O torneio olímpico de basquetebol masculino começa no dia 25 de julho e a final está marcada para 7 de agosto. De todas as modalidades coletivas nos Jogos Olímpicos, o basquetebol é certamente aquela que tem logo à partida um favorito claro, acima de todos os outros. Falamos, obviamente, da seleção dos EUA, a qual integra mais uma vez jogadores da NBA. O favoritismo dos EUA está bem patente nas odds apresentadas pelo site da Betano.pt, com 1,08 para conquistar o ouro. A seguir surge a Espanha, com 3,75, depois a Austrália, com 4,10, a França, com 5, e a Itália, com 6,40. Atrás de italianos surgem ainda equipas como a Nigéria e a Argentina.

O torneio olímpico de basquetebol masculino é composto por três grupos, com quatro equipas cada. No A está o Irão, França, EUA e República Checa. Do B fazem parte Austrália, Alemanha, Itália e Nigéria, enquanto o C é composto pelo Japão, Argentina, Espanha e Eslovénia. Os dois primeiros e os melhores terceiros avançam para os quartos de final. Depois, quem chegar às meias-finais entra na luta pelas medalhas.

EUA  venceram seis das últimas sete edições

A história do basquetebol nos Jogos Olímpicos confunde-se um pouco com as conquistas dos Estados Unidos na modalidade, tal tem sido a supremacia demonstrada pelos norte-americanos ao longo dos anos. Em 19 edições, os EUA apenas não venceram em quatro ocasiões. Aconteceu em 1972, 1980, 1988 e 2004. Aliás, desde 1992, ano que ficou marcado pelo “Dream Team”, aquela que é considerada de forma unânime a melhor equipa de todos os tempos, os EUA  venceram seis das últimas sete edições. 

Em Atenas, em 2004, perderam nas meias-finais frente à Argentina, por 89-81, seleção que viria a sagrar-se campeã olímpica nesses Jogos, depois de bater na final a Itália.  Para se ter noção do poderio norte-americano, entre os Jogos de 1936 e os de 1972, os EUA averbaram 62 vitórias consecutivas e sete subidas ao lugar mais alto do pódio.  A primeira derrota aconteceu na final do torneio olímpico de 1972, frente à extinta União Soviética.

O perfume da NBA está espalhado por várias seleções

Se antigamente só havia meia dúzia de jogadores estrangeiros na NBA, essa realidade agora é totalmente diferente. Quase todas as equipas têm basquetebolistas vindos dos quatro cantos do mundo, o que faz com neste torneio olímpico as principais seleções tenham como principais referências atletas que militam no melhor campeonato de basquetebol do mundo. Ainda assim, as maiores estrelas moram, como é natural, na seleção norte-americana, que levou para estes Jogos nomes como Kevin Durant, para muitos o melhor jogador da atualidade, Damian Lillard, Jayson Tatum, Khris Middleton e Devin Booker, só para citar alguns.

Espanha conta com irmãos Gasol 

Entre os convocados da Espanha, a segunda seleção melhor cotada no site da Betano.pt, destaque para a presença dos irmãos Gasol. Pau, de 40 anos, e que jogou durante muitos anos na NBA, vai para a sua quinta participação olímpica, enquanto Marc, de 36 anos e atualmente ao serviço dos Kos Angeles Lakers, é outra das estrelas da companhia. Ricky Rubio e Juan Hernángomez (Minnesota Timberwolves), e Willy Hernángomez (New Orleans Pelicans) são os outros jogadores que atualmente atuam na NBA e que fazem parte da lista. 

Austrália venceu os EUA em jogo de preparação

A Austrália, que derrotou recentemente os Estados Unidos num jogo de preparação, também conta com a experiência adquirida pelos seus melhores jogadores na NBA para chegar às medalhas. A seleção do país dos cangurus seria ainda mais forte, caso Ben Simmons, dos Philadelphia 76ers, tivesse aceite participar no torneio, mas depois das desastrosas exibições que teve na final de conferência frente aos Atlanta Hawks, o base decidiu não participar nos Jogos Olímpicos, isto numa altura em que o seu futuro em Filadélfia parece estar em dúvida e está a ser cobiçado por várias equipas. 

Mesmo assim, esta Austrália tem argumentos fortes para ambicionar uma medalha e conta com a experiência de sete convocados que atualmente fazem parte dos quadros de formações da NBA, com principal destaque para Joe Ingles, dos Utah Jazz, e Patty Mills, dos San Antonio Spurs. Da convocatória fazem parte ainda Aron Baynes (Toronto Raptors), Matthew Dellavedova (Cleveland Cavaliers), Dante Exum (Houston Rockets), Josh Green (Dallas Mavericks) e Mattisse Thybulle (Philadelphia 76ers). 

França tem o melhor defesa da NBA

Em França mora outra das candidatas ao pódio nestes Jogos Olímpicos. A principal estrela é o gigante Rudy Gobert, dos Utah Jazz, e que foi eleito o melhor defesa da NBA na última temporada. Ao lado dele, há mais quatro jogadores que competem na melhor liga de basquetebol do mundo. São eles Frank Ntilikina (New York Knicks), Nicolas Batum (Los Angeles Clippers), Evan Fournier (Boston Celtics) e Timothé Luwawu-Cabarrot (Brooklyn Nets).

Jogos Olímpicos

Eslovénia às costas de Doncic

Arriscamo-nos a dizer que, depois da seleção dos EUA, todos os olhos vão estar colocados na sensacional Eslovénia, que pela primeira vez na sua história garantiu presença no torneio de basquetebol dos Jogos Olímpicos. E a razão para este mediatismo todo é Luka Doncic, o base dos Dallas Mavericks que aos 22 anos já é uma das principais figuras da NBA. No jogo decisivo de apuramento, frente à consagrada Lituânia, o esloveno registou um triplo-duplo, com 31 pontos, 13 assistências e 11 ressaltos. Tirando Doncic, só há mais um jogador a atuar na NBA, é ele Vlatko Cancar, dos Denver Nuggets.

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Itália atrás da terceira medalha e cuidado com a Argentina

Atrás da terceira medalha nos Jogos Olímpicos, depois de prata em 1980 e 2004, a Itália conta com três jogadores da NBA: Danilo Gallinari, dos Atlanta Hawks, que ganhou uma segunda vida esta temporada, sendo essencial para a chegada da sua equipa à final de Conferência, Nico Mannion, dos Golden State Warriors, e Nicolò Melli, dos Dallas Mavericks.     

Por fim, e entre as equipas que podem sonhar com medalhas, temos a Argentina, campeã olímpica em 2004, e que tem três jogadores com experiência de NBA na lista de convocados. O maior destaque vai para o pequeno base Facundo Campazzo, dos Denver Nuggets, e que terá a companhia de Luca Vildoza, dos New York Knicks e Gabriel Deck, dos Oklahoma City Thunder.

Irão os EUA arrecadar mais um ouro olímpico, ou há espaço para surpresas nestes Jogos?