A 11 de setembro de 2001, o mundo parou e todos ficámos ligados à televisão pelos piores motivos: foi o dia do infame ataque às Torres Gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. 20 anos depois, o mundo vai voltar a parar, mas por boas razões: 11 de setembro de 2021 será o dia da estreia de Cristiano Ronaldo na sua segunda passagem pelo Manchester United. Por isso, quem gosta de futebol certamente ficará ligado à televisão, telemóvel, tablet ou computador para espreitar como vão correr as coisas a CR7. O jogo será em Old Trafford, com o Manchester United a receber o Newcastle para a quarta jornada da Premier League.

Podes apostar neste grande jogo no site da Betano.pt e, como seria de esperar, o Manchester United – terceiro classificado, a dois pontos do líder Tottenham – é francamente favorito à vitória, diante de uma equipa que só conseguiu somar um ponto nas três rondas iniciais.

A última exibição de Cristiano Ronaldo mostrou que continua com a veia goleadora em alta, ao marcar os dois golos tardios que permitiram a Portugal derrotar a República da Irlanda. Recorde-se que com esses dois golos passou a ser, isolado, o melhor marcador de sempre ao serviço de seleções nacionais, com 111 golos.

Por outro lado, o avançado de 36 anos pode inspirar-se no passado: nos 11 jogos em que defrontou o Newcastle para o campeonato inglês ou Taça de Inglaterra, apontou seis golos e fez cinco assistências. O encontro mais marcante foi uma goleada de 6-0 em 2007/08, em que alcançou um “hat-trick”. E nessas 11 partidas em que defrontou os “magpies”, ajudou a sua equipa a ganhar dez jogos e empatar um.

Apenas um golo marcado nas estreias

As estreias de Cristiano Ronaldo ao serviço dos clubes que representou ficaram normalmente marcadas por boas exibições e resultados positivos – três vitórias e um empate –, mas apenas com um golo marcado (e de grande penalidade). 

Foi numa noite quente de verão que Cristiano Ronaldo se estreou oficialmente ao serviço de clubes. Na altura tinha 17 anos e substituiu Toñito aos 61 minutos do Sporting-Inter Milão, a contar para a primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões. Atuou como extremo-direito e ainda teve uma ou outra arrancada que deixou em sentido a defesa dos italianos, mas na verdade pouco acrescentou. Na segunda mão, os leões perderam por 2-0 no Giuseppe Meazza e foram eliminados.

Foi ao serviço do Manchester United que Cristiano Ronaldo se tornou numa grande figura do futebol mundial. Em agosto de 2003, com apenas 18 anos e cerca de um ano depois de se ter estreado pelo Sporting, chegava aos “red devils” e poucos dias depois já encantava os adeptos, na sua estreia oficial, diante do Bolton. Entrou em campo aos 60 minutos para jogar como extremo esquerdo, com o resultado em 1-0. “Partiu os rins” ao pobre defesa direito dos visitantes e, mesmo não tendo marcado, foi decisivo no avolumar do resultado, de 1-0 até ao 4-0 final: ganhou uma grande penalidade e participou em mais um golo.

Ainda com a estreia pelo Manchester United a quente, Cristiano Ronaldo estreou-se, poucos dias depois, pela seleção portuguesa, na altura, treinada por Scolari. Começou no banco, mas entrou ao intervalo para o lugar de Rui Costa e ainda foi a tempo de ajudar a equipa das Quinas a vencer o particular frente ao Cazaquistão por 1-0, com golo de Simão Sabrosa. Na primeira vez que vestiu a camisola da seleção principal encantou, claro. Com 18 anos e logo no jogo de estreia entrou no lote de convocáveis para o Euro 2004, que se jogaria em Portugal no ano seguinte.

Real Madrid vs Deportivo – 29 de agosto de 2009

Depois de seis épocas em Manchester, CR7 mudou-se para Madrid no verão de 2009. Já estrela do futebol mundial, foi recebido em festa e esperava-se com ansiedade do primeiro jogo, o primeiro golo. E a primeira vez de Cristiano Ronaldo pelo Real Madrid ocorreu a 29 de agosto de 2009, numa vitória caseira por 3-2 diante do Deportivo da Corunha. Logo nesse dia estreou-se a marcar pelos “merengues” e o primeiro dos 450 golos que apontou ao serviço dos espanhóis foi obtido na transformação de uma grande penalidade, que Raúl, o habitual marcador, “ofereceu” ao português.

