Sábado, dia 28 de maio, às 20h, no Stade de France, em Saint-Denis, no norte de Paris, é aqui que vão estar centradas as atenções dos adeptos do desporto-rei, espalhados pelos quatro cantos do mundo, para assistirem, ao vivo ou pela televisão, ao encontro mais esperado da época: a final da Liga dos Campeões. Esta temporada, Liverpool e Real Madrid foram os conjuntos mais fortes e garantiram um lugar no jogo decisivo da prova de clubes mais importante da UEFA. É a terceira vez que dois clubes se vão defrontar na final da competição, algo que nunca aconteceu na história da Champions, com o máximo até agora a ser duas vezes. Podes apostar nesta partida no site da Betano.pt e fica desde já a saber que os ingleses são favoritos.
Na memória de todos ainda está bem fresco o que aconteceu na final de 2017/18, quando Sergio Ramos teve uma entrada mais dura sobre Mohamed Salah, à passagem da meia-hora de jogo, a qual levou a que o avançado dos reds tivesse que ser substituído por Adam Lallana. Ainda hoje há quem diga que o defesa espanhol fez de propósito, outros defendem que foi um lance normal. Seja como for, para a história fica a conquista da Champions pelos merengues nessa época: Benzema marcou aos 50 minutos, Mané ainda empatou aos 55’, mas Gareth Bale, que entrou aos 60’, bisou (64’ e 84’) e empurrou os blancos para mais uma conquista na prova milionária.
Se o Liverpool tem essa final de 2018 atravessada na garganta, o que dizer de Salah? E o egípcio não demorou muito a dizer isso mesmo ao mundo. Minutos depois do Real Madrid ter garantindo um lugar na final, o número 11 dos reds colocou um post no Twitter com uma frase que diz tudo: “Temos contas a ajustar”. Já antes desta publicação, o pupilo de Jurgen Klopp tinha manifestado a sua preferência para o jogo de 28 de maio: “Honestamente, quero jogar contra o Real Madrid. O Manchester City é uma boa equipa e já jogámos contra eles várias vezes esta temporada. Quero jogar contra o Real, porque perdemos uma final contra eles e quero ganhar desta vez”, disse à BT Sport.
Mas não é só Salah que procura vingança, já que no banco do Real Madrid está um homem que sofreu na pele uma das maiores desilusões na prova à conta do Liverpool. Falamos, claro, de Carlo Ancelotti, ele que era o treinador do AC Milão na mítica final de 2005. Os italianos chegaram ao intervalo a vencer por 3-0, mas na segunda metade os ingleses conseguiram empatar e levaram o jogo para o prolongamento e, depois, para o desempate de grandes penalidades, acabando por conquistar o troféu. Dois anos depois, os dois conjuntos voltaram a disputar o jogo decisivo e dessa vez a vitória sorriu aos rossoneri.
Com mais esta final do currículo, Ancelotti tornou-se o treinador com mais presenças no derradeiro encontro da Champions (AC Milan em 2003, 2005 e 2007 e Real Madrid em 2014 e 2022), à frente de nomes como Jurgen Klopp, Marcelo Lippi e Alex Ferguson, todos eles com quatro presenças.
Os dois colossos europeus têm no total 19 troféus na competição, com 13 para o Real Madrid, que lidera destacado a lista dos clubes com mais conquistas na Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, enquanto os ingleses venceram a prova em seis ocasiões. Em caso de triunfo do Liverpool, o clube apanha o AC Milan na segunda posição deste ranking, com sete títulos.
Real Madrid e Liverpool defrontaram-se em oito ocasiões, todas elas em jogos da Liga dos Campeões, com o saldo a ser ligeiramente favorável aos espanhóis, com quatro triunfos, um empate e três derrotas. A última vez que mediram forças foi na edição de 2020/21 da prova milionária, com os merengues a vencerem em casa por 3-1 e depois arrancaram um empate a zero em Anfield Road.
Esta final vai ainda desempatar o histórico entre os dois conjuntos, já que ambos derrotaram o adversário do próximo sábado uma vez: O Real, como já referimos em cima, em 2018, enquanto os reds bateram a formação de Madrid em 1981, por 1-0, com o único golo da partida a ser apontado por Alan Kennedy, aos 82 minutos. Esta é a quinta final da Champions League entre clubes de Inglaterra e Espanha, a dupla mais frequente no jogo decisivo, mais uma do que entre emblemas de Itália e de Espanha.
O Liverpool concluiu a fase de grupos desta época com um registo 100% vitorioso. Abriu a campanha com uma vitória em casa por 3-2 sobre o AC Milan (2-1 depois na sexta e última ronda do B) antes de bater o FC Porto (5-1 f, 2-0 c) e o Atlético(3-2 f, 2-0 c). Fora de casa, os comandados de Klopp fizeram o pleno, com seis vitórias em outras tantas deslocações até chegar à final da prova.
Na fase a eliminar, bateu o Inter Milão (triunfo fora por 2-0 e derrota em casa por 1-0), depois ultrapassou o Benfica (3-1 em Lisboa e 3-3 em Anfield Road) e seguiu-se o Villarreal nas meias-finais: (2-0 em Inglaterra e 3-2 em Espanha). Os reds venceram dez jogos numa única campanha europeia pela primeira vez na sua história e são também o primeiro clube a ter triunfado em todos os encontros fora de casa numa edição da competição.
Do lado do Real Madrid, os espanhóis venceram cinco dos seis jogos que disputaram no Grupo D esta época, com exceção ao desaire caseiro frente ao estreante Sheriff, na segunda jornada (1-2), tendo terminado em primeiro no seu grupo pela terceira vez em quatro épocas. Nos oitavos os comandados de Carlo Ancelotti perderam fora por 1-0 com o PSG e na segunda mão pareciam que estavam prestes a ser eliminados, quando os gauleses se adiantaram no marcador, mas três golos de Benzema na última meia-hora viraram a eliminatória a favor dos madridistas.
O francês fez novo hat-trick na primeira mão dos quartos na casa do Chelsea e ajudou o Real Madrid a vencer por 3-1. No segundo jogo, apontou o golo decisivo no prolongamento após o Chelsea ter estado a vencer por 3-0, com a formação de Madrid a passar com um resultado total de 5-4. Os golos diante dos blues tornaram Benzema o quarto jogador a marcar um “hat-trick” em jogos consecutivos da UEFA Champions Lague e o sétimo a fazer três golos em mais do que um jogo na mesma campanha.
Nas meias, nova prova de fogo para o Real Madrid. Depois de perder em Inglaterra por 4-3, os espanhóis a ser derrotados em casa por 1-0 até que Rodrygo marcou dois golos de rajada, aos 90’ e 91’. No prolongamento, Benzema fez o resultado final e garantiu a passagem à final.
Para o duelo de titãs do dia 28 de maio, há mais dores de cabeça do lado inglês do que do espanhol. Se Ancelotti tem as suas principais figuras disponíveis, Klopp ainda não sabe se poderá contar com os médios Fabinho e Thiago Alcântara, sendo certa a ausência do avançado belga Divock Origi nos reds. Este será o décimo confronto entre os dois treinadores e há uma ligeira supremacia para o italiano, com quatro vitórias, três empates e dois desaires.
No sábado, quem será coroado o rei da Europa: Real Madrid ou Liverpool?