Foi há 12 anos, a 22 de maio de 2008, que o Manchester United venceu, pela última vez, a Liga dos Campeões. Nesse dia, porém, aconteceu uma primeira vez: foi a primeira vez que Cristiano Ronaldo levantou o troféu da Liga dos Campeões. Foi o dia em que lhe ganhou o gosto.
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A temporada 2007/2008 foi o auge da era de Cristiano Ronaldo no Manchester United. Chegado em 2003, pode dizer-se que em 2008 era a grande estrela de uma equipa em que alinhavam nomes como Van der Sar, Ferdinand, Evra, Scholes, Carrick, Giggs, Nani, Rooney ou Tevez.
O português vinha em crescendo no que toca a golos e estava perto da máquina goleadora em que se tornou depois, no Real Madrid. A época 2007/2008 foi a melhor de CR7 em Inglaterra, com 42 golos marcados em toda a temporada, um deles na final da Liga dos Campeões, frente ao Chelsea.
A época europeia do United roçou a perfeição. Atravessou a fase de grupos com cinco vitórias em seis jogos – incluindo duas frente ao Sporting, com os golos da vitórias a serem, em ambos os jogos, marcados por Ronaldo. Depois, nas rondas a eliminar, ultrapassou o Lyon, Roma e Barcelona com um saldo de 4 vitórias e 2 empates, com seis golos marcados e apenas um sofrido. Até chegar à final onde estava o Chelsea, de Avram Grant, que tinha eliminado o Olympiacos, Fenerbahce e Liverpool no caminho do jogo decisivo.
À chegada ao jogo da final, o United já era campeão inglês, tendo batido por dois pontos o Chelsea. A final adivinhava-se um confronto de titãs. E foi mesmo. Ronaldo foi o primeiro a marcar, aos 26 minutos, num cabeceamento perfeito, sem possibilidades de defesa para Cech. O Chelsea reagiu com o golo do empate ainda na primeira parte. E assim se ficou até ao final dos 90 minutos. E, depois, até ao final dos 120. A final ia decidir-se nos penáltis.
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Em 2008, Cristiano Ronaldo era já o marcador oficial de grandes penalidades no United. Foi, por isso, dos escolhidos por Sir Alex Ferguson para bater um dos penáltis decisivos. Ironia do destino. O jogador mais decisivo… falhou. Ao 10º penálti, o Chelsea só precisava de marcar. John Terry, capitão de equipa dirigiu-se para a marca sabendo que estava a um golo dos festejos. Porém, na altura do remate, o pé de apoio escorregou e a bola saiu ao lado. Estava relançada a dúvida. O United não voltaria a falhar. O Chelsea sim. Ao 14º remate, Anelka falhou e a taça foi para as mãos dos de Manchester. Enquanto uns festejavam, Ronaldo chorava, no relvado.
Poucos minutos depois, CR7 colocaria, pela primeira vez, as mãos no troféu da Liga dos Campeões. Ganhou-lhe o gosto e depois disso já a venceu por mais quatro vezes, todas estas no Real Madrid. É o único jogador em atividade com cinco conquistas na Champions.