Depois de três semanas sem Liga dos Campeões, a maior competição europeia de clubes está de regresso, para a realização da primeira mão das meias-finais. Na terça-feira, 9 de maio, o Real Madrid recebe o Manchester City, numa autêntica final antecipada entre os dois grandes favoritos a vencer a prova, de acordo com as odds da Betano.pt. De referir que os ingleses estão claramente melhor cotados para levantar o troféu na final de Istambul, a 10 de junho (se lá chegarem, obviamente), no que seria uma estreia a ganhar a Champions.
No dia seguinte, defrontam-se AC Milan e Inter Milão, com os primeiros no papel de visitados, embora, como se saiba, ambos partilhem o mesmo estádio. Podes apostar nestes dois grandes desafios no site da Betano.pt e fica a saber que o Manchester City, mesmo jogando fora de casa, é favorito no Santiago Bernabéu (embora por pequena margem) e que as odds para os triunfos de AC Milan e Inter Milão são muito semelhantes, com os “nerazzurri” a estarem ligeiramente melhor cotados.
Como já foi referido, esta é a verdadeira final antecipada da Champions e vai opor o Real Madrid, “vencedor crónico” da competição (passe o exagero), atual detentor do troféu, com 14 conquistados – o dobro do segundo clube mais titulado, AC Milan, que tem sete – ao Manchester City, “obcecado” em ganhar a prova pela primeira vez.
O Real Madrid ganhou a Taça do Rei de Espanha no passado sábado, 6 de maio, depois de ter derrotado o Osasuna na final por 2-1, com um bis de Rodrygo. O Manchester City também venceu no último jogo que disputou, em casa diante do Leeds United, pelo mesmo resultado e também com um futebolista a bisar, o médio Gundogan.
Refira-se que no banco do Real Madrid estará Carlo Ancelotti, o treinador que mais vezes ganhou a Liga dos Campeões (quatro). O italiano fê-lo ao serviço de AC Milan (2002/03 e 2006/07) e Real Madrid (2013/14 e 2021/22). Pep Guardiola, técnico do Manchester City, venceu a prova em duas ocasiões, ambas pelo FC Barcelona, em 2008/09 e 2010/11.
No confronto direto entre estes conceituados treinadores, a vantagem é de Guardiola, que venceu cinco dos oito confrontos, com Ancelotti a triunfar nos outros três. No entanto, o caso muda de figura quando analisamos apenas os encontros na Champions, com o italiano a vencer três dos quatro duelos e o espanhol apenas um.
Curiosamente, esses quatro jogos da Champions foram igualmente nas meias-finais. Em 2013/14, o Real Madrid de Ancelotti ganhou em casa ao Bayern Munique de Guardiola por 1-0 e depois escandalizou o Allianz Arena com um concludente 4-0. Já na temporada transata, naquela que entrou para a história como uma das melhores eliminatórias de sempre, o Manchester City de Guardiola adiantou-se no Etihad Stadium, ganhando por 4-3. No entanto, os “blancos” deram a volta no Bernabéu, ganhando por 2-1 e forçando a um prolongamento, no qual estabeleceram o 3-1 final, com um golo de Benzema. E, recorde-se, o Real Madrid perdia por 0-1 aos 90 minutos, com Rodrygo a bisar em período de descontos, obrigando à realização do tempo extra de 30 minutos. Recorde-se que depois, na final, o Real Madrid derrotou na final o Liverpool FC por 1-0, com golo de Vinícius Junior.
Para chegar ao jogo decisivo na corrente temporada, os “merengues” começaram por ganhar o seu grupo, com quatro vitórias, um empate e uma derrota, totalizando 13 pontos, mais um do que o RB Leipzig, segundo colocado. O Shakhtar Donetsk terminou com 6 pontos e o Celtic com 2. A partir dos oitavos de final, foi só vitórias: 5-2 em Anfield, com o Liverpool FC e 1-0 no Bernabéu e, depois, um duplo 2-0 ao Chelsea. No total, marcou 25 golos e sofreu 8. Vinícius Júnior (6 golos) e Rodrygo (5 golos) são os artilheiros dos “merengues” nesta edição.
Quanto ao Manchester City, também conquistou o seu grupo, com quatro vitórias e dois empates, totalizando 14 pontos, mais cinco do que o segundo colocado, Borussia Dortmund. O Sevilha FC terminou com 5 pontos e o FC Copenhaga com 2. Nos oitavos de final, começou por empatar a uma bola no terreno do RB Leipzig, “despachando” os alemães por 7-0 em Inglaterra, enquanto nos quartos de final bateu o Bayern Munique, em casa, por 3-0, empatando a uma bola no Allianz Arena. No total da competição, marcou 26 golos e sofreu 4.
Como não poderia deixar de ser, Halland foi quem mais faturou, com impressionantes 12 golos em oito jogos. De resto, o ponta de lança norueguês soma 35 golos em 27 desafios no seu histórico na prova, ao serviço de Red Bull Salzburg, Borussia Dortmund e Manchester City. E foi apenas o terceiro jogador a conseguir marcar mais do que quatro golos num jogo da Champions, feito que alcançou ao marcar por cinco vezes ao RB Leipzig. Os outros futebolistas que conseguiram apontar mais do que quatro golos também fizeram balançar as redes por cinco vezes (Luiz Adriano, pelo Shakhtar Donetsk em 2014 e Lionel Messi, ao serviço do FC Barcelona em 2016). De referir que o atacante de 22 anos nunca defrontou o Real Madrid.
