O dérbi londrino Chelsea-Tottenham, marcado para domingo, 14 de agosto, às 16h30, é o jogo mais mediático da segunda jornada da Premier League. Esta partida coloca em confronto duas das equipas que pretendem desafiar o favoritismo de Manchester City e Liverpool FC na luta pelo título. Podes naturalmente apostar neste grande desafio no site da Betano.pt e fica a saber que os “blues” são ligeiramente favoritos.
Mesmo não tendo começado por ser das rivalidades mais acérrimas da capital inglesa, o dérbi entre Chelsea e Tottenham tem ganho mais importância ao longo das últimas décadas. E é possível definir um ponto preciso em que essa rivalidade começou a sentir-se de forma acentuada: a final da Taça de Inglaterra de 1966/67, a primeira entre equipas de Londres. Essa partida ficou marcada por horríveis cenas de violência entre adeptos dos dois clubes e dentro das quatro linhas os “spurs” ganharam por 2-0.
Numa altura em que o Chelsea estava em crescimento, esta vitória foi para os adeptos dos “spurs”, a prova de que ainda eram o maior clube. E nessa tarde terá sido acentuado um complexo de inferioridade dos fãs do Chelsea em relação ao rival, que se prolongou durante algum tempo.
Sentimento que hoje em dia não faz o mínimo sentido que exista, tendo em conta a superioridade dos “blues” dentro de campo: no século XXI, conquistaram 21 troféus – cinco campeonatos, 6 Taças de Inglaterra, três Taças da Liga, três Supertaças inglesas, duas Ligas dos Campeões, uma Supertaça Europeia e um Mundial de Clubes. E o que tem o Tottenham para troca? Uma simples Taça da Liga, em 2007/08.
Chelsea e Tottenham começaram esta edição da Liga inglesa com uma vitória. Os “blues” no terreno do histórico Everton, por 1-0, golo de Jorginho, na transformação de uma grande penalidade; os “spurs” de forma mais tranquila, com triunfo caseiro por 4-1 diante do Southampton FC, tendo faturado Ryan Sessègnon, o ex-sportinguista Eric Dier e Dejan Kulusevsk, com Mohammed Salisu a fazer um autogolo.
Thomas Tuchel, treinador do Chelsea, não pode queixar-se do seu novo dono, o norte-americano Todd Boehly, que substituiu Roman Abramovich, isto tendo em conta o valor gasto em aquisições para esta temporada. Ainda podem chegar reforços a Stamford Bridge, mas já foram gastos 65 milhões de euros no defesa esquerdo Marc Cucurella (ex-Brighton), 56 milhões de euros no avançado Raheem Sterling, vindo do campeão Manchester City, 38 milhões de euros no central Kalidou Koulibaly (ex-Nápoles), 18 milhões de euros no médio Carney Chukwuemeka, proveniente do Aston Villa, e 9 milhões de euros no guarda-redes Gabriel Slonina (ex-Chicago Fire). Ou seja, gastos no total de 176 milhões de euros.
Existe assim grande curiosidade para perceber como vai ser a primeira temporada do Chelsea sem Roman Abramovich. Todd Boehly comprou o clube por 4,25 mil milhões de libras (cerca de 5 mil milhões de euros). O empresário tem experiência no ramo desportivo, sendo um dos co-proprietários das franquias Los Angeles Lakers (NBA) e Los Angeles Dodgers (MLB). Mas sempre teve o desejo de investir num clube da Premier League, pois considera o futebol “o desporto mais importante do mundo”.
No Tottenham até é de estranhar que nem Harry Kane nem Son Heung-min tenham feito o gosto ao pé na jornada de estreia da Premier League, mas ambos continuam no clube e até formaram a dupla de ataque neste desafio. E, em princípio, lá estarão no onze inicial este domingo, muito possivelmente com a companhia de Richarlison, a principal contratação do clube para esta temporada, tendo custado qualquer coisa como 58 milhões de euros. Sem dúvida um trio atacante a impor respeito a Édouard Mendy, o excelente guarda-redes do Chelsea.
O promissor defesa direito Djed Spence, adquirido ao Middlesbrough, os centrais Yves Bissouma (ex-Brighton) e Clément Lenglet (ex-Barcelona) e o experiente médio Ivan Perisic (ex-Inter Milão) são as outras contratações mais mediáticas do Tottenham para esta temporada. Curiosamente, nenhum foi titular com o Southampton FC, tendo os últimos três sido suplentes utilizados.
Chelsea e Tottenham são liderados por dois dos treinadores mais carismáticos do futebol mundial, Antonio Conte e Thomas Tuchel, respetivamente. E até ao momento, o alemão ganha de goleada, tendo vencido os três desafios oficiais em que se defrontaram, todos na temporada passada e ao serviço dos atuais clubes. Foram dois encontros referentes às meias-finais da Taça da Liga inglesa e um jogo do campeonato.
E olhando para as últimas dez receções do Chelsea ao Tottenham, em partidas oficiais, a superioridade “blue” é igualmente evidente, com sete vitórias, dois empates e uma derrota. Irá a tradição manter-se?