Tem sido o tema da semana. Jorge Jesus está de volta ao futebol português e, mais concretamente, ao Benfica, clube que treinou durante seis temporadas – 2009 a 2015 – com três títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça, somando-se a isto ainda duas finais europeias, na Liga Europa.
O treinador, de 65 anos, já assinou contrato e vai treinar o Benfica na próxima época tentando repetir feitos de colegas de profissão que regressaram ao lugar onde tinham sido felizes e… voltaram a sê-lo!
O treinador italiano de 75 anos, já retirado do futebol profissional, regressou por duas vezes a antigos clubes onde já tinha sido feliz.
A sua carreira de sucesso começou no AC Milão onde treinou desde as camadas jovens até à equipa principal. Como treinador principal, a primeira passagem foi entre 1991 e 1996, com cinco épocas de alto nível, nas quais ganhou campeonatos, três supertaças e uma Liga dos Campeões, em 1994, com uma super equipa, na qual se destacavam nomes como Baresi, Maldini, Boban, Laudrup, Papin ou… Van Basten. Capello trocou o AC Milão pelo Real Madrid em 1996 e foi um sucesso nos merengues onde só ficou… uma temporada. Em 48 jogos venceu 31 e sagrou-se campeão espanhol, mas no final da época foi despedido. Alegamentamente por não apostar em Raúl, símbolo maior do clube na altura.
Capello regressaria, pela porta grande, quase 10 anos depois, em 2006, depois de deixar a Juventus. E o italiano voltou a ser feliz… por uma época. Novamente campeão espanhol e novamente despedido. Desta vez por não apresentar um futebol aliciante. No plantel tinha jogadores como Casillas, Michel Salgado, Roberto Carlos, Cannavaro, Guti, Gago, Beckham, Raúl, Robinho, Van Nistelrooy e Ronaldo. Pedia-se mais que o título a Capello.
Quando José Mourinho chegou ao Chelsea, em 2004, era a pedra preciosa do futebol europeu. Vencedor da Liga dos Campeões pelo FC Porto, deixou-se seduzir pelo apelo do Chelsea de Roman Abramovich. Os londrinos tinha dinheiro, tinham vontade, mas precisavam de algo mais para os levar de candidatos ao título a campeões. Mourinho era esse “algo mais”.
O Special One chegou e venceu. Em três épocas e meia, entre 2004 e 2007, venceu duas Premier Leagues, uma FA Cup, duas Taças da Liga. Acabaria despedido, no início da quarta temporada. Rumou depois ao Inter de Milão, onde ganharia tudo o que havia para ganhar, e ao Real Madrid, onde esteve três épocas e foi campeão por uma vez. Em 2013 estava de regresso ao Chelsea.
A segunda passagem foi de duas épocas e meia, mas também com sucesso. Mourinho voltou a vencer a Premier League, em 2014/15 e ganhou mais uma Taça da Liga, na mesma época. Saíria depois de um arranque desastrou, em 2015/16.
É o regresso mais recente e de maior sucesso. O francês, antigo jogador do Real Madrid, só tem dois clubes na carreira de treinador. Real Madrid e… Real Madrid.
Pegou na equipa pela primeira vez a meio da temporada 2015/16, depois de um arranque desastroso da parte de Rafa Benítez. Com Sérgio Ramos, Marcelo, James, Casemiro, Kroos, Modric, Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo no plantel já não foi a tempo de ser campeão, mas ainda conseguiu recuperar a equipa para conquistarem a Liga dos Campeões. Feito que repetiu na época seguinte… e na seguinte outra vez. Somava ainda duas Supertaças Europeias, Mundiais de Clubes e uma liga espanhola. No final da época 2017/18 acho que era altura de dar a vez a outro. Saiu e deixou o Real sem saber o que fazer.
Veio Julien Lopetegui, mas não resultou. Cerca seis meses depois de ter decidido deixar o Real, Zidane aceitou voltar. Esta época, 2019/20, voltou a ser campeão espanhol e ainda está na corrida da Liga dos Campeões.
O treinador alemão, hoje com 75 anos e já retirado do futebol, teve três passagens pelo gigante Bayern Munique.
A primeira foi nos longínquos anos 80. Ingressou no clube em 1987 e por lá ficou até 1992 conquistando, pelo meio, dois campeonatos e duas supertaças na Alemanha. Saiu depois para “passear” pela Europa onde treinou, entre outros, o Athletic Bilbao, Tenerife, Real Madrid – onde venceu a Liga dos Campeões – e o Benfica. Regressou à Alemanha em 2003, ao Schalke 04, mas em 2009 foi de novo contratado para liderar o Bayern Munique.
A segunda passagem pelo bávaros durou quatro temporadas. Ganhou uma Bundesliga, uma Taça e outra Supertaça, mas falhou a glória Europeia. No final de 2013 saiu e retirou-se do futebol… por uns anos. Voltaria ao Bayern em 2017/18, para uma temporada apenas, para corrigir os erros deixados por Carlo Ancelotti. Chegou ainda a tempo de levar o Bayer ao título alemão, o quarto da carreira.
O actual seleccionador da China construiu todo o sucesso da sua carreira em Itália, onde conquistou cinco campeonatos, todos pela Juventus.
Lippi chegou a Turim em 1994 para dirigir uma equipa com nomes como Peruzzi, Torricelli, Paulo Sousa, Deschamps, Vialli, Del Piero e Baggio. Logo na primeira temporada chegou o primeiro scudetto e na época seguinte o sucesso continuou, desta vez com a Liga dos Campeões. Seguiram mais dois títulos na Série A antes de deixar a Juve, em 1999, rumando ao Inter. Ficou em Milão menos de duas épocas e em 2001 estava de regresso à Juve para mais três temporadas, onde conquistou dois campeonatos, entre outros troféus.
Foi a notícia de maior impacto neste final de temporada. Jorge Jesus deixou o Flamengo e está de regresso ao Benfica, clube que treinou durante seis temporadas. Cinco anos depois está de volta. Como será a segunda vida de Jorge Jesus no Estádio da Luz?