A última das estreias de Ronaldo foi também uma das mais mediáticas. Estrela do futebol mundial, depois de nove épocas em Madrid a ganhar tudo o que havia para ganhar, decide sair e logo para a Juventus, um gigante italiano, mas à procura da glória europeia. Ronaldo chegou em grande, recebido como a estrela que era e todos esperavam o que iria fazer ao serviço da vecchia signora.

A estreia pela Juve deu-se a 18 de agosto de 2018, num jogo em casa do Chievo e outra vez com vitória por 3-2. Não faturou nem fez qualquer assistência, mas fartou-se de colocar à prova o guarda-redes visitado, Stefano Sorrentino, que por via das defesas que efetuou aos seus remates foi considerado o melhor em campo.

Os recordes de Ronaldo em Manchester

Cristiano Ronaldo teve fulgurante primeira passagem pelo Manchester United, entre 2003/04 e 2008/09. No que se refere a conquistas coletivas, conseguiu três campeonatos ingleses em seis possíveis, uma Liga dos Campeões, um título de campeão do Mundo de Clubes, uma Taça de Inglaterra, duas Taças da Liga e duas Supertaças inglesas. Ou seja, um total de dez troféus.

E foi ao serviço dos “red devils” que começou a somar distinções individuais. A mais importante de todas aconteceu em 2008, quando conseguiu a primeira de cinco Bolas de Ouro (haveria de conquistar mais quatro pelo Real Madrid). Em 2007/08, almejou a primeira Bota de Ouro (prémio entregue ao melhor marcador dos campeonatos europeus), depois de marcar 31 golos na Premier League. Depois, ganharia mais três pelo Real Madrid.

Ainda pelo Manchester United foi o melhor marcador da edição de 2007/08 da Liga dos Campeões, com oito golos e foi duas vezes jogador do ano em Inglaterra (2006/07 e 2007/08). E em 2006/07 foi o jogador com mais assistências na Premier League (16).

Por outro lado, Cristiano Ronaldo foi o único futebolista que em toda a história da Premier League conquistou os seguintes seis prémios individuais na mesma temporada: fez parte da equipa do ano da Associação de Futebolistas Profissionais (PFA); jogador do ano da PFA; jovem jogador do ano da PFA; jogador do ano da PFA para os adeptos; jogador do ano para a Associação de Jornalistas Britânicos e jogador do ano da Premier League, esta última distinção numa votação conjunta das entidades desportivas, jornalistas e adeptos. O feito foi alcançado em 2006/07, com apenas 22 anos, época em que marcou 17 golos e fez oito assistências no campeonato inglês.

No total, fez 118 golos e 69 assistências em 292 partidas ao serviço do Manchester United. Curiosamente, só foi considerado por quatro vezes o melhor jogador do mês da Premier League nas seis temporadas que passou em terras de sua Majestade. Uma estatística, que aparentemente, mostrava que não era muito querido pelos jornalistas locais e pelos seus colegas. O vencedor deste prémio resulta essencialmente da opinião de um painel de especialistas e do capitão de cada clube da Premier League. Já o voto online do público contribui apenas com 10 por cento.

Dois “galos” para um poleiro

Existe a curiosidade de saber se no Manchester United Cristiano Ronaldo vai “roubar” por completo o protagonismo a Bruno Fernandes na marcação de grandes penalidades e livres diretos. No entanto, se olharmos para as estatísticas, os adeptos “red devils” certamente desejarão que isso não aconteça. Desde 2017, Bruno Fernandes converteu com sucesso 25 das 26 grandes penalidades de que dispôs (taxa de sucesso de 96%), enquanto Cristiano Ronaldo marcou 26 em 31 (84% de sucesso). Nos pontapés livres diretos, a diferença é ainda mais acentuada: Bruno Fernandes concretizou cinco em 58 tentativas (9% de sucesso) e CR7 apenas 1 em 67 (1,49% de acerto). 

Irá Ronaldo marcar no seu regresso à melhor liga do mundo?