A 14 de setembro, de 2022, o Benfica foi a Turim bater a Juventus, por 2-1, em jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões e, a 25 de outubro, voltou a aplicar nova derrota à “vecchia signora”, desta feita, por 4-3, no Estádio Luz. As águias viriam a rumar aos oitavos de final da Champions, enquanto a formação italiana caía para a Liga Europa. Nessa altura, e para minimizar o feito dos encarnados, muitos apelidaram esta Juventus como a pior de sempre- um enterro precipitado, claramente. Desde então, e até agora, os comandados de Massimo Allegri têm, vitória após vitória, subido uma “montanha” na Serie A e já estão no segundo lugar da competição.

Na jornada do último fim de semana, a Juventus recebeu e venceu a Udinese, do português Beto, por 1-0, com o único golo da partida a surgir apenas aos 86 minutos, por Danilo, depois de assistência de Chiesa. Esta foi a quinta vitória da formação de Turim por 1-0 nesta edição da Serie A, algo que mais nenhuma equipa alcançou nas principais ligas europeias. Além disso, a vecchia signora terminou 12 dos 17 encontros da prova sem sofrer qualquer golo – só o Cagliari, em 1966/67, conseguiu melhor, com 13 jogos. 

O jogo ficou marcado por uma homenagem a Gianluca Vialli, que jogou na Juve entre 1992 e 1996, tendo marcado 53 golos em 145 partidas realizadas. As duas equipas estiveram de luto durante um minuto, com os holofotes do estádio apagados, ao mesmo tempo que foi lida uma mensagem por Gianluca Pessotto, antigo colega de equipa do avançado italiano, que faleceu no dia 6 de janeiro.

“Sabíamos que seria difícil e foi um jogo equilibrado. Melhorámos depois do intervalo, também do ponto de vista físico. Poderíamos ter marcado antes. No primeiro tempo, cometemos erros e a Udinese pressionou muito. Assim que parámos de tentar forçar as coisas, conseguimos encontrar espaços. Se não sofrermos golos, no pior dos casos, empatamos. Precisamos manter a cabeça baixa e seguir em frente. Os troféus são conquistados nos últimos dois meses da temporada, disse Allegri no fim do encontro.

Defesa de betão é o segredo de sequência vitoriosa

Com mais este triunfo, a Juventus é segunda classificada, com 37 pontos, os mesmos que o campeão AC Milan, que empatou em casa com a AS Roma (2-2) e a sete do líder Nápoles, que perdeu a invencibilidade na competição na penúltima ronda, diante do Inter Mião (derrota por 2-1, no Giuseppe Meazza).

Costuma dizer-se que o ataque ganha jogos e as defesas conquistam campeonatos e esta Juventus pode vir a ser bem o exemplo disso mesmo. Ao cabo de 17 jornadas disputadas, a formação de Allegri tem apenas sete golos sofridos (melhor só o FC Barcelona, em Espanha, com seis), e vai em oito vitórias consecutivas com a baliza inviolável. 

É preciso recuar até ao dia oito de outubro de 2022 para encontrar o último jogo que não terminou com vitória dos bianconeri: derrota por 2-0, com o AC Milan. O outro desaire no campeonato aconteceu cerca de três semanas antes, no reduto do Monza, por 1-0, numa altura em que a Juve acumulava maus resultados e já se falava da demissão de Allegri. É que nas sete primeiras rondas da Serie A, a vecchia signora só venceu dois encontros, empatou quatro e perdeu um, ocupando um lugar na tabela classificativa mais perto da descida do que do pódio.

Na próxima ronda, a Juventus visita o terreno do Nápoles, num jogo que promete ser bem disputado, ou não estivéssemos perante uma das maiores rivalidades do futebol italiano e europeu. Um triunfo forasteiro relançará a luta pelo título.

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