Quarta-feira, dia 1 de junho, a Puskás Aréna, em Budapeste, recebe a final da Liga Europa, entre o Sevilha, equipa com mais troféus conquistados na prova, e a AS Roma, atual vencedora da Liga Conferência. Quem vencer esta partida, garante, além do prestígio e do prémio monetário, entrada direta na próxima edição da Champions, algo que nenhuma das formações garantiu via campeonato. Podes apostar neste grande duelo no site da Betano.pt e fica desde já a saber que os espanhóis são ligeiramente favoritos.

Os sevilhanos são os reis da Liga Europa, com quatro conquistas (2014, 2015, 2016 e 2020), às quais juntam duas Taças UEFA’s (2006, 2007), ou seja, são seis finais e outras tantas vitórias para o conjunto da Andaluzia. Por outro lado, esta é a primeira vez que os romanos chegam ao jogo decisivo desta competição, mas marcaram presença na final da extinta Taça UEFA, em 1991, perdendo com o Inter Milão. Em relação a José Mourinho, o treinador luso tem tem cinco finais e outros tantos títulos europeus. Duas Liga dos Campeões (FC Porto e Inter Milão), duas Taças UEFA/Liga Europa (com FC Porto e Manchester United) e, mais recentemente, uma Liga Conferência, com a AS Roma, na temporada anterior. 

Sevilha com saldo positivo contra equipas italianas

José Mourinho foi desta forma o primeiro treinador de sempre a conduzir cinco equipas diferentes a finais de provas europeias. Agora, vai tentar pela segunda vez na carreira vencer duas provas da UEFA em épocas seguidas: a primeira foi com o FC Porto, quando conquistou a Taça UEFA e a Liga dos Campeões em 2003 e 2004. Uma coisa já é certa para esta final e isso é que Sevilha ou Mourinho vão perder o registo 100% vitorioso: os espanhóis nesta competição e o técnico luso ao longo da carreira.

Os espanhóis começaram esta campanha europeia na Champions, acabando em terceiro lugar no respetivo grupo, o que fez com que caíssem para a Liga Europa, eliminando o PSV Eindhoven no play-off, o Fenerbahçe nos oitavos de final, o Manchester United nos “quartos” e a Juventus nas “meias”, sendo que estes dois últimos adversários eram dos principais favoritos à conquista da prova. No caso dos italianos, os giallorossi terminaram em segundo lugar no Grupo C e, depois, eliminaram Salzburgo, Real Sociedad, Feyenoord e Bayer Leverkusen para marcarem presença nesta final.

Só há um registo de confronto entre os dois emblemas e foi curiosamente nesta prova, em 2019/20, em terreno neutro, por causa da pandemia da Covid-19 – os espanhóis venceram por 2-0. O saldo do Sevilha contra adversários italianos é positivo, contando com oito triunfos, três empates e cinco desaires. Mais importante nestas contas é que os sevilhanos venceram cinco dos últimos seis duelos com formações transalpinas.

Já no caso dos romanos, o salto diante de clubes espanhóis é negativo: 12 vitórias, sete empates e 20 derrotas. Esta temporada os pupilos de Mourinho já mediram força contra outros dois conjuntos do país vizinho de Portugal (Bétis e Real Sociedad) e o registo está em uma vitória, outro desaire e ainda dois empates. Em eliminatórias, o saldo está no entanto empatado, com cinco vitórias e outras tantas derrotas, e esta época já despacharam a Real Sociedad, como referimos acima no texto. 

Se analisarmos o histórico entre o Sevilha e José Mourinho, neste capítulo o treinador luso tem levado a melhor sobre a formação andaluz, com sete vitórias, um empate e duas derrotas. Oito desses confrontos aconteceram quando o Special One era técnico do Real Madrid e os outros dois ocorreram numa altura em que o português comandava o Manchester United. Como treinador dos red devils, Mourinho mediu forças com o Sevilha nos oitavos de final da Champions em 2017/18 e foi eliminado pelos espanhóis. Depois de um nulo na primeira mão, no mítico Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, os ingleses foram surpreendidos em casa e perderam por 1-2, resultado que ditou a eliminação. 

Elogios a Mourinho chegam de todos os lados

Apesar do ligeiro favoritismo, em Sevilha “desconfia-se” de José Mourinho e do que ele pode fazer no encontro da próxima quarta-feira. Mal se soube que a AS Roma tinha passado à final, foram vários os elementos ligados ao clube espanhol a elogiar o português e a sua experiência em partidas deste género. Um deles é José Luís Mendilibar, atual treinador do Sevilha. “Vi os jogos da Roma. É adversário que conheço bem, Mourinho é uma das minhas referências como treinador […] Só de ver por onde passou e o que conquistou, ficamos admirados. Venceu todas as finais europeias em que participou, esteve entre os melhores da Europa e tudo o que diz é bom. Mostrou que é grande treinador, implantou o seu estilo nas suas equipas e fê-lo bem. É muito bom, em todos os momentos convence os jogadores. Até fez com que Eto’o jogasse a lateral. Poder defrontá-lo é maravilhoso e vamos tentar vencê-lo”, disse.

No seio dos romanos também são vários os elementos que têm elogiado o trabalho de Mourinho no clube da capital, como aconteceu recentemente com Chris Smalling. “Conheço Mourinho há algum tempo, vencemos juntos em Manchester, então foi bom encontrar rostos familiares novamente, estou a falar da sua equipa técnica. Já o conhecia antes dele chegar a Roma e não demorou muito ganhar um troféu, que esperávamos há muito tempo. A minha relação com Mourinho é excelente, ganhei com ele em Inglaterra e agora quero fazê-lo em Itália. É uma pessoa que quer sempre ganhar, não se contenta com um troféu e essa é a mentalidade que devemos ter. A sua experiência é preciosa para nós”.

As duas formações chegam a esta final na sequência de derrotas nas ligas domésticas. O Sevilha perdeu em casa com o Real Madrid, por 1-2, enquanto a AS Roma saiu derrotada na deslocação a Florença, diante da Fiorentina, também por 2-1. Os espanhóis são décimos e não vencem há três partidas na La Liga e estão fora de lugares que garantem acesso às próximas competições europeias. Em Roma, já há muito tempo que a prioridade é a Liga Europa e os giallorossi vão em sete encontros sem ganhar na Serie A, ocupando a sexta posição.

Poucos ausentes em ambos os conjuntos

A equipa de José Mourinho tem tido muitas lesões nos últimos tempos e o treinador português já se queixou várias vezes sobre o facto de ter um plantel curto, o que não permite fazer rotação. Ainda assim, os italianos vão ter as suas principais figuras disponíveis para este encontro, com destaque para Dybala, sendo que só poderá ter utilização reduzida devido a limitações físicas, e Pellegrini, ambos com quatro golos apontados nesta prova, e ainda os avançados Abraham e Bellotti. Na baliza, Rui Patrício será, como de costume, o titular, ele que se tornou o jogador com mais presenças em partidas da Liga Europa ao longo da sua história. No Sevilha, a principal ausência é Acuna, lateral argentino que já passou pelo Sporting, e que foi expulso na segunda mão das meias finais com a Juventus. De resto, Mendilibar conta com as principais estrelas, como acontece com o avançado marroquino Youssef En-Nesyri, que é o melhor marcador da equipa nesta competição, com quatro golos.

Prémio