Manchester e Milão vão ser durante o fim de semana as capitais da bola no futebol europeu. É claro que há por essa Europa fora muitos encontros interessantes, mas os dérbis destas cidades são a cereja em cima do bolo. Como de costume, podes apostar nestes grandes jogos no site da Betano.pt e fica ainda a saber que os conjuntos forasteiros são favoritos à vitória nos respetivos encontros.
Depois da goleada sofrida perante os seus adeptos, por 5-0, frente ao Liverpool, muito se escreveu e se disse sobre o futuro de Ole Gunnar Solskjær no comando técnico do Manchester United, mas a realidade é que o norueguês continua a ser o treinador dos red devils e, nos jogos que se seguiram à derrota humilhante, Ronaldo e companhia até averbaram bons resultados: vitória por 3-0 no campo do Tottenham e empate a dois golos em Bérgamo, frente à Atalanta. Este sábado, no entanto, o grau de dificuldade será superior ao registado nas últimas partidas, ou não estivéssemos a falar do Manchester City de Pep Guardiola.
Ao cabo das dez primeiras jornadas da liga inglesa, o United é quinto a oito pontos do líder Chelsea e está a três do rival City, atual terceiro classificado. Apesar de a diferença pontual entre os dois conjuntos de Manchester ser de apenas uma vitória, o fosso entre as rotinas das equipas, fio de jogo e estabilidade no clube é bem maior do que a tabela classificativa transparece. Ainda assim, é curioso registar que se os red devils chegam ao dérbi da cidade vindos de uma vitória convincente em Londres frente aos spurs, já os citizens perderam em casa frente ao Crystal Palace, por 2-0. Mais surpreendente é este resultado, se te relembrarmos que nas últimas rondas os homens de Guardiola foram vencer fora o líder Chelsea e empataram no campo do Liverpool, segundo classificado e a única equipa invicta na prova.
Analisando os últimos dez confrontos disputados em Old Trafford, e a contar para a liga inglesa, ficam bem patentes as dificuldades dos visitados em derrotarem o rival da cidade, já que contam apenas com três triunfos, contra seis dos forasteiros, isto além de um empate. Ainda hoje os adeptos do United devem ter pesadelos com a goleada sofrida há dez anos, por 6-1, numa altura em que o treinador ainda era o carismático Alex Ferguson. O avançado Edin Dzeko, atualmente no Inter de Milão, foi o homem do jogo, ao marcar três golos.
Para este difícil duelo, Solskjær já sabe que não pode contar com os franceses Varane e Pogba, enquanto Lindelof está em dúvida. Aliás, foi durante a ausência do antigo defesa do Real Madrid, que esteve algumas semanas lesionado, que os problemas defensivos da equipa vieram ao de cima nos tempos mais recentes. A sua ausência para o dérbi não agoira nada de bom para Ronaldo e companhia, já que é raro a equipa não sofrer golos – é a décima pior defesa da liga. No lado dos citizens, os espanhóis Ferran Torres e Laporte estão indisponíveis, enquanto Kyle Walker está em dúvida. Este dérbi de Manchester deverá ter cinco portugueses a jogar de início, ou não fossem todos eles peças fundamentais nas respetivas equipas: Ronaldo e Bruno Fernandes no United, João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva no City.
Em Itália mora a liga, entre as principais europeias, na qual a vantagem do líder para os perseguidores é mais acentuada, com AC Mião e Nápoles, atualmente no topo da tabela com 31 pontos, a terem mais sete que o terceiro, o Inter Milão, atual campeão. Além disso, rossoneri e napolitanos ainda não perderam na edição deste ano da Serie A, sendo que os milaneses terão duro teste este fim de semana, quando receberem o rival da cidade.
Frente a frente vão estar os dois melhores ataques do campeonato e, analisando os confrontos entre os dois conjuntos nos últimos anos, é bem provável que vá haver golos, já que só numa ocasião é que o dérbi acabou a zeros – aconteceu em 2018. Nos dez duelos mais recentes, marcaram-se, em média, mais de três golos por jogo, sendo que o Inter Milão venceu seis jogos, empatou três e perdeu apenas um. A única vitória do AC Milão aconteceu na última temporada, por 2-1, com dois golos de Ibrahimovic para os rossoneri e um de Lukaku para os nerazzurri.
De recordar que o Inter colocou um ponto final a uma sequência incrível de nove “scudettos” conquistados pela Juventus, ao sagrar-se campeão italiano na última temporada. Antonio Conte, no banco a comandar a equipa, o lateral direito Achraf Hakimi e o avançado Romeu Lukaku foram as principais figuras dos nerazzurri ao longo da época 2020/2021. E o que é que têm todos em comum? Já nenhum anda pelos corredores do Giuseppe Meazza.
O divórcio entre Conte e o clube deu-se logo a seguir à conquista do campeonato. Apesar de ter mais um ano de contrato, o treinador e o Inter chegaram a acordo para terminar a ligação antes do previsto. As razões, avançou na altura a imprensa italiana, deveram-se à grave crise financeira do atual campeão italiano, que levou à redução salarial do plantel e à mais que provável venda dos principais jogadores. E de facto o futuro deu razão a Conte, já que o Inter vendeu Hakimi ao PSG, por 60 milhões, e Lukaku, ao Chelsea, por 115 milhões.
Ao nível das entradas, destaque para as aquisições do defesa direito Denzel Dumfries, do PSV, e dos avançados Edin Dzeko, (ex-AS Roma) e Joaquin Correa (ex-Lázio), isto além do médio Hakan Çalhanoğlu, que chegou a custo zero, vindo do rival AC Milão. No banco de suplentes, Simone Inzaghi é o novo homem do leme, ele que orientou a Lázio nas últimas temporadas com excelentes resultados.
No AC Milão chegaram o guarda-redes francês Maignan, vindo do Lille, Giroud do Chelsea e Ballo-Touré trocou o Mónaco por Milão. A grande dúvida é saber se Ibrahimovic vai passar mais tempo lesionado ou a jogar, já que na última temporada o veterano avançado sueco teve vários problemas físicos. O sueco voltou recentemente à competição e foi decisivo no último fim de semana, na vitória no campo da AS Roma, tendo apontado o primeiro golo. Quem tem estado em bom plano no conjunto liderado por Stetano Pioli é o português Rafael Leão, que já leva quatro golos apontados na edição deste ano da liga.
Quem levará a melhor nestes dérbis: os conjuntos da casa, ou os forasteiros?