O Inter Milão é o líder da Série A italiana, com 53 pontos em 22 jogos e só sofreu cinco empates e uma derrota. Nos últimos dez jogos da competição ganhou nove e empatou um. Já o AC Milão, depois de um fantástico início, acabou por perder fulgor, tendo registado seis vitórias, um empate e três derrotas nas últimas dez partidas. Além de que vem de dois encontros consecutivos sem ganhar (derrota em casa com o Spezia e empate sem golos em casa da Juventus). A formação treinada por Stefano Pioli ocupa o terceiro lugar, a quatro pontos do grande rival, mas com mais uma partida disputada. Por isso, só a vitória interessa aos “rossoneri”. 

O mercado de inverno trouxe dois reforços ao Inter Milão: o médio esquerdo Robin Gosens, proveniente da Atalanta, mas que não joga desde setembro devido a lesão no tendão de Aquiles e que ainda não está apto, e o avançado Felipe Caicedo (ex-Génova), que passou sem sucesso pelo Sporting. No AC Milão, o jovem avançado sérvio Marko Lazetic, proveniente do Estrela Vermelha, foi o único reforço.

O AC Milão tem algumas baixas importantes para este dérbi, com Zlatan Ibrahimovic à cabeça, em recuperação de uma lesão no tendão de Aquiles. O defesa esquerdo Fodé Ballo-Touré, em representação da seleção do Senegal, e os centrais Simon Kjaer e Fikayo Tomori, lesionados, são os outros ausentes confirmados. Rafael Leão deverá ser titular na frente de ataque e vai tentar dar continuidade ao seu bom momento (três golos e duas assistências nos últimos cinco desafios).

Já Simone Inzaghi, treinador do Inter Milão, só não poderá contar com Joaquín Correa e o já referido Gosens. No ataque deverão estar Edin Dzeko e Lautaro Martínez, que juntos somam 24 golos em partidas oficiais esta temporada (12 cada um).

Bayern Munique-RB Leipzig (sábado, 5 de fevereiro, 17h30)

Como habitualmente, o Bayern Munique lidera o campeonato alemão (tem seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado, Borussia Dortmund). Este sábado, os bávaros têm teoricamente um dos adversários mais complicados na possível caminhada para um inédito décimo título de campeão consecutivo. No entanto, se o RB Leipzig quiser ter a pretensão de tirar pontos ao Bayern Munique, terá de apresentar a sua melhor versão numa temporada em que tem mostrado grande irregularidade: ocupa o sexto lugar da classificação e já sofreu sete derrotas. A formação patrocinada pela Red Bull pode inspirar-se nas últimas duas visitas que fez para o campeonato ao Olímpico de Munique, que se saldaram por duas igualdades. Nos três encontros anteriores como anfitrião, o Bayern Munique conseguira vencer.

Bouna Sarr e Eric Maxim Choupo-Moting, ao serviço das respetivas seleções nacionais, Alphonso Davies (está sem competir depois de lhe ter sido diagnosticada uma miocardite) e o lesionado Goretzka são as grande ausências no Bayern Munique. O RB Leipzig não poderá contar com o defesa esquerdo Marcel Halstenberg, lesionado.

Presenças seguras são as dos goleadores Lewandowski, pelo Bayern Munique e André Silva, ao serviço do RB Leipzig, os dois melhores marcadores do campeonato alemão da última temporada, com 41 golos e 28 golos, respetivamente.  E se o polaco continua a demonstrar um voraz apetite goleador (soma 23 golos em 20 golos na Bundesliga), o português baixou consideravelmente de rendimento, ainda que os 8 golos que soma em 20 encontros não sejam um mau registo.

Borussia Dortmund-Bayer Leverkusen (domingo, 6 de fevereiro, às 14h30)

Dois históricos do futebol germânico que prometem um jogo espetacular. Muitos adeptos do futebol certamente lembram-se do desafio da primeira volta, que terminou com triunfo por 4-3 dos “gelbenschwarzen” no reduto dos “farmacêuticos”. E aos 71 minutos, a equipa de Raphaël Guerreiro perdia por 3-2, tendo chegado ao triunfo com um golo do português e outro do inevitável Haaland. De resto, golos não têm faltado neste clássico nos últimos anos: marcaram-se 50 nas últimas dez partidas oficiais, o que dá uma incrível média de 5 por desafio. E com superioridade do Borussia Dortmund, que ganhou por sete vezes, contra dois triunfos do Bayer Leverkusen e um empate. Aliás, se atentarmos apenas aos confrontos no Signal Iduma Park, verificamos que a equipa da casa ganhou os últimos seis.

O Borussia Dortmund, segundo classificado a seis pontos do líder Bayern Munique, mantém algumas esperanças na conquista do título mas tem estado longe de realizar uma época de grande nível, pois já ficou pelo caminho na Liga dos Campeões e na Taça da Alemanha. Nos últimos cinco desafios na Bundesliga, registou quatro vitórias e uma derrota. Já o Bayer Leverkusen segue imediatamente a seguir, no terceiro posto, mas já a oito pontos do rival deste sábado. Nos últimos cinco encontros do campeonato, somou dois triunfos, dois empates e um desaire.

