treinador dos leões, é o selecionador da Coreia do Sul, enquanto no Uruguai jogam os leões Coates e Ugarte e no Gana alinha Fatawu, outro futebolista dos verdes e brancos.

A estrela da companhia na Coreia do Sul é Heung-Min Son, atacante do Tottenham que esta temporada já se cruzou com o Sporting, mas sem conseguir destacar-se. O avançado foi operado a um olho depois de se ter lesionado no jogo com o Olympique Marselha, da última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões e está em dúvida para o Campeonato do Mundo. Aliás, Paulo Bento chamou 27 jogadores e não 26, levando um substituto caso o atacante não recupere.