O jogo pelo qual os fãs do futebol esperam desde o início de uma nova época está a chegar e esse é a final da Liga dos Campeões, a qual terá lugar no dia 10 de junho, às 20h, em Istambul, Turquia. Manchester City e Inter Milão vão estar frente a frente neste encontro que acabará em glória para uma das duas formações. 

Os ingleses vão atrás da primeira “orelhuda”, e do primeiro “treble” (sagrou-se campeão e juntou-lhe a Taça de Inglaterra), já os nerazzurri contam com três troféus no museu (1964, 1965 e 2010), o último com José Mourinho como treinador e que nessa campanha eliminou o FC Barcelona de Guardiola.

“Para nós, vencer a Champions é um sonho, mas para o Man. City é uma obsessão”, disse na antevisão do encontro Federico Dimarco, lateral dos italianos, usando uma expressão que tem como autor José Mourinho, como recordou e bem a imprensa transalpina. Podes apostar neste jogo no site da Betano.pt e fica desde já a saber que os citizens são favoritos ao triunfo.

O caminho do City e do Inter até à final

O Manchester City conquistou o seu grupo, com quatro vitórias e dois empates, totalizando 14 pontos, mais cinco do que o segundo colocado, Borussia Dortmund. O Sevilha FC terminou com 5 pontos e o FC Copenhaga com 2. Nos oitavos de final, começou por empatar a uma bola no terreno do RB Leipzig, “despachando” os alemães por 7-0 em Inglaterra, enquanto nos quartos de final bateu o Bayern Munique, em casa, por 3-0, empatando a uma bola no Allianz Arena. Nas “meias” houve final antecipada, frente ao Real Madrid, e os tricampeões ingleses vingaram a eliminação da época transata. Empate a um golo em Madrid e goleada por 4-0 em Manchester.

No caminho até à final da Champions, o Inter Milão terminou a fase de grupos na segunda posição, com três vitórias, um empate e duas derrotas, totalizando 10 pontos, tendo ficado atrás de Bayern Munique (18 pontos, só com vitórias) e à frente de FC Barcelona (7 pontos) e Viktoria Plzen (não pontuou). Na fase a eliminar, os “nerazzurri” afastaram duas equipas portuguesas. Primeiro, o FC Porto, tendo ganho por 1-0 no Giuseppe Meazza e empatado sem golos no Dragão, onde sofreram a bom sofrer, vendo duas bolas embater nos ferros da sua baliza nos últimos minutos. Nos quartos de final começaram por ganhar ao Benfica no Estádio da Luz, por 2-0, e depois empataram a três bolas em Itália, desperdiçando uma vantagem de 3-1. Nas meias-finais houve dérbi de Milão e o Inter bateu o rival na primeira mão por 2-0 e no segundo jogo houve empate a um golo.

Final inédita que vai desempatar histórico entre os dois países

O Manchester City vai para a segunda final em três anos (perdeu em 2021, no Porto, diante do Chelsea, por 1-0), enquanto os interistas já disputaram cinco jogos decisivos, antes desta, mas é a primeira presença no último encontro da prova desde foram campeões em 2010.

Esta é a primeira vez que City e Inter medem forças e, desde 2005, na altura com Liverpool e AC Milan, que não havia uma final inédita na Champions. Até hoje houve quatro jogos decisivos na competição entre conjuntos destes países, todos com o Liverpool do lado inglês, e o saldo está empatado: dois triunfos para Inglaterra, outros dois para equipas italianas – os reds perderam com a Juventus e AC Milan e venceram outra vez os rossoneri e bateram ainda a AS Roma.

Os pupilos de Guardiola chegam à final com estatuto de invictos nesta edição da Liga dos Campeões, com sete triunfos e cinco empates, e podem tornar-se na 15ª equipa a erguer o troféu sem perder qualquer jogo e a oitava na nova versão da antiga Taça dos Campeões Europeus. Por seu lado, o Inter, vencedor da Taça de Itália de 2022/23, sofreu apenas duas derrotas no caminho até Istambul, ambas com o Bayern Munique, e manteve a baliza a zeros em cinco encontros, recorde na competição.

