A final mais provável vai acontecer na edição deste ano da Taça da Liga, isto depois de Benfica e Sporting terem eliminado Boavista e Santa Clara, respetivamente, nas meias-finais da competição. O jogo decisivo acontece no sábado, às 19h45, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, e nas odds da Betano há bastante equilíbrio entre as duas equipas.
O Benfica garantiu um lugar na final ao bater o conjunto axadrezado no desempate por grandes penalidades (3-2), isto depois de um empate 1-1 no tempo regulamentar. Já o campeão nacional superiorizou-se aos açorianos por 2-1, com um autogolo de Villanueva e um golo de Sarabia. Em ambos os encontros os favoritos passaram por dificuldades para garantirem uma vaga no jogo de sábado em Leiria.
“Há que valorizar a nossa passagem à final, que era o objetivo. Na primeira parte fizemos um bom jogo, com domínio, a criar oportunidades de golo. Na segunda parte, sofremos o penálti aos 10 minutos e a equipa retraiu-se um pouco”, admitiu Nélson Veríssimo. “Mas terminámos por cima, com vontade de evitar os penáltis. Podíamos tê-lo feito no remate do Pizzi, com uma grande defesa do guarda-redes. Mas globalmente a equipa fez o que lhe competia, que era chegar à final. Na primeira parte tivemos um grande domínio, a segunda fica marcada pelo penálti, que nos retraiu um pouco. Acabámos por cima, com oportunidades para marcar”, finalizou o treinador do Benfica após o encontro com o Boavista.
No caso de Rúben Amorim, o treinador do Sporting acha que o resultado frente ao Santa Clara foi justo. “Gostei do resultado, gostei do jogo principalmente na primeira parte. Na segunda parte, a seguir à expulsão piorámos, foi a nossa pior parte do jogo, algo displicentes com a bola, às vezes gostamos de complicar um pouco o nosso jogo. É o treinador que lhes diz para manter a bola, mas podíamos ter arriscado menos. Na primeira parte controlámos bem, boa reação à perda de bola. O Santa Clara é muito forte nas bolas paradas, tinha vantagem sobre nós sem o Coates. Tentámos fazer poucas faltas no meio-campo defensivo. Acabámos por ser a melhor equipa e acho que o resultado é justo. Não foi um jogo muito fluído a partir da expulsão, não criámos assim tantas oportunidades, mas controlámos o jogo e na primeira parte merecíamos sair em vantagem”.
Os dois rivais de Lisboa já se defrontaram em três ocasiões na competição e a vitória sorriu sempre aos encarnados. Em 2008/09, o Benfica venceu o Sporting na final (3-2 nos penáltis, após 1-1 nos 90 minutos) e nas duas épocas seguintes superiorizou-se ao rival nas meias-finais da Taça da Liga: 4-1 em 2009/10 e 2-1 em 2010/11.
A Taça da Liga apareceu em Portugal na época de 2007/08 e nos primeiros anos não foi uma prova muito valorizado pelos clubes e adeptos. Apesar de hoje em dia continuar a ser considerada a terceira competição nacional, atrás da I Liga e da Taça de Portugal, conseguiu conquistar cada vez mais espaço e não existem dúvidas de que todos os clubes entram em campo com toda a ambição para a vencer.
A primeira edição foi conquistada pelo Vitória FC, orientado por Carlos Carvalhal, numa final decidida nas grandes penalidades diante do Sporting de Paulo Bento. Seguiram-se três troféus ganhos pelo Benfica, um pelo SC Braga, mais três pelos encarnados e um pelo Moreirense. Nas últimas quatro temporadas imperou a lei do leão, com o Sporting a ganhar todas as edições, com exceção da de 2019/20, que foi conquistada pelo SC Braga.
Contas feitas, o Benfica continua a ser o grande dominador da Taça da Liga, com um total de sete triunfos em 14 edições, tendo ganho todas as finais em que participou. No entanto, falhou o objetivo nas últimas cinco temporadas e foi Rui Vitória o último treinador a conseguir levar o troféu para o museu do clube, em 2015/16, depois de golear o Marítimo na final, por 6-2.
Posto isto, há mais de dez anos que os dois conjuntos não se defrontam na prova e, sábado, se o Benfica vai atrás da oitava conquista na competição, o Sporting procura o quarto troféu, segundo consecutivo.