A liga da Coreia do Sul – a K-League – arranca este fim-de-semana para a primeira jornada da nova época. Num país que enfrentou e ultrapassou a pandemia do Covid-19, o futebol vai voltar, mas com algumas restrições.
Para que tudo aconteça na máxima segurança possível, a K-League estabeleceu uma série de regras que terão de ser cumpridas à risca de forma a que os jogos possam continuar conforme previsto. Para começar, nada de adeptos nas bancadas. Os jogos serão realizados à porta fechada, mas é uma medida que pode ser avaliada jornada a jornada, conforme a situação do país. Caso as portas sejam abertas, já se sabe que só adeptos com máscara serão autorizados nas bancadas e que todos – sem excepção – terão de medir a temperatura antes de entrar no recinto.
No relvado também há instruções rígidas. Nada de apertos de mão entre jogadores e treinadores e estes últimos terão de usar máscara mesmo quando estiverem no banco. Cada jogador terá a sua garrafa de água identificada e estão proibidas partilhas. Cuspir ou limpar o nariz em campo também é proibido e os jogadores devem abster-se de conversar durante o jogo, pelo menos de perto. Haverá sanções para quem infringir estas regras.
As conferências de imprensa também serão diferentes. Deixam de ser feitas numa sala fechada, para serem realizadas em pleno relvado, em espaço aberto. Cada jornalista terá de estar a pelo menos dois metros de um colega ou jogador e treinador.
A liga da Coreia do Sul não é a primeira em actividade na Ásia, mas assume um peso diferente. O Turquemenistão e Taiwan estão em actividade, mas a K-League é uma das mais importantes da Ásia. Basta perceber que a Coreia do Sul é o país com mais finais – 17 – e mais títulos – 11 – na Liga dos Campeões da Ásia.
O Jeonbuk Motors, do treinador português José Morais, ex-adjunto de José Mourinho, é o atual campeão coreano e uma das equipas mais fortes da K-League, tendo conquistado o título em cinco das últimas seis temporadas. Apesar disso, em 2019 só conseguiu ser campeão graças à diferença de golos, depois de terminar o playoff de apuramento do campeão empatado com o Ulsan Hyundai. É nesta equipa que joga uma das estrelas do campeonato, o internacional Lee Chung-yong, de 31 anos, e com passado na Premier League. Alinhou no Bolton entre 2009 e 2014, ano em que se mudou para o Crystal Palace, onde ficou até 2018, transferindo-se para o Bochum da Alemanha, antes de regressar à Coreia, em 2019.
No que toca a golos, há duas estrelas. Júnior Negão, brasileiro de 33 anos, que já passou pelo Belenenses e alinha agora pelo Ulsan Hyundai e ainda o australiano Adam Taggart, de 26 anos e melhor marcador da liga da Coreia do Sul na época passada. Joga no Suwon Bluewings.