Guardiola pode apanhar Mourinho, Inter igualar o Ajax

Em caso de triunfo, o Manchester City pode tornar-se na 23ª equipa a vencer a competição e a primeira estreante desde que o Chelsea fez o mesmo em 2012, quando derrotou o Bayern Munique. Os conjuntos ingleses têm sido uma constante nas últimas finais, com cinco presenças nas últimas seis disputadas, e venceram 14 das 25 que disputaram.

Guardiola, campeão com o FC Barcelona em 2009 e 2011, pode ser apenas o sexto treinador a conquistar o troféu ao serviço de dois clubes diferentes, juntando-se a Ernst Happel (Feyenoord 1970 e Hamburgo 1983), Ottmar Hitzfeld (Borussia Dortmund 1997 e Bayern 2001), José Mourinho (FC Porto 2004 e Inter 2010), Jupp Heynckes (Real Madrid 1998 e Bayern 2013) e Carlo Ancelotti (AC Milan 2003, 2007 e Real Madrid em 2014 e 2022).

Se o triunfo sorrir aos italianos, o Inter apanha o Ajax, com quatro títulos europeus, atrás apenas de Real Madrid (14), AC Milan (sete), Bayern Munique, Liverpool (ambos com seis) e FC Barcelona (cinco). Os nerazzurri foram a última formação transalpina a arrecadar o troféu, sendo que a Juventus marcou presença na final em duas ocasiões depois disso, mas perdeu ambas – em 2015 e 2017. O saldo das formações do país da bota na Champions é negativo, com cinco triunfos e oito desaires e, se incluirmos a extinta Taça dos Campeões Europeus, nesse caso estamos a falar de 12 conquistas e 16 desilusões.

Bernardo Silva preparado para o jogo mais importante da carreira

Em entrevista à TNT Sports Brasil, Bernardo Silva, uma das figuras do Manchester City esta época, admitiu que a final de sábado é provavelmente o maior jogo da sua carreira. “Da experiência que tenho em finais, o melhor é preparar este jogo como só mais um jogo, da mesma forma que todos os outros, mesmo sabendo que este é um jogo muito importante. Mas se dissesse que era um jogo igual a todos os outros, estaria a mentir. É um jogo que tem um peso emocional e uma pressão completamente diferente dos outros encontros. Da experiência que tenho em finais, o melhor é preparar este jogo como só mais um jogo, da mesma forma que todos os outros, mesmo sabendo que este é um jogo muito importante. Mas se dissesse que era um jogo igual a todos os outros, estaria a mentir. É um jogo que tem um peso emocional e uma pressão completamente diferente dos outros encontros”, disse.

E continuou: “Ainda por cima no contexto que é: se ganharmos, fazemos o ‘triplete’, que só foi conseguido uma vez em Inglaterra. Possivelmente, é o maior jogo da minha carreira, sim. Se estou tranquilo? Sei da responsabilidade que é um jogo destes. Já estive numa final que a perdi e sei o que tenho de fazer para não a perder desta vez. Queremos dar a melhor resposta dentro de campo, porque depois há uma série de coisas que não podemos controlar. Como, de antemão, saber como se vai controlar o adversário. Se um jogador rematar de meio-campo e fizer golo, isso não podemos controlar. Mas se pudermos controlar o jogo, as nossas probabilidades de ganhar a final vão ser muito grandes”, concluiu o médio português.

Inzaghi não tem medo da melhor equipa do mundo

Simone Inzaghi, que a certa altura da época parecia não ter condições para continuar a ser o treinador do Inter Milão na próxima temporada, elogiou o adversário, mas disse ainda não ter medo do City. “Estamos a falar de uma partida de futebol, não tenho medo. Guardiola é o técnico mais forte do mundo, sempre disse isso, mas não temos medo, apenas muito respeito. Estamos orgulhosos de jogar esta final porque queríamos tanto”, garantiu.

E prosseguiu: “Sabemos que vamos defrontar a equipa mais forte do mundo, que conquistou cinco vezes a Premier League nos últimos seis anos. Teremos de ter muito cuidado para jogar como equipa. Têm um plantel fantástico e um treinador que marcou uma era no futebol moderno. Quanto mais vemos o Manchester City jogar, mais entendemos o porquê de eles conquistarem tanto. São completos, físicos e técnicos. Eles têm muita posse de bola e são agressivos. O City tem muito poucas fraquezas, mas nós mostrámos já o quanto somos bons”, disse.

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