Foi o culminar de uma época brilhante em Milão. Já com o Scudetto e a Taça de Itália no bolso, José Mourinho liderava o Inter em Madrid para aquele que seria o último jogo ao comando dos nerazurri. Uma saída em grande

Inter de Milão com época de sonho

José Mourinho chegou ao Inter no verão de 2008, depois de seis meses parado após ter sido despedido do Chelsea. Bem preparado, a falar italiano como se vivesse em Milão há anos, o “Special One” dominou o calcio durante duas épocas.

Na primeira temporada, 2008/09, conseguiu 30 vitórias em 51 jogos, alcançando o título na Série A. Na Europa, caiu aos pés do Manchester United que haveria de chegar à final. A eternidade, essa José Mourino conseguiria atingir na segunda temporada, 2009/10.

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Com uma equipa à sua medida, com jogadores trabalhadores com Júlio César, Materazzi, Zanetti, Lúcio, , ou Eto’o, Mourinho tinha também estrelas, como Snjeider ou Diego Milito. Tudo junto, formavam um plantel quase imbatível ao ponto de ganharem tudo o que havia para ganhar.

A Série A foi conquistada com dois pontos de avanço sobre a Roma; a Taça de Itália ganha de forma imaculada, com cinco vitórias em cinco jogos, batendo também a Roma, na final. Faltava a glória europeia que o Inter Milão não alcançava desde 1965.

A campanha europeia do Inter não foi perfeita. Na fase de grupos apurou-se apenas no segundo lugar, atrás do Barcelona e sem conseguir bater a equipa de Pep Guardiola. Nos oitavos de final, porém, um jogo de emoções para Mou, com o regresso a Stamford Bridge para defrontar o Chelsea. O português levou a melhor nos dois jogos e seguiu em frente rumo aos quartos de final onde defrontou o CSKA. Esta eliminatória foi ultrapassada de forma imaculada e pela frente, nas meias-finais, havia um velho conhecido: o Barcelona.

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O saldo da fase de grupos não era positivo. Em dois jogos, o Inter não tinha marcado qualquer golo e tinha até perdido em Camp Nou. A equipa de Mourinho, porém, estava melhor preparada.

Na primeira-mão, em Milão, o futebol da equipa italiana foi surpreendente e o Inter venceu por 3-1. O jogo em Camp Nou seria decisivo e memorável.

O avião de Mourinho

Sabia-se que o Barcelona iria entrar forte para recuperar da desvantagem de dois golos. Mas o Inter era forte no contra-ataque e era previsível que marcasse. Mas aos 28 minutos tudo mudou. Thiago Motta foi expulso e deixou a equipa italiana a jogar com 10.

Mourinho reformulou a equipa e desenhou uma espécie de “avião” com as asas bem abertas. Eto’o recuo para a posição de lateral e Milito e Sneijder ficaram sozinhos na frente. Ia ser uma luta até ao final. E foi. O Barcelona, porém, só aos 84 minutos, marcou, por Piqué. A equipa espanhola carregou até ao final, mas não voltou a marcar. O Inter estava na final.

O último jogo teve lugar em Madrid e pela frente estava o Bayern Munique. O Inter Milão, porém, dominou a partida e não deu grandes vitórias aos rival. Dois golos de Milito, aos 35 e 70 minutos, deram a segunda Liga dos Campeões ao português que se despedia em beleza. Horas depois da final, Mourinho comprometia-se com o Real Madrid.