O torneio olímpico de futebol masculino vai decorrer entre 22 de julho e 7 de agosto. O Brasil parte à procura da revalidação do título, mas conta com adversários de peso. A primeira fase é composta por quatro grupos, com quatro equipas cada. Os dois primeiros classificados apuram-se para os quartos de final e os vencedores dessa fase seguem para as meias, que é quando começa a luta pelas tão cobiçadas medalhas. 

O Grupo A é composto por Japão, África do Sul, México e França. No Grupo B encontram-se Nova Zelândia, Coreia do Sul, Honduras e Roménia. Egito, Espanha, Argentina e Austrália integram o Grupo C, enquanto no D está Brasil, Alemanha, Costa do Marfim e Arábia Saudita. De destacar que neste último grupo estão presentes os dois finalistas dos Jogos Olímpicos em 2016 – falamos dos brasileiros e alemães. Pode apostar nestes jogos no site da Betano.pt.

Futebol português com vários representantes

Apesar da ausência de Portugal da competição, vai haver vários representantes do nosso futebol no torneio olímpico masculino. São doze futebolistas aqueles que representaram clubes lusitanos na época 2020/2021 e que vão estar em prova em busca do ouro olímpico. A África do Sul é uma das duas seleções masculinas com maior representação: Thabo Cele (Cova da Piedade), Kobamelo Kodisang (SC Braga B), Lyle Foster (V. Guimarães) e Luther Singh (SC Braga). Na Costa do Marfim encontramos Nicolas Tié (V. Guimarães), Koffi Kouao (Vizela) e Zié Ouattara (V. Guimarães) e Idrissa Doumbia, ligado ao Sporting e cedido aos espanhóis do Huesca na época passada.

Pela Argentina, que arrecadou o o ouro olímpico em Atenas 2004 e Pequim 2008, destaque para Leonel Mosevich e Fernando Valenzuela, que estiveram Vizela e no Famalicão por empréstimo de Argentinos Juniors e Barracas Central, respetivamente. O avançado Jorge Benguché, cedido pelo Olimpia ao Boavista, foi convocado para a seleção das Honduras, enquanto o defesa Nando Pijnaker, do Rio Ave, foi chamado pela Nova Zelândia.

Brasil à procura de novo ouro nos Jogos Olímpicos

Na edição de 2016 dos Jogos Olímpicos, que foram disputados no Rio de Janeiro, o Brasil conseguiu, finalmente, o tão cobiçado título no torneio de futebol masculino, o único que lhe faltava   no museu, isto depois de várias conquistas em Mundiais de futebol e na Copa América. Na final bateram, após a marcação de grandes penalidades, a Alemanha, que ficou assim com a medalha de prata. O bronze ficou na posse dos nigerianos, que venceram as Honduras no jogo de atribuição do 3º e 4º lugar, por 3-2. Recorde-se que Portugal marcou presença nesta edição, caindo nos quartos, aos pés da Alemanha – goleada por 4-0.

Na lista de convocados da canarinha destaque para os três atletas com idade superior aos 24 anos, que são eles o veterano Dani Alves, Santos, de 31 anos, do Athletico-PR, e o central Diego Carlos, 28 anos, do Sevilha, e que já passou por Portugal, onde representou o Estoril Praia. Além destes, Douglas Luiz e Richarlison, que disputaram a Copa América, prometem ser dores de cabeça para os adversários.

Espanha com reforços vindos do Euro 2020

Se o Brasil é um dos favoritos, a Espanha também tem objetivos claros, ou não apresentasse um conjunto de jogadores que dá claras garantias à “roja” de poder sonhar com o ouro olímpico, algo que só conseguiu em 1992, quando organizou os Jogos Olímpicos. Entre os convocados, destaque para os seis futebolistas que representaram a seleção principal no Euro 2020: Unai Simón, Eric García, Pau Torres, Pedri, Mikel Oyarzabal e Dani Olmo. 

Alemanha aponta às medalhas

Depois da prata de 2016, a Alemanha, que só venceu o torneio em 1976, enquanto RDA, tem legítimas aspirações em repetir a conquista de uma medalha, agora em Tóquio. Na convocatória, e nas vagas acima dos 24 anos, encontra-se Max Kruse, de 33 anos, e que volta a vestir a camisola da seleção após seis anos sem ser chamado. O veterano atacante marcou na última temporada 11 golos ao serviço do Union Berlin, a equipa sensação da Bundesliga em 2020/21. Nobody Amiri, do Bayer Leverkusen, e Maximilian Arnold, do Wolfsburgo, ocupam as restantes vagas. Amiri e Arnold foram campeões europeus em Sub-21, em 2017, sob o comando de Stefan Kuntz, que é agora o selecionador da equipa olímpica.

França e Argentina com dificuldades para fazer a convocatória para estes Jogos Olímpicos

Ninguém tem dúvidas que o futebol francês tem uma geração incrível de jogadores, e para todas as idades. O problema foi que muitos clubes não libertaram os craques que a Federação queria levar a Tóquio. Ainda assim, olhando para a lista de convocados, é preciso ter cuidado com os gauleses, que contam no currículo com uma vitória no torneio olímpico – aconteceu em 1984, em Los Angeles. As vagas de “veteranos” foram ocupadas por Florian Thauvin, campeão do mundo em 2018, e André-Pierre Gignac, ambos jogadores do Tigres, do México, e Teji Savanier, do Montpellier. Além destes, de referir a presença de futebolistas que marcaram a última temporada da Ligue 1, como sejam os casos de Maxence Caqueret (Lyon), Jonathan Ikoné (Lille), Benoît Badiashile (AS Mónaco) e Camavinga (Rennes).

Por último temos a Argentina, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, sendo que neste ano a seleção contava com nomes como Messi, Di Maria, o autor do único golo na final, Garay, Riquelme, Mascherano, Aguero, entre outros. Tal como aconteceu com outras seleções, também no caso das pampas, muitos clubes decidiram não libertar os jogadores que a Federação pretendia levar a Tóquio. Sendo assim, a Argentina até vai só levar um futebolista acima da idade olímpica, é ele Jeremías Ledesma, guarda-redes do Cádiz. Lucas Alario, avançado do Bayer Leverkusen, era outra das opções quase fechadas, mas uma lesão vai afastá-lo dos Jogos Olímpicos.

Há vários candidatos, mas apenas três medalhas: Quem conseguirá alcançar um lugar no pódio?