A tão esperada final da NBA começa na madrugada de quinta para sexta-feira, 3 de junho, com os Boston Celtics a viajarem até à Califórnia para defrontar os Golden State Warriors. Os primeiros derrotaram os Miami Heat na final do Este, enquanto os visitados foram mais fortes que os Dallas Mavericks no Oeste. No início da temporada nenhum destes conjuntos estava entre os principais favoritos a conquistar o título, mas depois de tudo o que fizeram para chegar até aqui, ninguém tem dúvidas que vai ser uma final incrível, com bons jogos e momentos emocionantes. Fica desde já a saber, que os californianos são favoritos ao triunfo neste primeiro encontro, isto de acordo com as odds do site da Betano.pt. Uma final para Apostar ao Vivo e Ver com o Livestream da Betano!

Na lista das equipas com mais títulos na história da NBA, os dois conjuntos estão lá em cima. Os Celtics, com 17, ocupam a primeira posição, juntamente com os Los Angeles Lakers, já os Warriors, com seis, estão em terceiro, com o mesmo número de troféus que os Chicago Bulls. A organização que vencer este ano isola-se na posição que atualmente ocupa: os verdes de Boston no topo do ranking e a formação de San Francisco em terceiro, à frente dos “touros” de Illinois.

A única vez que as duas formações se defrontaram numa final foi em 1964 e os anéis foram parar aos dedos dos jogadores dos Celtics, que venceram por 4-1. Na altura, este foi o sexto título na série de oito consecutivos que a formação do Massachusetts alcançou, feito que até hoje é um recorde na NBA. De registar ainda que os verdes de Boston são a única equipa com saldo positivo diante dos Warriors, desde que estes são treinados por Steve Kerr (9-7). 

Esta final coloca também frente a frente dois técnicos que têm um passado semelhante: Kerr e Ime Udoka jogaram pelos San Antonio Spurs e foram adjuntos de Greg Popovich no conjunto texano. Apesar de todo o poderio ofensivo que ambos os conjuntos apresentam, vai ser a defesa a decidir os jogos, ou não estivéssemos perante as duas equipas com melhor eficiência defensiva – desde 1996, que as formações líderes neste capítulo não se defrontavam na final, quando os Chicago Bulls apanharam pela frente os Seattle SuperSonics.

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Klay Thompson voltou na melhor altura para os Warriors 

Do lado dos Warriors, os últimos anos têm sido uma montanha russa. Entre 2015 e 2019 registam três títulos e duas finais perdidas e, agora, três anos depois, voltam a marcar presença na ronda final dos playoffs, igualando o feito dos Chicago Bulls de Michael Jordan: seis finais em oito anos – com a diferença que a equipa do melhor jogador de todos os tempos venceu todas essas edições da liga.

Este regresso à ribalta da NBA surge depois de dois anos difíceis para a formação da Califórnia. Em 2019/2020 foi uma das piores equipas da liga, enquanto em 2021 caiu no play-in, diante dos Memphis Grizzlies. Durante este período, houve lesões que afastaram durante muito tempo da equipa alguns dos principais jogadores, com as mais graves a tocarem a Klay Thompson.

14 de junho de 2019. Jogava-se o terceiro período do jogo 6 da final da NBA, entre Golden State Warriors e Toronto Raptors. A formação canadiana vencia por 3-2 e estava apenas a uma vitória do primeiro título de campeão da sua história. Do outro lado, os californianos tentavam adiar a decisão para o jogo 7 e contavam com um Klay Thompson inspirado. Quando faltavam pouco mais de dois minutos para acabar o terceiro período, e numa altura que já tinha 28 pontos marcados, o número 11 dos Warriors lesionou-se gravemente, ao romper o ligamento cruzado do joelho esquerdo. Depois dessa primeira grave lesão, e quando se preparava para regressar à competição, o base/extremo de 32 anos rompeu o tendão de Aquiles durante um treino, o que fez com que também falhasse a temporada de 2020/2021. 

No inicio desta época, as primeiras notícias apontavam o seu regresso para a mítica jornada de Natal, mas os Warriors, em conjunto com o atleta, preferiram esperar um pouco mais, até que chegou o dia que todos os fãs dos californianos esperavam: 10 de janeiro de 2022, Klay Thompson voltou a jogar, frente aos Cleveland Cavaliers e mostrou que quem sabe nunca esquece. 

Foram 941 dias de ausência nos recintos da NBA para um dos melhores lançadores de todos os tempos. Em 20 minutos de jogo, registou 17 pontos, três ressaltos e uma assistência. Melhor que ele, só Stephen Curry, com  28 pontos. O seu regresso colocou os Warriors de imediato entre os favoritos ao título e o futuro desde então veio provar isso mesmo, com esta presença na final.

Arranque dos Celtics não fazia prever o que veio depois

Estávamos em 2008, quando os Celtics foram campeões pela última vez. Nessa época, bateram o rival de sempre, os Lakers, por 4-2, mas dois anos depois os californianos vingaram-se e e venceram por 4-3. Os adeptos dos verdes de Boston tiveram que esperar doze anos para ver outra vez a equipa na tão desejada final da NBA, mas ninguém deve estar mais feliz que Al Horford, é que o poste de 35 anos dos Celtics era o atleta da liga com mais partidas disputadas nos playoffs (141) sem conseguir chegar aos jogos decisivos do campeonato. Esse recorde negativo deixou agora de lhe pertencer e passou para as mãos de Paull Millsap, que vai em 130 encontros.

