Depois da pausa para os jogos de qualificação para o Mundial de 2022, este fim de semana estão de volta as principais ligas europeias e um dos grandes destaques vai para a luta pelo título na Alemanha e França, com os dois principais candidatos de cada país a medirem forças no sábado, dia 3 de abril. PSG – Lille e Leipzig – Bayern Munique prometem são os jogos grandes das respetivas jornadas e pode apostar nestes encontros no site da Betano.pt. Saiba que em ambos os casos, o favoritismo recai para o atual campeão de cada país: PSG e Bayern Munique, que curiosamente, dias depois, vão defrontar-se nos quartos de final da Liga dos Campeões.
Em França, e numa altura em que falta disputar oito jornadas, PSG e Lille estão com os mesmos pontos, 63, no topo da classificação. Depois de um empate a zero na primeira volta, os dois conjuntos sobem ao relvado do Parque dos Príncipes às 16h e tudo pode acontecer, como prova o que tem acontecido esta época em terras gaulesas. Desde o início da temporada que Lyon, Lille e PSG têm alternado na liderança da prova e parece que ninguém quer ser campeão, tantos têm sido os resultados surpreendentes jornada após jornada. Nos últimos cinco jogos a contar para a liga francesa, o PSG venceu três e perdeu dois, sendo que os desaires foram em casa. Já o Lille, só conta com dois triunfos nas cinco rondas mais recentes.
O histórico recente de confrontos entre os dois rivais é também favorável aos parisienses, isto quando atuam na condição de visitado. Nos últimas dez vezes em que recebeu o Lille, o PSG venceu em seis dessas ocasiões e empatou nas outras quatro. Frente a frente vão estar o melhor ataque da liga, o do PSG, contra a melhor defesa, a do Lille, que é comandada pelo português José Fonte. Este jogo pode marcar o regresso de Neymar, depois de ter contraído mais uma lesão recentemente. Quem fica de fora são Icardi, Sarabia e Verratti. Do lado do Lille, não há ausências de peso, plantel que conta com quatro portugueses. Além de Fonte, destaque para Renato Sanches, Tiago Djaló e Xeka.
Nos últimos anos, o Lille tem apostado em jovens jogadores, tentando valorizá-los ao máximo, de modo a realizar grandes encaixes financeiros. O melhor exemplo dessa política foi Victor Osimhen, transferido para o Nápoles no final de julho de 2020, por 70 milhões de euros. Em sentido inverso, no início desta temporada chegou aos franceses o avançado Jonathan David, adquirido ao Gent por 27 milhões de euros, naquela que foi a compra mais avultada de sempre do clube.
Já o PSG especializou-se na compra de futebolistas consagrados, através do investimento do seu presidente, Nasser Al-Khelaïfi. E se os resultados em França têm estado de acordo com as expetativas – três títulos de campeão nas últimas três temporadas e sete nas derradeiras oito – os seus adeptos ainda sonham com a tão esperada conquista da Liga dos Campeões. A chegada à final, na edição de 2019/20, foi um importante passo na afirmação europeia do clube. No entanto, o Bayern Munique foi mais forte e levou a Taça para Alemanha.
Na Alemanha, o grande jogo da jornada começa às 17h30. A oito jornadas do fim, o Bayern Munique lidera a Bundesliga com mais quatro pontos que o Leipzig. Posto isto, o conjunto da casa está proibido de perder pontos, isto se quiser manter os bávaros pressionados. A lista de ausentes é longa em ambos os lados e o nome mais recente a juntar-se aos indisponíveis foi Robert Lewandowski, que se lesionou ao serviço da Polónia, nos jogos de qualificação para o Mundial de 2022. Além do polaco, Hans Flick também não pode contar com Tolisso, Douglas Costa, Boateng e Alphonso Davies. No caso do Leipzig, Julian Nagelsmann está privado de Angelino, lateral esquerdo espanhol que tem sido um dos melhores esta temporada, Szoboszlai, Kampl e Upamecano.
