Terça-feira, dia 9 de julho, França e Espanha lutam por um lugar na final, quando disputarem a primeira meia-final do Euro 2024. Um dia depois, é a vez da Inglaterra e Países Baixos entrarem em campo. Podes apostar nestes dois grandes jogos no site da Betano.pt, bem como em que será o próximo campeão europeu, entre outros mercados.
Espanha e França já tiveram uma final antecipada nos quartos de final do torneio. Os espanhóis bateram a Alemanha, por 2-1, após prolongamento, numa partida intensa até ao último segundo. Dani Olmo, aos 51 minutos, deu vantagem a nuestros hermanos, mas aos 89’ Wirtz levou a partida para a etapa complementar. Aos 119’, Merino fez o resultado final e deu a primeira vitória a Espanha diante de uma seleção anfitriã, na fase a eliminar de uma grande competição, à décima tentativa.
Já os gauleses derrotaram Portugal, no desempate por grandes penalidades (0-0, ao cabo dos 120 minutos), por 5-3. Numa partida bem disputada, e com boas oportunidades de lado a lado, o nulo persistiu durante as duas horas da partida e, na lotaria dos pénaltis, os franceses foram mais fortes, com o único falhanço a pertencer a João Félix, que acertou no poste.
Para muitos analistas, a França é a seleção presente no Euro 2024 com melhor naipe de jogadores, Mbappé à cabeça. No entanto, os “bleus” têm mostrado pouco futebol e o astro recém-contratado pelo Real Madrid ainda só fez um golo, de grande penalidade, embora tenha falhado uma partida, depois de ter partido o nariz no jogo de estreia (vitória sofrida por 1-0 com a Áustria, com um autogolo).
No segundo encontro, os franceses empataram sem golos diante dos Países Baixos (o tal jogo sem Mbappé), tendo fechado a fase de grupos com nova igualdade (1-1 frente à Polónia). Contas feitas, foi uma caminhada com 5 pontos e um saldo modesto de 2-1 em golos, no entanto, e isto só deu para terminarem em segundo lugar, atrás dos austríacos. Nos oitavos mais uma exibição modesta, contra a Bélgica, e quando tudo parecia indicar que iria se jogar prolongamento, um autogolo de Vertonghen, aos 85 minutos, carimbou a passagem dos gauleses para os quartos de final.
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A França é a primeira seleção na história da competição a chegar às meias-finais sem qualquer golo marcado de bola corrida (conta com dois autogolos e uma grande penalidade), sendo que o único que sofreu foi através de um castigo máximo apontado por Robert Lewandowski. Outra curiosidade sobre a formação gaulesa, é que esta nunca perdeu qualquer encontro em que Kanté tenha sido titular, em Europeus ou Mundiais – a sequência invencível já vai em 20 partidas.
Em relação à Espanha, esta foi a segunda seleção a conseguir o passaporte para os oitavos de final, depois da Alemanha, tendo garantido o primeiro lugar no seu grupo no final da segunda ronda. E o mérito é ainda maior se pensarmos que estava no denominado “grupo da morte”, com Croácia e Itália e ainda a surpreendente Albânia, que dificultou muito a vida aos favoritos, apesar de só ter somado 1 ponto.
Os “nuestros hermanos” foram a equipa mais entusiasmante da primeira fase e a única que não sofreu golos, mostrando, a quem tinha dúvidas, que são dos principais candidatos ao triunfo final. Nos oitavos venceram a Geórgia, por 4-1, numa partida em que o resultado peca por defeito. Um autogolo de Normand, aos 19 minutos, deu vantagem aos georgianos, mas aos 39’ Rodri fez o empate. Os restantes tentos de nuestros hermanos foram da autoria de Ruiz, Nico Williams e Olmo.
Historicamente, há equilíbrio nos confrontos entre estas duas seleções, com 16 vitórias espanholas, 13 francesas e ainda sete empates, para um total de 36 duelos, dos quais 26 foram particulares. Em fases finais do Euro, os dois vizinhos latinos mediram forças em quatro ocasiões e aqui há vantagem gaulesa. Em 1984, na final do Euro, a França bateu a Espanha, por 2-0, no torneio de 1996 houve empate a um golo na fase de grupos, nos quartos de final da competição em 2000 novo triunfo gaulês, por 2-1, mas em 2012 os espanhóis vingaram-se e bateram o rival, nesta mesma ronda, por 2-0. Curiosamente, das quatro vezes que se cruzaram em fases finais, em três delas o campeão europeu foi um destes países e a exceção aconteceu em 1996: França venceu em 1984 e 2000 e a Espanha em 2012.
