O Dinamarca-Finlândia é a partida de abertura do Grupo B, dia 12 de junho, às 17h00. No mesmo dia, às 20h00, defrontam-se Bélgica e Rússia. De acordo com o site da Betano.pt, a Bélgica é clara favorita no grupo B do Euro, que conta ainda com duas seleções escandinavas (Dinamarca e Finlândia) e com a Rússia. Depois dos “diabos vermelhos” os mais bem colocados para seguir em frente são os dinamarqueses, seguidos a curta distância pelos russos. A Finlândia é a pior cotada do grupo.
O melhor que a Bélgica conseguiu em Campeonatos da Europa foi ser finalista vencida, em 1980. A líder do ranking de seleções da FIFA ainda não conseguiu dar o derradeiro passo para chegar longe nas fases finais, apesar de partir como uma das equipas mais bem posicionadas para conseguir o tão ambicionado título.
Se quiser fazer boa figura, a Rússia terá de melhorar muito em relação às suas últimas participações em Europeus. Já vai em cinco jogos seguidos sem conseguir vencer e o seu último triunfo ocorreu no Euro 2012 (4-1 diante da República Checa). No entanto, os russos são a única seleção neste grupo que sabe o que é vencer um Campeonato da Europa. Isso ocorreu em 1960, ainda como União Soviética. O seu segundo melhor resultado foi em 2008, quando atingiram as meias-finais. Curiosamente, nesta fase final vão reencontrar a Bélgica, que fez parte do mesmo grupo de qualificação. Quanto à Dinamarca, muitos estarão certamente recordados da epopeia de 1992, quando foi campeã europeia, depois de ter sido chamada à última da hora para substituir a Jugoslávia. Já a Finlândia estreia-se em fases finais.
A Bélgica lidera o ranking de seleções da FIFA e por isso não se estranha que tenha sido apontada como uma das favoritas a vencer as fases finais dos últimos Europeus e Mundiais. Ou pelo menos estando num segundo grupo de equipas bem colocados, a seguir a favoritos tradicionais como França, Alemanha e Espanha. No entanto, no Euro 2016 só chegou aos quartos de final, quando foi eliminada pelo País de Gales. Será desta que os belgas vão finalmente “partir a loiça”? Quem tem futebolistas da qualidade de Kevin De Bruyne, Lukaku, Hazard ou Tielemans está obrigado a sonhar, numa lista de 26 que inclui o benfiquista Vertonghen.
Na fase de qualificação, a equipa de Roberto Martínez foi implacável: 10 vitórias em 10 jogos (só a Itália fez o mesmo), com 40-3 em golos, o melhor registo das 24 seleções presentes. O seu melhor marcador foi Lukaku, uma das estrelas da constelação belga, com sete golos. No entanto, poucos duvidam de que a maior é mesmo Kevin De Bruyne, possivelmente o rei do último passe do futebol europeu. Em 2020/21 os seus números voltaram a ser assombrosos nesse capítulo: 20 assistências na Premier Legue, ao serviço do Manchester City, e sete na fase de qualificação para o Euro 2020. A grande novidade na convocatória foi Axel Witsel. O médio do Borussia Dortmund não jogava desde janeiro, mas recuperou de uma grave lesão no tendão de Aquiles.
Repetir o feito de 1992, única vez em que a Dinamarca foi campeã europeia, estará apenas na mente dos mais otimistas dos adeptos. Mas certamente que há 29 anos também seriam muito poucos os que acreditavam numa equipa que substituiu a Jugoslávia à última da hora.
Depois de ter falhado a presença na fase final do Euro 2016, a Dinamarca esmerou-se e não perdeu nenhum dos oito jogos que disputou na qualificação para o Euro 2020. É certo que empatou metade dos encontros, mas isso não obstou a que conseguisse o segundo lugar, atrás da Suíça e à frente da República da Irlanda.
O seu melhor marcador nessa fase de qualificação foi Christian Eriksen, com cinco golos. O médio ofensivo é de resto a principal figura dos comandados de Kasper Hjulmand. Aos 29 anos, o recém-consagrado campeão italiano ao serviço do Inter Milão não viveu época de grande fulgor – 17 jogos como titular na Série A e nove como suplente utilizado, com apenas três golos marcados – mas vai querer certamente aparecer ao mais alto nível neste Europeu.
O guarda-redes Kasper Schmeichel (Leicester), o defesa Simon Kjaer (AC Milan) e o médio defensivo Pierre-Emile Højbjerg (Tottenham) são outros jogadores bastante conceituados num grupo que mistura juventude e experiência em doses equilibradas.
A Rússia conseguiu a qualificação para a fase final do Euro 2020 depois de ter ficado em segundo lugar do Grupo I. Venceu todos os jogos menos os dois em que defrontou a Bélgica, que vai agora reencontrar. No último Campeonato da Europa a Rússia ficou-se pela fase de grupos. E de forma estrondosa, terminando no último lugar, com zero vitórias, um empate (Inglaterra) e duas derrotas (Eslováquia e País de Gales).
Numa equipa sem grandes estrelas, um dos jogadores em que os adeptos depositam mais esperanças é Artem Dzyuba. O ponta de lança do Zenit foi o melhor marcador dos russos na fase de apuramento, com nove golos. E foi uma das principais figuras no título de campeão do Zenit, ao apontar 20 golos, o que lhe valeu o troféu de melhor marcador da competição.
Algumas das principais figuras russas acusam alguma veterania, o que poderá ser uma faca de dois gumes. Dzyuba tem 32 anos, o defesa esquerdo Yuri Zhirkov já conta com 37 e o avançado Denis Cheryshev tem 30. Um dos desafios para o selecionador Stanislav Cherchesov será garantir que os seus jogadores mantenham a concentração durante os 90 minutos, evitando erros crassos como os que se viram no Euro 2016 e que resultaram em golos perfeitamente evitáveis.
A Finlândia vai querer surpreender na sua estreia na fase final do Campeonato da Europa. Qualificou-se em segundo lugar no Grupo J, isto apesar de ter perdido quatro dos dez jogos que disputou (venceu os outros seis). O melhor goleador finlandês na fase de qualificação foi Teemu Pukki, com 10 golos. O profícuo avançado de 31 anos do Norwich fez qualquer coisa como 26 golos esta época pelo seu clube, todos no competitivo Championship, segundo escalão do futebol inglês, no qual foi o terceiro melhor marcador. O ponta de lança que foi apontado há dois anos ao Benfica já soma 30 golos ao serviço da seleção finlandesa, em 86 internacionalizações.
Outro jogador a seguir com atenção na Finlândia é Fredrik Jensen, extremo de 23 anos do Augsburgo que se destaca pela capacidade técnica. O selecionador da Finlândia é Markku Kanerva, antigo jogador que antes de assumir o cargo em 2016 esteve sete anos como responsável da seleção de sub-21 e três como adjunto da equipa principal.