Os principais campeonatos europeus já estão na reta final e este sábado promete ser muito emotivo na Série A italiana, com a realização de dois jogos muito importantes na luta por um lugar na Liga dos Campeões. O AC Milan recebe a Lazio, a partir das 14h00, sendo favorito ao triunfo, mas não por grande margem. Às 17h00 começa o AS Roma-Inter Milão, com as odds para as vitórias de ambas as equipas praticamente iguais.
No domingo, a luta pelo título de campeão inglês e por um lugar de acesso à Champions vai estar em discussão no Newcastle United-Arsenal, com as cotações para o triunfo a serem muito parecida para ambas as formações, com ligeiro favoritismo dos visitados.
AC Milan-Lazio (sábado, 06/05, 14h00)
Com a Liga italiana entregue ao Nápoles, está ao rubro a luta por um lugar de acesso à Liga dos Campeões. O AC Milan-Lazio será uma partida importante nesse duelo, com os visitantes em vantagem, ocupando o segundo lugar, com mais seis pontos do que os “rossoneri”, na sexta posição. E, recorde-se, na primeira volta os “laziale” arrasaram por completo o seu rival, ganhando por 4-0.
O AC Milan, que até parecia bem lançado para alcançar um lugar na Champions, comprometeu seriamente as suas aspirações ao ceder oito pontos nas últimas cinco jornadas, em virtude dos empates com Empoli, Bolonha, Roma e Cremonese, este último na passada quarta-feira, 3 de maio. Pelo meio, venceu apenas um desafio, diante do Lecce. Adicionalmente, o facto de terem sido devolvidos 15 pontos à Juventus também foi um grande problema para os “rossoneri”, com a “vecchia signora” a ultrapassá-los na tabela.
Diante da Cremonese, penúltima da tabela, valeu um golo de livre direto de Júnior Messias, em período de descontos, para evitar um escândalo ainda maior em San Siro. Algo que não impediu a descida da quarta para a sexta posição, em virtude dos triunfos alcançados por Inter Milão e Atalanta. Neste momento, o AC Milan está a dois pontos dos “nerazzurri” e encontra-se empatado com a formação de Bérgamo. No entanto, apesar de, por agora, o AC Milan aparecer atrás da Atalanta na classificação, em virtude de ter pior diferença de golos, se as duas equipas terminarem empatadas no final da prova, os “rossoneri” ficarão à frente, pois têm vantagem no confronto direto (ganharam em casa e empataram fora).
A Lazio também não tem estado particularmente brilhante nos últimos tempos e se é certo que na última quarta-feira ganhou em casa ao Sassuolo (2-0), antes disso havia sofrido duas derrotas consecutivas, diante do Torino, em casa, e com o Inter Milão, fora.
Rafael Leão, que tem sido uma das grandes figuras do AC Milan, foi suplente utilizado no último jogo com a Cremonese, mas dessa vez não conseguiu marcar nem assistir, escassas horas depois de terem surgido notícias a garantir que (finalmente) já acordou a renovação de contrato com o seu clube, passando a ganhar 7 milhões de euros anuais. O português, que contabiliza 12 golos e sete assistências na Série A 2022/23, está apontado à titularidade na receção à Lazio, com Stefano Pioli a não poder contar com os lesionados Tommaso Pobega e Zlatan Ibrahimovic.
Na Lazio, Felipe Anderson e Toma Basic foram os autores dos golos no triunfo com o Sassuolo e o antigo futebolista do FC Porto igualou Ciro Immobile como melhor marcador da equipa esta temporada, com 12 golos em encontros oficiais. E já superou o seu melhor registo pessoal (11 golos em 2014/15, igualmente na Lazio).
Maurizio Sarri tem três problemas para resolver no meio-campo. Já se sabe que o uruguaio Matías Vecino será ausência em San Siro, depois de se ter lesionado diante do Sassuolo, enquanto Danilo Cataldi e Marcos António estão em dúvida, com muito maiores chances de recuperação para o segundo.
Sublinhe-se que nos últimos dez desafios da Série A italiana entre as duas equipas com o AC Milan como anfitrião, a Lazio só ganhou em 2019/20, tendo-se verificado sete vitórias dos locais e dois empates.
AS Roma-Inter Milão (sábado, 06/05, 17h00)
Outro grande duelo na Série A italiana por um lugar na Liga dos Campeões de 2023/24, com o Inter Milão em vantagem, ocupando o quarto lugar, com mais dois pontos do que a AS Roma, que é sétima.
A temporada da equipa de José Mourinho e Rui Patrício na Série A italiana tem sido um autêntico ioiô e sempre que os “giallorossi” parecem engrenar, logo surge uma travagem brusca com consequências negativas na classificação. Na passada quarta-feira, 3 de maio, voltou a surgir um desses baldes de água fria, com o empate a uma bola no reduto do Monza de Dany Mota, e a descida de quinto para sétimo lugar na tabela, ou seja, fora dos lugares europeus. E quem aproveitou melhor foi precisamente o Inter Milão, que goleou por 6-0 o Hellas Verona, fora de casa.
Em Monza, El Shaarawy adiantou os romanos aos 24 minutos, mas ainda na primeira parte os visitados selaram o resultado. Má notícia para José Mourinho foi a expulsão de Zeki Celik, ao ver o segundo amarelo, já em período de descontos, com o defesa direito a ser baixa para a receção ao Inter Milão. De reso, a lista de ausentes na “squadra” de Mourinho é extensa e dela constam os defesas Kumbulla, Karsdorp, Smalling e Llorente e o atacante Belotti. Já El Shaarawy saiu lesionado de Monza e não deve recuperar a tempo.