Haaland (16 golos em 14 desafios da Bundesliga) é o perigo número 1 para a defesa do Bayer Leverkusen, mas os visitantes também contam com dois atacantes temíveis: o checo Patrick Schick (18 golos em 21 jogos oficiais esta época) e o francês Moussa Diaby (11 golos em 26 encontros).

FC Barcelona-Atlético de Madrid (domingo, 6 de fevereiro, às 15h15)

As grandes desilusões desta época do campeonato espanhol encontram-se este domingo, num jogo muito importante na luta por um lugar de acesso à Liga dos Campeões. As duas equipas estão separadas por dois pontos, com os “colchoneros” em quarto lugar (o último de acesso à maior competição europeia de clubes) e os “blaugrana” na quinta posição. Estes últimos têm recuperado terreno no campeonato e não perderam nos últimos seis jogos, tendo somado três triunfos e três empates. Números que seriam sofríveis para um FC Barcelona “normal”, mas que ganham relevância na época trágica que tem efetuado. No entanto, bem recentemente perderam a final da Supertaça espanhola com o Real Madrid e foram eliminados da Taça do Rei pelo Athletic Bilbao, o que faz desconfiar da alegada retoma. O Atlético de Madrid não parece estar melhor, tendo registado quatro vitórias, um empate e cinco derrotas nos últimos dez encontros oficiais.

Entretanto, no final deste mercado de inverno, o FC Barcelona anunciou uma “bomba”, ao ir buscar Pierre-Emerick Aubameyang ao Arsenal, depois de este ter rescindido com os “gunners”. E Adama Traoré, formado no clube, voltou depois de seis épocas e meia no futebol inglês. Já Diego Simeone, técnico do Atlético de Madrid, recebeu como prendas dois jogadores com passado no futebol português: o ex-benfiquista Daniel Wass, que jogava no Valência e o moçambicano Reinildo (ex-Lille e que representou Benfica, Fafe e SC Covilhã).

Vencer o FC Barcelona no Vicente Calderón era um cabo das tormentas para o Atlético de Madrid, mas a mudança para o Wanda Metropolitano fez-lhe bem, tendo registado triunfos nos encontros da Liga espanhola das duas últimas temporadas. Nas oito épocas anteriores só tinha ganho uma vez, contra dois empates e cinco derrotas. 

Para atacar a defesa “blaugrana” estará o inevitável Luis Suárez, ele que na época passada marcou um golo na vitória caseira (2-0) diante do ex-clube, mas que esta temporada tem estado abaixo do seu nível habitual (soma nove golos em 29 partidas oficiais). Griezmann, com lesão muscular, é o grande ausente na equipa “rojiblanca”, enquanto Jan Oblak está apto, depois de ter testado positivo à Covid-19. João Félix, a realizar um campeonato aquém das expetativas (cinco jogos como titular e oito como suplente utilizado, com apenas dois golos marcados) estará certamente entre os convocados.

O FC Barcelona apresenta-se sem muitos jogadores no reduto do rival, devido a problemas físicos: os defesas Eric García, Clément Lenglet e Samuel Umtiti, o médio Sergio Roberto e os avançados Ansu Fati e Memphis Depay.

Lille-Paris Saint-Germain (domingo, 6 de fevereiro, às 19h45)

A visita ao terreno do Lille, campeão em título, será em teoria um dos obstáculos mais complicados para o Paris Saint-Germain na tentativa de recuperar o título de campeão, apesar do 11º lugar na tabela ocupado pela equipa da casa. Até porque diante dos seus adeptos, o Lille só foi derrotado uma vez, diante do Nice, embora com estrondo (0-4) . A história recente demonstra grande superioridade do emblema da capital francesa nas visitas ao rival, com seis vitórias, dois empates e duas derrotas nos últimos dez desafios referentes ao campeonato.

O Paris Saint-Germain lidera a Liga francesa com nove pontos de avanço sobre o Nice, segundo classificado, mas surge em Lille na ressaca da eliminação na Taça de França, aos pés do Nice, no desempate por grandes penalidades, após 0-0 no final dos 120 minutos. Xavi Simons, médio de apenas 18 anos, falhou o penálti decisivo diante de Marcin Bulka, guarda-redes curiosamente emprestado pelo Paris Saint-Germain.

Jocelyn Gourvennec, treinador do Lille, já não poderá contar com o defesa esquerdo Reinildo, que se mudou para o Atlético de Madrid. No entanto, terá à sua disposição toda a “armada” portuguesa: José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches. Este último, mais uma vez, acabou por não sair numa janela de mercado, apesar do seu nome ter sido ventilado para gigantes como o FC Barcelona, Liverpool FC e Juventus. O avançado canadiano Jonathan David, melhor marcador do Lille esta temporada, com 16 golos em partidas oficiais, será uma das grandes armas à disposição de Jocelyn Gourvennec.

No lado do PSG, o técnico Mauricio Pochettino não poderá contar com os senegaleses Abdou Diallo e Idrissa Gueye, ambos ao serviço da sua seleção nacional. A 100 por cento encontram-se as três grandes estrelas da companhia, Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé, este último o melhor marcador da equipa em 2021/22, com 19 golos em encontros oficiais. Os portugueses Nuno Mendes e Danilo também estão disponíveis.