Turquia e Itália dão o pontapé de saída no Euro 2020, que chega com um ano de atraso devido à pandemia da Covid-19, no dia 11 de junho, às 20h, no Estádio Olímpico de Roma. Do Grupo A, fazem parte ainda a Suíça e o País de Gales, que se defrontam dia 12 de junho, às 14h, em Baku, no Azerbaijão. Segundo o site da Betano.pt, os italianos são claramente favoritos para seguirem em frente na prova. Turquia e Suíça apresentam odds semelhantes para se qualificarem, enquanto os galeses são os piores cotados.
Entre estas quatro seleções, só a Itália é que sabe o que é ser campeã europeia, mas já foi há muito tempo. O título conquistado pela “squadra azzurra” aconteceu em 1968, diante da já extinta Jugoslávia. Mais recentemente, a seleção italiana foi finalista em duas ocasiões: em 2000, frente à França (derrota no prolongamento por 2-1) e em 2012, com a Espanha (desaire por 4-0). No caso da Turquia e do País de Gales as melhores prestações levaram as seleções até às meias-finais. Os turcos em 2008 (derrota frente à Alemanha, por 3-2) e os galeses em 2016 (desaire frente a Portugal, por 2-0). Em relação à Suíça, o mais longe que conseguiu chegar foi aos oitavos de final, em 2016 – perdeu nas grandes penalidades frente à Polónia, depois de uma igualdade a um golo.
É uma crónica candidata ao título europeu e mundial, mas nos últimos anos a seleção tem passado por uma profunda renovação. Em 2016, chegaram aos quartos de final do Europeu, perdendo nos penáltis frente à Alemanha. Dessa equipa já não restam muitos jogadores. Com Roberto Mancini como selecionador, a “squadra azzurra” fez uma fase de apuramento perfeita, com 10 vitórias em outros tantos jogos. Andrea Belotti, avançado do Torino, foi o melhor marcador da seleção, com cinco golos.
Na defesa, Mancini conta com a experiência dos veteranos Chiellini e Bonucci para serem o último muro à frente das redes defendidas por Gianluigi Donnarumma, o guarda-redes de 21 anos que é o dono da baliza transalpina. No meio-campo, Marco Verratti (PSG) será o pilar da equipa, sendo que o selecionador há de querer aproveitar as boas épocas de médios como Nicolo Barella (Inter Milão) e Manuel Locatelli (Sassuolo) para fortalecer esta zona da equipa. No ataque, Mancini tem muito por onde escolher: Federico Chiesa (Juventus), Belotti (Torino), Ciro Immobile (Lazio) e Lorenzo Insigne (Nápoles) são apenas algumas das opções ofensivas que vão estar ao dispor da seleção italiana.
Em 2016, a Turquia não foi além da fase de grupos. Na fase de apuramento para o Euro2020, registou 7 vitórias, 2 empates e uma derrota em 10 jogos e teve em Cenk Tosun, com cinco golos, o seu melhor marcador. No banco de suplentes está Şenol Güneş, antigo guarda-redes que conquistou vários títulos enquanto jogador e treinador. Esta é a sua segunda passagem pela seleção, sendo que na primeira levou a Turquia até ao 3º lugar no Mundial de 2002 e na Taça das Confederações, no ano seguinte.
No comando técnico desde 2019, Güneş tem as principais estrelas da companhia no meio-campo e no ataque, com o já referido Tosun, emprestado pelo Everton ao Beşiktaş, e com Burak Yilaz, de 35 anos, e que foi um dos principais responsáveis pela sensacional conquista do Lille, que se sagrou campeão francês, à frente do colosso PSG. Além destes dois avançados, destaque para os centrais Merih Demiral (Juventus e Çağlar Söyüncü (Leicester) e para o médio Hakan Çalhanoğlu (AC Milan), o cérebro da equipa.
Os helvéticos conseguiram o seu melhor desempenho em 2016, com a presença nos oitavos de final, eliminatória em que foram derrotados pela Polónia, nas grandes penalidades. No caminho para este Euro2020, os suíços averbaram 5 vitórias, 2 empates e uma derrota, e tiveram em Cédric Itten, jogador dos escoceses do Rangers, o seu melhor marcador, com três golos.
A Suíça quer quebrar uma maldição neste Euro 2020. É que desde que é comandada por Vladimir Petković, a seleção conseguiu sempre passar a fase de grupos, mas falta-lhe vencer um jogo na fase a eliminar nas grandes competições por seleções. Falhou esse objetivo nos Mundiais de 2014 e de 2018, no EURO 2016 e na UEFA Nations League.
As principais figuras da Suíça neste Euro 2020 serão o médio Granit Xhaka, do Arsenal, Breel Embolo, do Borussia Monchengladbach, e Xherdan Shaqiri, do Liverpool. Destaque também para Seferovic, que chega a este Europeu depois de uma temporada em que foi o homem-golo do Benfica. Loris Benito, lateral que defendeu as cores do Benfica em 2014/15 e que atualmente alinha no Bordéus, de França, também vai marcar presença na competição.
A principal ausência está no banco de suplentes, já que Ryan Giggs, o selecionador que comandou a equipa durante a qualificação do Euro 2020, vai falhar a competição, devido a uma acusação de agressão sexual, cujo processo ainda está a decorrer. Devido a este caso, a Federação de Futebol do País de Gales decidiu que o antigo jogador do Manchester United não iria orientar a seleção na fase final da competição e para o seu lugar escolheu Robert Page.
Na fase de qualificação os galeses conseguiram quatro vitórias, dois empates e duas derrotas e tiveram em Gareth Bale (2), Kieffer Moore (2) e Aaron Ramsey (2) os melhores marcadores. Não vai ser fácil para o País de Gales igualar a prestação que teve no Euro 2016, quando chegou às “meias”, acabando por perder com Portugal.
Numa seleção composta por jogadores desconhecidos do grande público, há dois jogadores que nos últimos anos se destacam claramente dos restantes. Bale (Tottenham) e Ramsey (Juventus) estão uns furos bem acima dos colegas e recai neles a responsabilidade de guiarem a equipa ao melhor resultado possível. Destaque ainda para os defesas dos “spurs” Ben Davies e Joe Rondon e ainda para o jovem Ethan Ampadu, emprestado pelo Chelsea ao Sheffield United, e Daniel James, extremo do Manchester United.