Encontrar o Inter Milão é sempre especial para José Mourinho, como o próprio já reconheceu, ou não estivéssemos a falar de um clube onde foi muito feliz, tendo ganho o “triplete” em 2009/10 – Série A, Taça de Itália e Liga dos Campeões. E na época anterior, já tinha ganho o campeonato e a Supertaça de Itália, totalizando cinco troféus nas duas temporadas em que orientou os “nerazzurri”. Desta vez, o técnico português espera ser mais feliz do que o habitual nos confrontos com o ex-clube, pois perdeu em três das quatro ocasiões que o defrontou pela AS Roma, tendo apenas ganho um, que até foi o último (2-1 no Giuseppe Meazza, na primeira volta da Liga italiana da corrente temporada).
O Inter Milão vai querer retificar o resultado da primeira volta e apresenta-se motivado no Olímpico de Roma, depois de ter alcançado o seu resultado mais expressivo da época, a já referida goleada ao Hellas Verona, por 6-0. O argentino Lautaro Martínez foi a grande figura, ao fazer dois golos e uma assistência e Dzeko também brilhou, com dois golos. De resto, os dois avançados são os melhores marcadores da equipa esta temporada, com o argentino a somar 23 e o bósnio 13 em partidas oficiais.
A AS Roma não ganhou nas últimas cinco vezes que recebeu o Inter Milão para a Liga italiana (duas derrotas e três empates), tendo o seu último triunfo ocorrido na temporada de 2016/17. Curiosamente nas cinco temporadas anteriores a essa vitória, também houve três empates e duas vitórias da mesma equipa, mas, nesse caso, da AS Roma.
Newcastle United-Arsenal (domingo, 07/05, 16h30)
Grande jogo em perspetiva na 35ª jornada da Premier League, com o quarto classificado, Newcastle United, a receber o segundo, Arsenal. Os visitantes estão obrigados a ganhar, para não deixarem o Manchester City fugir na liderança, enquanto os visitados têm um avanço de 6 pontos sobre o quinto classificado, Liverpool FC, embora tenham menos um jogo disputado do que os “reds”. Depois da partida deste domingo, faltarão apenas três partidas à formação de Jürgen Klopp, enquanto os “magpies” ainda terão quatro encontros pela frente. Ou seja, uma vitória frente ao Arsenal seria um passo praticamente decisivo para o Newcastle United se qualificar pela terceira vez na história para a principal competição europeia de clubes, depois das presenças de 1997/98 e 2002/03.
Na passada terça-feira, 2 de maio, o Arsenal venceu, no seu estádio, o dérbi londrino com o Chelsea por 3-1, recuperando um pouco da confiança perdida nas últimas semanas – três empates (Liverpool FC, FC Southampton e West Ham United) e uma pesada derrota (1-4 no reduto do Manchester City) em quatro rondas, que resultaram na perda da liderança, precisamente para a formação orientada por Pep Guardiola.
Martin Odegaard foi figura em destaque no triunfo frente ao Chelsea, tendo bisado e aumentado para 14 os golos apontados esta temporada (em 41 partidas), naquela que já é a sua época mais profícua na hora de atirar à baliza, superando os 11 golos de 2018/19, ao serviço dos holandeses do Vitesse. Gabriel Jesus será outro dos jogadores ao qual a defesa do Newcastle United terá de estar muito atenta, tendo o brasileiro sido o autor do outro golo aos “blues”, somando 9 em 29 partidas na corrente temporada.
No Arsenal, os centrais Gabriel Magalhães e William Saliba estão em dúvida para este domingo, com o primeiro a ter sido substituído, devido a lesão, aos 85 minutos na partida com o Chelsea, enquanto o segundo magoou-se na receção ao Sporting, estando ausente dos relvados desde esse dia 16 de março. Já o defesa lateral Takehiro Tomiyasu é ausência certa até ao final da época, depois de também se ter lesionado diante do Sporting. Também de fora estará o médio egípcio Mohamed Elneny, que não joga desde o fim de janeiro.
No Newcastle United, existe a expetativa para perceber se Sean Longstaff e Allan Saint-Maximin conseguirão recuperar a tempo do grande jogo de domingo. O médio inglês e o extremo francês seriam “reforços” de peso para o treinador Inglaterra Eddie Howe, principalmente o primeiro, titular indiscutível, enquanto o segundo, ausente da competição desde 5 de abril, estava a alternar a titularidade com o banco e a viver uma época abaixo do seu nível, somando apenas 1 golo e 5 assistências em 26 encontros. Mas é sempre um grande candidato a desequilibrar.
Callum Wilson, experiente ponta de lança de 31 anos, será uma das grandes armas ofensivas dos “magpies”: soma 15 golos em 2023/24 e marcou por cinco vezes nos últimos três jogos que disputou, tendo bisado no triunfo por 3-1 na receção ao Southampton FC, no domingo, 30 de abril. Refira-se que o Newcastle United é a segunda equipa da Liga inglesa em melhor forma (oito vitórias e uma derrota nos últimos nove desafios), apenas superado pelo Manchester City (oito vitórias e um empate).
O Newcastle United ganhou ao Arsenal por 2-0 na última receção aos “gunners” referente à Premier League, uma exceção à regra nos péssimos resultados que obteve nas épocas anteriores: estendendo a análise às últimas dez partidas, verificaram-se seis triunfos dos “gunners”, duas vitórias dos “magpies” e dois empates. No entanto, St. James Park tem sido uma fortaleza esta temporada para a equipa da casa, que só ali perdeu um dos 16 desafios que disputou para o campeonato (0-2 com o Liverpool FC, a 18 de fevereiro), tendo ganho dez e empatado cinco.