Em ambos os conjuntos, há estrelas no ataque que podem desequilibrar, como acontece com Lamine Yamal e Nico Williams na Espanha e com Mbappé e Griezmann na França. No meio-campo espera se uma luta titânica, com Kanté, Rabiot, Rodri e Fabián Ruiz a pisarem os mesmos terrenos. Sobre este confronto, fica ainda a saber que a Espanha é ligeiramente favorita ao triunfo, isto numa partida em que vão estar frente a frente duas das seleções com mais títulos europeus na história do torneio: três para os espanhóis e dois para os espanhóis.
Não é segredo para ninguém que a Inglaterra ficou do lado mais fácil do quadro, algo que já lhe tinha acontecido em 2021, quando perdeu o Euro 2020 em casa diante da Itália. Ainda assim, não se lhe pode tirar o mérito de chegar às meias-finais, ela que era considerada a principal favorita ao título no arranque da competição. Gareth Southgate não tem tido vida fácil, como selecionador inglês, mas os números estão do seu lado: três meias-finais em oito anos, tantas como nos 66 anos anteriores, e além disso a equipa vai em 12 jogos sem perder em fases finais da competição, contando apenas o tempo regulamentar. Do outro lado os ingleses vão ter pela frente os Países Baixos, que há muito tempo que estão longe de serem considerados favoritos a vencer grandes torneios, mas cujo talento individual nunca pode ser ignorado, apesar de esta seleção estar longe de ser a “laranja mecânica” de outros tempos.
Nos quartos de final, a Inglaterra bateu a Suíça no desempate por grandes penalidades (5-3), isto depois de um empate a um golo ao cabo de 120 minutos. Embolo abriu o marcador, a favor dos helvéticos, aos 75 minutos, mas aos 80’, Saka, num lance individual, restabeleceu a igualdade. Na lotaria dos penáltis, só Akanji não balançou as redes e tornou-se no primeiro jogador a falhar uma grande penalidade em dois desempates: Espanha (2020, derrota por 1-3) e Inglaterra (2024, derrota por 5-3). A Suíça, que fez um excelente torneio, vai para casa com uma estatística indesejada: é a terceira vez que é eliminada numa fase final sem perder qualquer encontro. Foi assim neste Europeu, como na edição de 2016 e ainda no Mundial de 2006.
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Os Países Baixos também não tiveram uns “quartos” fáceis diante da Turquia, formação que se adiantou no marcador aos 35 minutos por Akaydin. Só aos 70’ é que os neerlandeses repuseram a igualdade, com tento de de Vrij e, aos 76, um autogolo de Muldur abriu as portas das meias-finais para os pupilos de Ronald Koeman. Nos oitavos, diante da Eslováquia, os ingleses estiveram com um pé e meio fora do Europeu, mas um golo de Bellingham, aos 90+5’, impediu a eliminação da sua seleção e levou a decisão para o prolongamento. Aí, um golo de Harry Kane, logo no arranque da etapa complementar, fez o resultado final. Já no caso dos neerlandeses, esses tiveram um triunfo fácil diante da Roménia, por 3-0, com bis de Malen e outro golo de Gakpo.
Na fase de grupos, a Inglaterra venceu o seu grupo, mas fê-lo somando apenas 5 pontos (uma vitória e dois empates) e com somente 2 golos marcados (e 1 sofrido). A “rosa” iniciou a caminhada com triunfo tangencial por 1-0 diante da Sérvia, golo apontado por Jude Bellingham, na segunda ronda não foi além de um empate a uma bola com a Dinamarca, com golo de Harry Kane, tendo terminado a fase de grupos com empate sem golos diante da Eslovénia. Já os Países Baixos terminaram a fase de grupos na terceira posição, com 4 pontos, atrás da França (5) e da Áustria (6). Os neerlandeses ganharam por 2-1 à Polónia na estreia, empataram 0-0 com a poderosa França na segunda ronda e foram derrotados pela Áustria por 2-3 no último encontro desta fase.
Historicamente, há um grande equilibro entre as duas seleções, com sete vitórias para os Países Baixos e seis para a Inglaterra, isto além de nove empates, para um total de 22 confrontos, 16 dos quais particulares. Até ao momento, os dois conjuntos só se defrontaram por duas vezes em fases finais de Europeus. Em 1988, edição que a Holanda venceu, esta bateu os ingleses, na fase de grupos, por 3-1, e em 1996 houve vingança, com triunfo britânico por 4-1, também na fase de grupos.
Em ambos os conjuntos, há jogadores que podem decidir a partida num rasgo de génio, sendo que Bellingham e Kane, ambos com dois golos, são as principais ameaças ofensivas para as redes contrárias. Já no caso dos neerlandeses, os nomes a destacar são os de Xavi Simons, que já leva três assistências, e Cody Gakpo, que com três tentos apontados lidera a lista dos melhores marcadores da competição, juntamente com outros três jogadores, mas é o único ainda em prova. Sobre este duelo, fica ainda a saber que a Inglaterra é ligeiramente favorita ao triunfo, isto segundo as odds da Betano.pt.