No desporto, como na vida, o tempo é implacável. Mas de tempos a tempos, surge alguém que desafia essa regra universal, que resiste à erosão da idade, que continua a redefinir a excelência quando todos os outros abrandam. Mesmo esses, são mortais. E depois há LeBron Raymone James. Aos 40 anos, depois de mais de duas décadas a dominar a NBA, “King James” continua a ser o nome, o rosto, e o símbolo máximo da liga norte-americana, competição que podes acompanhar no site Betano.pt, onde tens também a oportunidade de fazer as tuas apostas e assistir aos jogos em direto através do Livestream.

Não percas: Betano ganha quatro prémios em 2025

Na sua 22.ª temporada, LeBron James mantém números dignos de MVP

Nos últimos 20 anos, a NBA teve vários protagonistas, mas o estatuto de “face of the league” não se reivindica. Conquista-se. E uma vez conquistado, dificilmente se perde enquanto esse jogador continuar a atuar ao mais alto nível. Para LeBron, esse título não foi apenas um fardo que carregou desde que foi apelidado de “The Chosen One” pela Sports Illustrated aos 17 anos, numa referência à expressão “Chosen 1” que tatuou nas costas – foi também um papel que abraçou e desempenhou com maestria. Ser a cara da liga não significa apenas ser o melhor jogador, mas também carregar a responsabilidade de representar a NBA em todas as frentes, dentro e fora do campo.

Vê também: A próxima grande potência da NBA

Com um registo inigualável de longevidade e consistência, o extremo acumulou conquistas individuais e coletivas que o colocam num patamar reservado apenas aos imortais do jogo. Não é apenas um jogador que passou pela NBA. LeBron é a NBA. Tornou-se o primeiro jogador a alcançar 50 mil pontos combinados entre fase regular e playoffs, é o maior marcador da história da liga e lidera a lista de jogos disputados na fase a eliminar. Soma quatro títulos da NBA, quatro MVPs da fase regular, quatro MVPs das finais e 21 seleções para o All-Star Game. Ultrapassou as 10 mil assistências e os 10 mil ressaltos. Há poucos dias, a 3 de março, foi eleito jogador do mês pela 69.ª vez na carreira. A primeira vez que isso aconteceu? Vinte anos, três meses e 17 dias antes, a 14 de novembro de 2004.

De Zion Williamson a Anthony Edwards

O que mais impressiona não é apenas a longevidade do “King”, mas a sua capacidade de continuar a dominar. Na sua 22.ª temporada, mantém números dignos de MVP, com médias de 24.9 pontos, 8.0 ressaltos e 8.5 assistências por jogo em 2025. A eficácia nos lançamentos continua a desafiar a lógica, com 51.9% de acerto e uns impressionantes 39.4% nos triplos. E defensivamente, aceitou o desafio de amplificar o esforço depois da chegada de Luka Dončić, que reconfigurou a identidade dos Lakers e reforçou as aspirações da equipa ao troféu Larry O’Brien.

Nos últimos dias, tem-se debatido sobre quem será o próximo rosto da liga. É uma conversa recorrente. Zion Williamson foi apontado como herdeiro antes de lesões e inconsistência colocarem essa narrativa em dúvida. Ja Morant parecia preparado para assumir o trono, mas a sua própria instabilidade fora de campo afastou essa hipótese. Anthony Edwards, explosivo e carismático, rejeita a ideia de ser a cara da liga, recusando o peso que esse rótulo acarreta. Entre os internacionais, Giannis Antetokounmpo já conquistou títulos e MVPs, mas o seu perfil é demasiado polarizador. Nikola Jokić, 3x MVP nas últimas quatro épocas, prefere que o seu jogo fale por si. Luka Dončić parece ter o talento e o magnetismo necessários, mas, tal como Zion, Ja e Ant, ainda não ganhou nada.

E Victor Wembanyama?

E quanto a Victor Wembanyama? Com apenas 20 anos, o fenómeno francês parece reunir as condições ideais para ser o sucessor de LeBron. Dentro de campo, o seu skillset impacta o jogo nos dois lados da bola, como nunca se viu. Fora das quatro linhas, tem a personalidade e o carisma necessários para representar a NBA numa escala global. Ainda é cedo, no entanto, para saber se Wemby conseguirá afirmar-se como a próxima grande figura da liga, mas entre todos os nomes apontados, é ele quem mais se aproxima do pacote completo que fez de LeBron a referência absoluta do basquetebol nos últimos 22 anos.

Lê ainda: Giannis Antetokounmpo é o primeiro Embaixador Global da Betano

A verdade, porém, é que, por mais que os media tentem trazer a discussão para a esfera pública, a pergunta sobre quem será a nova cara da liga é ainda prematura. O trono ainda não está vago. Cada palavra de LBJ ressoa, cada jogada é escrutinada ao detalhe. O Rei não pediu para ser o rosto da NBA, mas quem tatua “Chosen 1” admite que esse destino era, no mínimo, uma forte possibilidade. Enquanto estiver em campo — seja por apenas mais uma temporada ou, quem sabe, até 2028 para fechar a carreira nos Jogos Olímpicos de… Los Angeles — a cara da NBA não será outra. Com rugas e barba grisalha, mas com a coroa a repousar na sua cabeça.