Nos últimos cinco jogos em que atuou como equipa visitada, o Leipzig apresenta quatro vitórias e um empate, enquanto o campeão alemão regista quatro triunfos e uma derrota nas cinco deslocações mais recentes. Na primeira volta registou-se um empate a três golos, resultado que tem sido uma constante nos confrontos entre estas duas equipas. Nos últimos quatro duelos verificou-se sempre um empate. Nas nove vezes que se defrontaram na Bundeslisga, o Leipzig só conseguiu uma vitória. Foi a 18 de março de 2018 e derrotou o atual campeão por 2-1.
Não é exagero dizer-se que o RB Leipzig é a equipa mais odiada da Alemanha, devido ao patrocínio da Red Bull, que lhe tem permitido investir fortunas em contratações. No entanto, é inegável que os seus responsáveis têm sabido o que fazer ao dinheiro, o que nem sempre acontece no mundo do futebol. A aquisição de jogadores jovens com muito talento tem-se revelado acertada e o clube parece em condições de quebrar a hegemonia do Bayern Munique, campeão alemão nas últimas temporadas. Juntando a isso o treinador, está montada a estratégia para acabar com o rival.
Fundando apenas em 2009, na altura com o nome de SSV Markranstadt, para contornar as regras, o atual RB Leipzig estreou-se no quinto escalão do futebol alemão. No entanto, rapidamente mudou de nome para RB Leipzig, numa clara alusão à Red Bull. Desde então tem feito jus ao lema da marca de bebida energética, “dá-te asas”, com uma progressão impressionante, fruto dos milhões de euros investidos pelo seu acionista maioritário na contratação de jogadores. Em 2016/17 estreou-se no principal escalão e ficou logo em segundo lugar. Desde então que tem ocupado o lugar do Borussia Dortmund no papel do mais perigoso rival do Bayern Munique.
No entanto, o RB Leipzig não goza de muita popularidade na generalidade dos adeptos dos outros clubes alemães, que entendem tratar-se de um clube “fictício”. Que só tem sucesso devido aos milhões injetados por Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull. A empresa de bebidas defende-se, lembrando que o Bayer Leverkusen também é patrocinado pela Bayer, o Wolfsburgo pela Volkswagen e o Hoffenheim pela SAP, de softwares de gestão.
Atualmente, o RB Leipzig é o primeiro clube da antiga RDA que consegue estar a lutar pela Bundesliga, desde a reunificação do país, em 1990. No banco de suplentes senta-se a nova coqueluche dos treinadores germânicos, o carismático Julian Nagelsmann, de apenas 34 anos e que é técnico desde os 21. Antes, tinha tido uma curta carreira de jogador como defesa central, entre 2003 e 2008, ao serviço das reservas do Munique 1860 e do FC Augsburg. Com apenas 20 anos, disse adeus aos relvados, por culpa de sucessivas lesões num joelho. Poucos meses depois, já era o adjunto de Thomas Tuchel (atual técnico do Chelsea) na equipa secundária do FC Augsburg. Depois, treinou a equipa de sub-17 do clube e o mesmo escalão no Munique 1860, até que em 2010 se mudou para o Hoffenheim, para desempenhar idêntico cargo.
O seu bom desempenho chamou a atenção do Bayern Munique, que o convidou para orientar os juniores, mas optou por permanecer no Hoffenheim. Em 2012 foi promovido a treinador-adjunto na equipa principal do clube. E em fevereiro de 2016, com apenas 28 anos, passou a treinador principal, em substituição de Huub Stevens, que deixou o cargo por motivos de doença. Depois rumou ao Leipzig, sendo que o seu nome tem sido constantemente apontado a colossos do futebol europeu.
Esta ronda em França e na Alemanha vai ajudar a perceber quem está melhor posicionado para chegar ao título: PSG e Bayern vão puxar dos galões ou Lille e Leipzig vão conseguir bater o pé aos eternos campeões?