AS Roma ou Feyenoord, um deles vai ser o primeiro vencedor da Liga Conferência, cuja competição tem final marcada para o dia 25 de maio, às 20h, em Tirana, na Albânia. Podes apostar neste grande jogo no site da Betano.pt e fica desde já a saber que os italianos, treinados por José Mourinho, são favoritos à vitória.
Curiosamente, tal como aconteceu na Liga Europa, com o Eintracht Frankfurt e Rangers, também nesta final vão estar frente a frente os dois ataques mais concretizadores da prova: o Feyenoord regista 28 golos, mais um do que o conjunto liderado por José Mourinho. Além disso, os melhores marcadores da competição também pertencem a estas equipas: do lado neerlandês, Cyriel Dessers, com 10 golos, e Tammy Abraham, com nove, nos giallorossi.
Aos 59 anos, José Mourinho pode voltar a conquistar um troféu cinco anos depois da última vez. Em 2017, venceu a Liga Europa, no comando técnico do Manchester United e, nessa final, bateu o Ajax, também ela uma equipa neerlandesa, tal como agora acontece com o Feyenoord. O Special One, em caso de triunfo na quarta-feira, torna-se também o terceiro treinador, primeiro português, a vencer três competições da UEFA – neste caso, Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência. Os outros foram Giovanni Trapattoni Udo Lattek, que têm no palmarés a Taça dos Clubes Campeões Europeus, a Taça UEFA e a Taça dos Vencedores das Taças. Se tivermos em linha de conta apenas as atuais competições europeias, Mourinho será o primeiro a ter no currículo vitórias nas três provas que existem.
Na antevisão à final, José Mourinho comparou a nova prova da UEFA à Liga dos Campeões. “Sou um treinador com alguma história e a AS Roma é um grande clube. Sinto alguma responsabilidade em tornar esta competição importante. Nós tentámos ir o mais longe possível. Vimos que nas meias-finais no total estiveram 170 mil adeptos. A Liga Conferência é a nossa Liga dos Campeões. Este é o nível em que estamos e a competição que estamos a jogar. Faz bastante tempo que a AS Roma não chega a um jogo deste género”, disse o técnico, em declarações à UEFA. O português mostra-se cauteloso, mas confiante. “Normalmente são 50 para cada lado. Vamos dar o nosso melhor para seja 51-49 a nosso favor. Isso tem de acontecer durante o jogo e não antes. É o dia dos jogadores e tudo o que posso fazer é dar uma pequena ajuda”.
Esta vai ser a quinta final europeia de Mourinho e o registo do treinador português é 100% vitorioso. Em 2002/03 venceu, com o FC Porto, a Taça UEFA (3-2 ao Celtic, na final) e um ano depois conquistou a Champions pelos dragões (3-0 ao AS Mónaco). Na temporada de 2009/10, numa altura em que era treinador do Inter Milão, adicionou mais uma “orelhuda” ao palmarés, derrotando na final o Bayern Munique (2-0). Mais recentemente, em 2016/17, e como já referimos, conquistou a Liga Europa, com o Manchester United.“Tenho tido muita sorte, os meus jogadores dão o melhor nas finais onde chegam. No momento da verdade, eles estão preparados.” Se incluirmos todas as finais que já disputou ao longo da carreira, o saldo continua a ser bastante positivo: 17 triunfos em 25 jogos decisivos de competições.
Para chegar à final, a AS Roma acabou o Grupo C da Liga Conferência em primeiro lugar, com 13 pontos, mas pelo caminho sofreu uma derrota humilhante diante dos noruegueses do Bodo/Glimt, por 6-1, naquele que foi o maior desaire da carreira de José Mourinho (ao nível dos 5-0 que o FC Barcelona aplicou ao Real Madrid, em 2010/11).
Nos oitavos de final, os italianos ultrapassaram outra equipa neerlandesa, no caso, o Vitesse (empate 1-1 em casa e vitória 1-0 fora), e nos quartos eliminaram o carrasco da fase de grupos, o Bodo/Glimt (derrota por 2-1 fora e vitória de 4-0 em Roma). Nas meias-finais, os giallorossi foram mais fortes que os ingleses do Leicester (empate 1-1 fora e vitória 1-0 no Olímpico), garantindo dessa forma a presença na final da competição.
No caso do Feyenoord, a equipa dos Países Baixos venceu o Grupo E, com 14 pontos, e nos oitavos bateu o Partizan (vitórias por 3-1 em casa e 5-2 fora). Na ronda seguinte superiorizou-se ao Slavia de Praga (empate 3-3 em casa e triunfo por 3-1 na República Checa) e, nas meias, teve um duro teste diante do Marselha, mas acabou por levar a melhor: vitória por 3-2 em casa e empate sem golos em França.
Esta é a primeira final da AS Roma desde 1991, ano em que perdeu no jogo decisivo frente ao Inter Milão, na Taça UEFA. Antes, conquistou a Taça das Cidades com Feiras (antecessora da Taça UEFA), em 1961, ao derrotar os ingleses do Birmingham. Em 1984 falhou a vitória na Taça dos Campeões Europeus, ao ser derrotado pelo Liverpool nos penáltis. Em caso de triunfo no jogo de Tirana, os italianos, que acabaram a Serie A em sexto lugar, colocam um ponto final num jejum sem títulos que dura desde 2008, ano em que venceram a Taça de Itália.
Do lado neerlandês, que terminou a liga na terceira posição, a 12 pontos do campeão Ajax, esta é a primeira final europeia nos últimos 20 anos: em 2002, venceu a Taça UEFA, derrotando o Borussia Dortmund, por 2-0, com um bis de Pierre van Hooijdonk, antigo avançado do Benfica. A melhor década europeia do Feyenoord foi nos anos 70, quando venceu a Taça dos Campeões Europeus (2-1 diante do Celtic, em 1969/1970) e a Taça UEFA pela primeira vez (em 1973/74, perante o Tottenham).
AS Roma e Feyenoord só se defrontaram em duas ocasiões, nos 16/avos de final da Liga Europa, em 2014/15. Nessa altura, os romanos venceram em casa na primeira mão, por 2-1, e arrancaram uma empate a um golo nos Países Baixos, resultado que permitiu seguirem em frente na competição – na ronda seguinte foram eliminados pela Fiorentina. Os dois conjuntos vão se apresentar na máxima força para este jogo decisivo, sendo que do lado italiano, Rui Patrício vai ser titular, enquanto Sérgio Oliveira deve começar o jogo no banco de suplentes.
Quem será o primeiro vencedor da Liga Conferência: AS Roma ou Feyenoord?