AS Mónaco e PSG jogam esta quarta-feira a final da Taça de França. Um jogo que por si só já merecia grande destaque, mas que ganha ainda maior relevo pelo facto de os dois clubes ainda estarem em disputa pelo título de campeão, quando falta disputar apenas uma jornada. Os parisienses ocupam a segunda posição, a um ponto do líder Lille e com dois de avanço sobre os monegascos.
A última jornada da Ligue 1, no passado fim de semana, correu muito bem aos finalistas da Taça de França. Não só porque ganharam – o PSG por 4-0, na receção ao Stade de Reims e o AS Mónaco, igualmente em casa, por 2-1 diante do Rennes – mas porque o Lille escorregou, empatando sem golos frente ao St. Étienne. E as decisões ficaram adiadas para a última jornada.
Pode apostar nesta emocionante final da Taça de França no site da Betano.pt. E fique a saber que o PSG é claramente favorito, apesar de esta época não estar a fazer o habitual passeio no campeonato e dos bons resultados obtidos pelo AS Mónaco nas duas vezes em que se encontraram em 2020/21.
A 20 de novembro de 2020, a formação treinada por Niko Kovac bateu o PSG em casa por 3-2, em jogo da 11ª jornada do campeonato. A grande figura foi o alemão Kevin Volland, com um bis (um dos golos após assistência de Gelson Martins), dando a volta a uma partida em que os visitantes chegaram a estar em vantagem por 2-0. No desafio da segunda volta, o AS Mónaco voltou a surpreender e bateu o rival por 2-0 em pleno Parque dos Príncipes, com golos de Guillermo Maripán e Sofiane Diop. Estes dois excelentes resultados colocaram ponto final numa impressionante malapata do AS Mónaco em jogos com o PSG: nos 12 encontros oficiais anteriores tinham perdido dez e empatado dois.
Na passada quinta-feira o AS Mónaco venceu os amadores do Rumilly-Vallières por 5-1 nas meias-finais da Taça de França, com Gelson Martins a titular e Florentino a entrar aos 79’. Desde 2009/10 que o Mónaco não estava na final da competição. Curiosamente, o adversário no jogo decisivo foi igualmente o PSG e a equipa da capital foi mais forte, tendo vencido por 1-0, após prolongamento. Os monegascos são o quinto clube com mais troféus na prova (cinco), em igualdade com RC Paris, Red Star e Lyon.
Já o PSG, recordista no historial da competição, com 13 troféus, bateu o Montpellier nas meias-finais, no desempate por grandes penalidades, depois do 2-2 no final do tempo regulamentar. O português Danilo foi lançado aos 81’. Será nada mais nada menos do que a sétima final da Taça de França consecutiva para o PSG, sendo que nas seis anteriores só não ficou com o troféu em 2018/19, quando perdeu para o Rennes nas grandes penalidades, depois de um 2-2 no final dos 120 minutos.
Esta época, no caminho até à final, o PSG começou por afastar o Caen, fora de casa, por 1-0. Seguiu-se o Brest, igualmente fora (3-0). Nos oitavos de final surgiu o teste mais complicado, mas o Lille, líder do campeonato, foi “despachado” por 3-0, no Parque dos Príncipes. Nos quartos de final o resultado foi ainda mais gordo, com a vítima a ser o Angers, por 5-0, igualmente no reduto dos parisienses. Até que nas meias-finais, como já foi referido, o Montpellier foi “osso” muito duro de roer.
O AS Mónaco começou por afastar o Grenoble (1-0 em casa do adversário) e seguiu-se o Nice, igualmente fora de casa, por 2-0. Nos oitavos de final o Metz vendeu bem cara a derrota no Stade Louis II, com o encontro a ser decidido no desempate por grandes penalidades. Nos quartos de final surgiu o Lyon, adversário teoricamente mais complicado, mas o AS Mónaco deu fantástica resposta em plena casa do adversário e venceu por 2-0. Nas meias-finais, curiosamente, surgiu o adversário mais acessível, o já referido GFA Rumilly-Vallières, que não resistiu ao maior poderio da equipa de Niko Kovac.