A primeira metade da fase regular não fazia antever este desfecho para os Celtics, que atacaram esta temporada com novo homem do leme. Udoka está a ter pela primeira vez o papel de treinador principal, isto depois de muitos anos como adjunto, com destaque para as passagens pelos Spurs e, mais recentemente, pelos Brooklyn Nets, equipa que varreu na primeira ronda dos playoffs, por 4-0. 

A aposta em Udoka tardou em dar resultados, com os Celtics a registarem 25 vitórias em 50 jogos e a lutarem para assegurar apenas um lugar nos playoffs. O treinador foi avisando que precisava de tempo para que os seus jogadores percebessem o que ele queria para a equipa e, de facto, em 2022 tudo mudou. A formação de Boston arrancou para uma segunda metade da época revigorada, sendo das melhores da liga a defender, imagem de marca de Udoka. Para se ter noção do feito alcançado, desde 1981 (na altura foram os Houston Rockets) que nenhuma equipa chegava à final da liga, depois de ter 25-25 nas primeiras 50 partidas.

O percurso dos Warriors na época da NBA

A formação de San Francisco acabou a fase regular em terceiro lugar no Oeste, com 53 vitórias e 29 derrotas. Na primeira ronda dos playoffs, os Warriors venceram os Denver Nuggets por 4-1, nas meias-finais da Conferência derrotaram os Memphis Grizzlies por 4-2 e na final do Oeste bateram os Dallas Mavericks por 4-1. 

Os comandados de Steve Kerr estiveram, em todas as eliminatórias, sempre na frente e pareceram ter tudo controlado. Além disso, a equipa ainda não perdeu qualquer jogo na condição de visitado e, tendo em conta que parte para esta final com o fator casa do seu lado, isto pode fazer a diferença lá mais para a frente.

Como de costume, Stephen Curry, Draymond Green e Klay Thompson têm sido os principais jogadores da formação californiana, sendo que Andrew Wiggins e Jordan Poole também tem estado em bom plano. Pela primeira vez na história da NBA, as finais de conferência também tiveram o prémio MVP e foi Stephen Curry a arrecadar o troféu.

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O percurso dos Celtics 

Se o percurso dos Warriors foi tranquilo, o mesmo não se pode dizer da caminhada dos Celtics até à final. O conjunto de Boston ficou em segundo lugar no Este, com 51 triunfos em 82 jogos, e na primeira ronda bateu os Brooklyn Nets, o maior candidato ao título no arranque da temporada, por 4-0 – mas são números enganadores, já que todos os encontros foram bastante equilibrados e nenhum se decidiu por mais do que sete pontos de diferença. 

Nas meias-finais a tarefa foi ainda mais difícil, com os comandados de Udoka a terem pela frente os atuais campeões, os Milwaukee Bucks, e estiveram em desvantagem em três ocasiões: 1-0, 2-1 e 3-2. No sexto encontro, e com os Bucks a poderem fechar a eliminatória em casa, os Celtics venceram fora e empataram as meias a 3-3, empurrando a decisão para o jogo 7. Com o público do TD Garden a puxar pela equipa desde o início, a formação da casa venceu por 28 pontos e rumou à final de conferência, para defrontar os Miami Heat.

Frente ao conjunto liderado por Erik Spoelstra, e contra quem tinham perdido nesta fase da competição em 2019/20, os Celtics precisaram mais uma vez de disputar sete encontros. Entraram a perder, deram a volta e estiveram a ganhar por 3-2, com a possibilidade de fecharem esta ronda em casa, no sexto jogo, mas foram derrotados pela formação da Florida. Na partida decisiva, e a jogar longe de Boston, os jogadores de Udoka entraram com tudo e nunca estiveram atrás do marcador ao longo do encontro, carimbando o passaporte para a tão almejada final da liga.

Se no caso dos Warriors, Steve Kerr tem muitas opções no banco de suplentes, nos Celtics a rotação tem sido mais curta. Para piorar o cenário, tem havido várias lesões nos titulares, como aconteceu com Marcus Smart e Robert Williams III, sendo que este último, na decisiva partida sete com os Heat, jogou sempre a coxear. As estrelas da equipa Jayson Tatum, eleito MVP da final de conferência, e Jaylen Brown têm sido os pilares do sucesso e, quando estão com a mão quente, é muito difícil bater a equipa de Udoka. 

Calendário da final da NBA:

Jogo 1, em casa dos Warriors, madrugada de sexta-feira, 3 de junho

Jogo 2, em casa dos Warriors, madrugada de segunda-feira, dia 6 de junho 

Jogo 3, em casa dos Celtics, madrugada de 9 de junho 

Jogo 4, em casa dos Celtics, madrugada de 11 de junho 

Se necessário:

Jogo 5, em casa dos Warriors, madrugada de 14 de junho

Jogo 6, em casa dos Celtics, madrugada de 17 de junho

Jogo 7, em casa dos Warriors, madrugada de 20 de junho