Os portugueses Rúben Dias e Bernardo Silva deverão estar no onze inicial de Pep Guardiola e, tal como o clube que representam, estão em busca da primeira Liga dos Campeões da carreira. Existe enorme equilíbrio no histórico de confrontos entre Real Madrid e Manchester City: em oito desafios, todos a contar para a Liga dos Campeões, houve três triunfos para cada equipa e dois empates. Se olharmos apenas para as eliminatórias, houve duas qualificações dos “merengues” e uma dos “citizens”.
Grande duelo entre os rivais de Milão, com o AC Milan em busca da sua oitava Liga/Taça dos Campeões Europeus – a última foi em 2006/07 – e o Inter Milão a tentar chegar ao quarto troféu, tendo o último sido alcançado em 2009/10, sob liderança técnica de José Mourinho.
No campeonato, os dois grandes do norte de Itália também lutam pelo acesso à Champions de 2023/24 e no passado fim de semana as coisas correram-lhes de feição, com os “rossoneri” a baterem a Lazio, em casa, por 2-0, com golos de Bennacer e Theo Hernández, enquanto os “nerazzurri” desfeitearam a AS Roma, fora de casa, pelo mesmo resultado (faturaram Dimarco e Lukaku). O Inter Milão é terceiro na tabela, enquanto o AC Milan é quinto, a apenas dois pontos do grande rival. Recorde-se que ambos conseguirão o acesso direto se ficarem de fora dos quatro primeiros mas se vencerem esta edição da Liga dos Campeões.
No caminho até às meias-finais da Champions, o AC Milan foi segundo classificado no seu grupo, tendo somado 10 pontos, fruto de três vitórias, um empate e duas derrotas, ficando atrás do Chelsea (13 pontos) e à frente de RB Salzburg (6 pontos) e Dínamo Zagreb (4). Nos oitavos de final bateu o Tottenham (1-0 em casa e 0-0 fora) e nos quartos de final o Nápoles (1-0 em San Siro e 1-1 no Estádio Diego Armando Maradona). O melhor marcador dos “rossoneri” nesta edição é Olivier Giroud, com 5 golos.
Recorde-se que Rafael Leão brilhou a grande altura na eliminatória com o Nápoles, nomeadamente na segunda mão, em que correu desde bem antes do meio-campo até oferecer o golo a Giroud. De resto, o internacional português tem-se destacado ao oferecer golos aos seus colegas nesta edição da prova, somando quatro assistências, tendo ainda apontado um golo, no triunfo por 4-0 no reduto do Dínamo Zagreb, na fase de grupos. Na época, soma 13 golos e 11 assistências, em todas as competições. No entanto, Rafael Leão está em dúvida para a primeira mão das meias-finais da Champions, depois de ter saído lesionado na partida do passado sábado com a Lazio.
O Inter Milão terminou a fase de grupos da Champions na segunda posição, com três vitórias, um empate e duas derrotas, totalizando 10 pontos, tendo ficado atrás de Bayern Munique (18 pontos, só com vitórias) e à frente de FC Barcelona (7 pontos) e Viktoria Plzen (não pontuou). Na fase a eliminar, os “nerazzurri” afastaram duas equipas portuguesas. Primeiro, o FC Porto, tendo ganho por 1-0 no Giuseppe Meazza e empatado sem golos no Dragão, onde sofreram a bom sofrer, vendo duas bolas embater nos ferros da sua baliza nos últimos minutos. Nas meias-finais, começaram por ganhar ao Benfica no Estádio da Luz, por 2-0, e depois empataram a três bolas em Itália, desperdiçando uma vantagem de 3-1.
Três jogadores partilham o estatuto de melhor marcador do Inter Milão nesta Liga dos Campeões, com 3 golos (Dzeko, Lukaku e Barella). Curiosamente, Lautaro Martínez, principal artilheiro da equipa no total da temporada, em competições oficiais, com 23 golos, só marcou por duas vezes na competição europeia.
AC Milan e Inter Milão defrontaram-se por quatro ocasiões em competições internacionais, sempre na Chamions, com o AC Milan a mostrar por que razão tem mais quatro troféus do que o rival: nunca perdeu, tendo ganho dois desafios e empatado outros dois. O primeiro confronto ocorreu nas meias-finais da temporada de 2002/03, com 0-0 na primeira mão (0-0) e 1-1 na segunda mão, valendo ao AC Milan a regra dos golos fora. E se essa regra já era por muitos considerada absurda, tendo entretanto sido abolida, mais absurda foi neste caso, entre dois clubes que partilham o mesmo estádio. O AC Milan voltou a seguir em frente nos quartos de final da época de 2004/05, mas dessa vez de forma clara, tendo ganho os dois jogos, por 2-0 e 3-0. Analisando os últimos dez desafios oficiais entre os dois clubes, em todas as provas, existe alguma vantagem do Inter Milão, com cinco vitórias, três derrotas e dois empates.
Stefano Pioli e Simone Inzaghi têm um longo histórico de confrontos enquanto treinadores, com clara vantagem para o atual técnico do Inter Milão (nove vitórias, quatro empates e cinco derrotas). Se analisarmos apenas as partidas entre AC Milan e Inter Milão, existe maior equilíbrio, com três triunfos para Inzaghi, dois para Pioli e dois empates, tendo o Inter Milão levado a melhor nos dois últimos jogos: 1-0 a 5 de fevereiro para a Série A italiana e 3-0 a 18 de janeiro, na Supertaça italiana. No entanto, o AC Milan ganhou por 3-2 a 3 de setembro de 2022, na primeira volta da atual edição do campeonato transalpino.