Entre os dias 20 de julho e 20 de agosto as melhores jogadoras de futebol do planeta vão estar em ação no mais mediático Campeonato do Mundo de futebol feminino de sempre, que vai disputar-se na Austrália e na Nova Zelândia. Portugal é uma das 32 seleções presentes na nona edição do torneio, tendo-se qualificado pela primeira vez.
Haverá oito grupos com quatro equipas, com os dois primeiros a classificarem-se para os oitavos de final. Podes apostar em todos os jogos da prova no site da Betano.pt. Recorde-se que os Estados Unidos são o campeão em título, depois de terem derrotado os Países Baixos por 2-0, na final do Mundial 2019.
Portugal estreia-se com os Países Baixos no dia 23 de julho, às 8h30 (horário de Portugal Continental) com a seleção laranja a ser francamente favorita, de acordo com as odds do site da Betano.pt.
Portugal estreou-se em fases finais de grandes competições no Campeonato da Europa de 2017, tendo ficado pela fase de grupos. Foi derrotado pelas favoritas Espanha e Inglaterra, mas bateu a Escócia por 2-1. Na edição de 2021, Portugal voltou a estar presente na fase final, com a competição a ser adiada para 2022, depois do Mundial masculino ter sido transferido de 2020 para 2021, devido à Covid-19. Na altura, apesar de ter sido eliminado pela Rússia no play-off de apuramento, Portugal acabou repescado devido à exclusão russa, por causa da invasão à Ucrânia.
Nessa fase final, disputada em Inglaterra, a equipa das quinas começou por perder por 0-5 com a Suécia, mas depois fez suar os Países Baixos, perdendo pela margem mínima (2-3) e terminando com um empate a duas bolas frente à Suíça. Ficou-se de novo pela fase de grupos, mas com uma demonstração clara de evolução.
Refira-se que o apuramento para este Mundial foi dramático, com Portugal a vencer os Camarões por 2-1, no “play-off” intercontinental realizado em Hamilton. O segundo golo foi apontado nos descontos por Carole Costa, fazendo “explodir” a festa.
Como já referimos, Portugal é um “rookie” na mais importante competição de seleções do mundo, mas nem por isso encara a prova com aspirações modestas. Apontar ao título de campeão não é um objetivo realista, mas a equipa orientada por Francisco Neto tem deixado boas indicações e no recente jogo de preparação com a campeã europeia Inglaterra obrigou a favorita a um empate sem golos.
Jessica Silva e Kika Nazareth, avançadas do Benfica, são as grandes figuras da equipa portuguesa e parecem prontas para brilhar ao mais alto nível nesta prova. Ambas tiveram grande contributo na época de ouro das águias (ganharam campeonato, Taça da Liga e Supertaça), com Jessica, de 28 anos, a marcar 23 golos em 25 jogos oficiais. Quanto a Kika, de apenas 20 anos, magoou-se num joelho no recente desafio com Inglaterra e abandonou o campo em lágrimas, mas a lesão não foi grave e está completamente recuperada. Faturou por 26 vezes em 36 desafios ao serviço dos encarnados, tendo-se ainda distinguido nas assistências (16).
Portugal tem o azar de estar englobado num grupo muito forte, que conta com os Estados Unidos – vencedores das duas últimas edições do Mundial e o país com mais títulos (4) – Países Baixos (finalistas derrotados na última prova) e o mais modesto Vietname. A seleção lusa começa por entrar em ação com os Países Baixos, a 23 de julho, em Dunedin, seguindo-se o Vietname, no dia 27, em Hamilton e os EUA no dia 1 de agosto, em Auckland.
Na preparação para a competição, a seleção nacional teve nota positiva nos dois jogos particulares que efetuou: primeiro obrigou a poderosa Inglaterra a um empate (0-0) e depois bateu a Ucrânia por 2-0, com bis de Jessica Silva.
O selecionador nacional Francisco Neto mostra-se confiante numa boa participação portuguesa. “Em primeiro lugar, acho que este será o melhor Mundial de todos os tempos. Por isso, teremos que elevar ao máximo os nossos níveis de organização e competitividade. E também queremos mostrar nossa própria identidade durante as partidas”, começou por referir, em entrevista ao site oficial da FIFA.
O técnico luso explicou quais são as grandes qualidades da equipa. “A nossa maior força é termos todos a mesma ideia e a mesma atitude. Temos jogadoras muito boas, mas acreditamos que somos mais do que a soma de nossas partes e é isso que torna Portugal muito forte”, disse.
Para além dos Estados Unidos e dos Países Baixos, que fazem parte do grupo de Portugal, existem mais algumas seleções que partem com o estatuto de favoritas. Nomeadamente o Brasil, que nunca foi campeão do mundo, tendo a sua melhor participação ocorrido em 2007, quando acabou derrotada pela Alemanha na final, por 2-0.
O Brasil terá na França um adversário de peso na fase inicial da competição, tendo sido precisamente os “bleus” que eliminaram a “amarelinha” no último Mundial. Este grupo conta ainda com os mais modestos Panamá e Jamaica, que não parecem ter grandes hipóteses diante dos favoritos.
A Alemanha, campeã mundial em 2003 e em 2007, é outra das favoritas e do seu grupo fazem parte Marrocos, República da Coreia e Colômbia. A Noruega, que venceu o campeonato em 1995, está no grupo da Suíça, Nova Zelândia e Filipinas, enquanto o Japão, que ganhou em 2011, terá como rivais Zâmbia, Costa Rica e Espanha, com esta última a registar um grande crescimento nos últimos anos, elevando-se ao estatuto de candidata.
Referência ainda para a Austrália, uma seleção muito sólida e que poderá aproveitar o fator-casa e para a Suécia, que costuma chegar a fases adiantadas da prova, mas ainda não conquistou o cetro – foi finalista vencida uma vez e terminou por três vezes na terceira posição.
No que toca às estrelas que vão brilhar nos relvados da Austrália e da Nova Zelândia, é impossível não referir os nomes da atacante norte-americana Alex Morgan, da extremo Megan Rapinoe, também dos EUA, da média francesa Amandine Henry e ainda da média espanhola Alexia Putellas e da avançada alemã Alex Popp. A média Victoria Pelova (Países Baixos) é outra das grandes figuras da atualidade e a ponta de lança Christine Sinclair também merece uma referência especial, ela que, aos 34 anos, vai participar pela sexta vez no Mundial e que é tida como a melhor jogadora canadiana de todos os tempos, tendo apontado 9 golos no Campeonato do Mundo. A lateral inglesa Lucy Bronze também promete ser outra das grandes figuras da competição, tal como a ponta de lança australiana Sam Kerr, artilheira do campeonato inglês em 2020/21 e 2021/22.
E, claro, temos a eterna Marta. A avançado brasileira de 37 anos vai querer reforçar o estatuto de melhor marcadora em Mundiais: até ao momento, soma 17 golos em 20 jogos e faturou nos cinco em que participou. Já a suíça Alisha Lehmann é a principal influenciadora no Instagram, de acordo com a Nielsen Sports. Lehmann tem mais de 13,5 milhões de seguidores, seguindo-se Alex Morgan, com 10 milhões.
O Mundial Feminino de 2023 vai ser disputado na Nova Zelândia e Austrália e terá como base 10 estádios, o que faz deste o maior torneio de sempre. A final será disputada em Sydney, no Stadium Australia, com capacidade para 69 mil espectadores. Além deste jogo, receberá também o jogo inaugural, num “dérbi” entre as duas seleções anfitriãs
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