À entrada para esta época, o PSG era apontado como superfavorito na Ligue 1 e estava no rol de mais fortes candidatos a ganhar a Liga dos Campeões. No entanto, acabou por perder a prova doméstica para o Lille, depois de nas oito temporadas anteriores só não ter sido campeão em 2016/17, quando o cetro escapou precisamente para o AS Mónaco, na altura treinado por Leonardo Jardim.
Pelo contrário, no lado do AS Mónaco e apesar da contratação do conceituado Niko Kovak, ex-técnico do Bayern Munique, havia alguma desconfiança no arranque de 2020/21, depois do nono lugar da temporada anterior em que, recorde-se, chegou a estar envolvido na luta pela manutenção. A verdade é que de início as coisas não correram bem à formação do Principado, mas pouco a pouco, o treinador germano-croata foi levando a água ao seu moinho e aproximando o Mónaco do Lille e do PSG, chegando-se a admitir que pudesse intrometer-se na luta pelo título.
Este será ainda um interessante confronto entre dois treinadores de prestígio. Mauricio Pochettino, curiosamente, só em janeiro de 2021 conseguiu o primeiro troféu na carreira, ao conquistar a Supertaça de França pelo PSG, batendo o Lens por 2-1. Com a surpreendente perda do campeonato, a Taça de França será a última oportunidade para o argentino ganhar um troféu na época em curso.
Niko Kovac procura o quinto troféu na carreira, depois dos três que conquistou ao serviço do Bayern Munique (um campeonato, uma Taça da Alemanha e uma Supertaça alemã) e da Taça da Alemanha pelo Eintracht Frankfurt.
A final da Taça de França não contará com a magia de Neymar. O brasileiro entrou aos 86 minutos no jogo das meias-finais com o Montpellier, a tempo de ter visto um amarelo que o afastou deste jogo tão apetecível. O brasileiro queixou-se nas redes sociais. “Jogo cinco minutos, faço uma falta e levo um amarelo sem pensar… Obrigado por me tirarem da final. Acho que estão levar para o lado pessoal”, escreveu. Quase todas as atenções da defesa do AS Mónaco estarão assim direcionadas para Mbappé, que bisou nesse jogo das meias-finais e leva seis golos nos quatro desafios que efetuou na Taça de França de 2020/21. E, bem mais impressionante, tem 40 golos em 45 partidas oficiais. O português Danilo Pereira tem alternado a titularidade (25 jogos) com o estatuto de suplente utilizado (14 partidas) mas é raro o jogo em que não é utilizado pelo seu treinador. A ver vamos se desta vez começará ou não de início.
No AS Mónaco, Gelson Martins poderá fazer parte do onze inicial. A época começou com a boa notícia do regresso aos relvados, a tempo de disputar a primeira jornada da Ligue 1. Isto depois de ter sido anulado o congelamento do seu castigo (por agressão a um árbitro) nos meses de paragem das competições devido à Covid-19. O internacional português soma 21 jogos como titular e quatro como suplente utilizado (com três golos marcados e quatro assistências). Os números poderiam ser muito superiores, não fosse a longa ausência por lesão durante três meses, entre janeiro e abril.
Quanto a Florentino, o outro português do plantel do Mónaco e que está emprestado pelo Benfica, tem vivido época dececionante. Soma apenas dois jogos oficiais como titular e nove como suplente utilizado, num total de apenas 264 minutos. E de acordo com a imprensa portuguesa, estará de regresso ao Benfica na próxima época. Wissam Ben Yedder (22 golos em jogos oficiais pelos monegascos esta temporada) e Kevin Volland (18 golos) são os grandes candidatos a fazer abanar as redes do PSG esta quarta-feira.