No arranque das meias-finais da Liga das Nações, os Países Baixos eram os principais favoritos à conquista da prova, enquanto os croatas eram a última cotada no grupo das quatro seleções ainda em prova. A Espanha seguia na segunda posição entre os favoritos, enquanto a Itália fechava o pódio. No dia 18 de junho, às 19h45, espanhóis e croatas disputam a final, em Roterdão, nos Países Baixos, depois de baterem italianos e neerlandeses, respetivamente, nas meias da prova. Horas antes, às 14h, Itália e Países Baixos lutam pelo terceiro lugar. Esta é a terceira edição da prova, a qual foi ganha por Portugal em 2019, que bateu na final os Países Baixos, e pela França em 2021, que por sua vez derrotou a Espanha. Podes apostar em ambos os jogos no site da Betano.pt e, fica desde já a saber, que nuestros hermanos são favoritos à vitória, já no encontro para encontrar quem fecha o pódio desta edição da prova, os neerlandeses apresentam melhores odds para o triunfo.
No primeiro encontro das meias-finais, a Croácia voltou a demonstrar que se tem sempre que contar com ela nas grandes competições. Os neerlandeses até entraram melhor na partida e aos 34 minutos Malen inaugurou o marcador, vantagem que durou até aos 55’, quando Kramaric restabeleceu a igualdade através da marcação de uma grande penalidade. Aos 72’ Pasalic confirmou a cambalhota no resultado, mas aos 90+6 Lang fez o 2-2 que levou o jogo para prolongamento. No período complementar, Petkovic e Modric voltaram a balançar as redes dos Países Baixos e conduziram a Croácia até à final da prova, feito que conseguem pela primeira vez na sua história. Convém recordar, no entanto, que os croatas foram vice-campeões mundiais em 2018 e terceiros classificados no campeonato do mundo, em 2022.
Na segunda meia-final repetiu-se o confronto da edição anterior e, mais uma vez, a vitória caiu para o lado espanhol e outra vez por 2-1. A Espanha entrou praticamente a vencer, com um golo de Pino, logo aos três minutos, mas durou pouco tempo essa vantagem, já que Immobile empatou aos 11’. Teve que se esperar até aos 88 minutos para haver novo golo, desta feita por Joselu, que deu assim a vitória a nuestros hermanos. A Espanha repete desta forma a final da última edição da Liga das Nações, em que perdeu com a França no jogo decisivo, numa partida em que até estiveram em vantagem, com golo de Oyarzabal, aos 64 minutos, mas logo a seguir, aos 66’, Benzema fez o 1-1 e aos 80’ Mbappé estabeleceu o resultado final e deu a taça aos gauleses.
As duas seleções vão defrontar-se pela décima vez na final da Liga das Nações e, para trás, ficaram cinco triunfos espanhóis, três croatas e ainda um empate. Destes nove duelos, quatro foram jogos particulares, três a contar para Europeus e dois referentes à Liga das Nações.
Os primeiros quatro confrontos foram todos particulares, entre 1994 e 2006, com um triunfo a cair para o lado da Croácia, dois para o da Espanha e registou-se ainda uma igualdade. O primeiro jogo a doer foi na fase de grupos do Euro2012 e os espanhóis venceram por 1-0, eles que viriam a sagrar-se campeões europeus nesse ano. Quatro anos depois, outra vez na fase de grupos de um Euro, desta feita no de 2016, ganho por Portugal, novo duelo, mas neste caso os croatas foram mais fortes e triunfaram por 2-1.
Em 2018, em partida da fase de grupos da Liga das Nações, a Espanha goleou a Croácia por 6-0, mas na segunda volta perdeu por 3-2. Ambas as seleções falharam o apuramento para as meias-finais, já que a Inglaterra venceu o grupo. O último embate aconteceu nos oitavos de final do Euro2020 e acabou com oito golos: triunfo espanhol por 5-3, após prolongamento.
Para chegar à final, a Croácia somou quatro vitórias, um empate e uma derrota, tendo totalizado 13 pontos, mais um do que a Dinamarca, na fase de grupos da Liga das Nações. Petar Musa, ponta de lança do Benfica que, apesar de só ter sido titular no Benfica em cinco jogos esta temporada, conseguiu marcar 11 golos, faz parte do plantel croata, equipa continua a ser liderada por Luka Modric, que aos 37 anos mantém-se como titular indiscutível, depois de uma temporada em que disputou 51 partidas ao serviço do Real Madrid.
Por seu lado, a seleção espanhola conseguiu o acesso à final four da Liga das Nações depois de terminar o seu grupo em primeiro lugar, com 11 pontos, mais 1 do que Portugal. Na seleção espanhola, o selecionador nacional Luis de la Fuente teve de proceder a uma alteração, com o central Nacho Fernández, do Real Madrid, a render David García, futebolista do Osasuna que se lesionou frente ao Girona, em encontro referente à última jornada do campeonato espanhol. A grande novidade é Robin Le Normand, defesa central da Real Sociedad nascido em França e que se estreia na “roja”. Houve ainda muitas mudanças em relação à última convocatória, com Jesús Navas, Unai Simón, Jordi Alba, Juan Bernat, Canales, Asensio e Rodrigo Moreno a entrarem para os lugares de Robert Sánchez, Nacho, Pedro Porro, Iñigo Martínez, Gayá, Balde, Ceballos, Oyarzabal, Aspas e Borja Iglesias.
Após a vitória, por 2-1, diante da Itália, Luís de la Fuente, selecionado espanhol, estava radiante. “Sinto satisfação e orgulho. Fizemos um jogo de altíssimo nível. Seguimos à letra o que havíamos preparado. Estamos felizes e com o moral em alta”.
O triunfo espanhol nas meias-finais foi considerado justo por Roberto Mancini, selecionador transalpino. “No final, Espanha mereceu a vitória, apesar de ter marcado o [segundo] golo quase a terminar. Os nossos rapazes deram tudo o que tinham, mas, provavelmente por termos jogado num sistema tático diferente do habitual, saímos penalizados”.
Também Koeman, selecionador dos Países Baixos, elogiou o adversário. “Não é à toa que a Croácia é a seleção número três do mundo. Por alguma razão, eles são a terceira melhor seleção mundial e, esta noite, mostraram-no. Acho que não entrámos bem na segunda parte. A primeira parte foi muito boa, estávamos a ganhar por 1-0, mas, após o intervalo, o meio-campo da Croácia assumiu o controlo do jogo e sentimos muitos problemas. Percebe-se facilmente que eles são uma equipa que joga junta há muito tempo”, disse.
E continuou: “Pressionámos quando pudemos, mas também ficamos um pouco desleixados em determinados momentos. Lutámos e tentámos de tudo no prolongamento para ficarmos mais ofensivos, só que a Croácia foi superior», resumiu o antigo treinador do Benfica, que deixou ainda elogios a Modric. Parabéns ao Luka Modric. Numa só palavra, fantástico! No final, falei com ele e disse-lhe que fez uma grande exibição e estava de parabéns. Quando se tem 37 anos e ainda se joga tão bem e com tanta energia durante 120 minutos, isso merece uma grande ovação”.