O Espanha-Portugal, marcado para quinta-feira, 2 de junho, é um dos jogos de cartaz da primeira jornada da terceira edição da Liga das Nações. Apenas três dias depois, a seleção nacional volta a entrar em ação, desta vez em casa, diante da Suíça. Podes apostar nestes dois desafios no site da Betano e fica a saber que as odds dão ligeiro favoritismo espanhol diante de Portugal e grande favoritismo luso frente aos suíços. Podes naturalmente fazer os teus palpites em todos os outros encontros destas duas primeiras rondas.

De referir que Portugal é a sexta seleção (em igualdade com a Alemanha) com mais probabilidades de se sagrar a vencedora da prova, com uma odd de 8,75, numa lista liderada pela França (4,15), seguida por Espanha (6,30), Bélgica (7,20),  Inglaterra e Itália (8,00).

Portugal quer repetir triunfo da primeira edição

A terceira edição da Liga das Nações divide-se em Ligas A, B e C com 16 equipas, que foram divididas em quatro grupos de quatro. As restantes sete equipas, da Liga D, foram divididas em dois grupos, um de quatro e outro de três. As equipas defrontarão a totalidade dos seus adversários de grupo em casa e fora, em Junho e Setembro de 2022. Os quatro vencedores dos grupos na Liga A avançam para a fase final a eliminar que terá lugar em Junho de 2023. Os vencedores dos grupos nas outras três ligas serão promovidos para a edição de 2024/25.

As equipas que terminarem em quarto lugar nos grupos das Ligas A e B serão despromovidas, enquanto as seleções que terminarem em quarto nos grupos da Liga C entrarão no “play-out” em Março de 2024, com as duas equipas derrotadas nesses embates a transitarem para a Liga D.

Portugal faz parte do Grupo A2, juntamente com Espanha, Suíça e República Checa. O Grupo A1 é constituído por França, Dinamarca, Croácia e Áustria, o Grupo A3 por Itália, Alemanha, Inglaterra e Hungria e o Grupo A4 por Bélgica, Países Baixos. Polónia e País de Gales.

Recorde-se que a seleção lusa foi a vencedora da primeira edição da competição, em 2019, ao bater a Holanda por 1-0, na final disputada no Estádio do Dragão. O golo foi apontado por Gonçalo Guedes. A formação orientada por Fernando Santos começou por ganhar o seu grupo, do qual faziam parte Itália e Polónia e na fase final, começou por bater a Suíça nas meias-finais por 3-1, com “hat-trick” de Cristiano Ronaldo.

A segunda edição teve como vencedora a França, que bateu a Espanha (2-1) na final realizada em Milão. Portugal não conseguiu o acesso à fase final, pois ficou em segundo lugar no seu grupo, ganho precisamente por França. Os lusos até começarem em grande estilo, ao golearem em casa a Croácia, por 4-1 e ao baterem a Suécia, fora de casa, por 2-0, seguindo-se um empate sem golos em França e novo triunfo diante dos escandinavos (3-0). A derrota caseira diante dos franceses (0-1) deitou tudo a perder para os portugueses, de nada lhes tendo valido o triunfo na Croácia (3-2) na última jornada.

Equilíbrio e poucos golos no confronto ibérico

O sempre aguardado duelo ibérico é um dos pratos fortes da primeira jornada, num jogo que poderá ficar marcado pela segunda internacionalização de Ricardo Horta, finalmente chamado, oito anos depois da sua única presença na Seleção A. David Carmo, defesa central colega de Ricardo Horta no SC Braga, é a outra grande novidade nos eleitos de Fernando Santos e entretanto Rui Silva, guarda-redes do Bétis, substituiu o lesionado José Sá.

O selecionador espanhol Luis Enrique optou por chamar o jovem prodígio Ansu Fati, que já não era convocado desde outubro de 2020 e que somou apenas 117 minutos em cinco partidas como suplente utilizado no FC Barcelona desde que regressou à competição no início de maio, após longa ausência por lesão. Marco Asensio, avançado que está longe de ser um indiscutível no Real Madrid também mereceu a confiança de Luis Enrique, tal como Pablo Sarabia, que brilhou no Sporting na temporada em curso, com 21 golos e oito assistências.

O equilíbrio tem sido a nota dominante entre as duas seleções, tendo-se verificado quatro empates nos últimos quatro confrontos, quase sempre a zero. Nas meias-finais do Euro 2012 ninguém conseguiu marcar em 120 minutos de jogo, com a Espanha a avançar para a final ao ser mais competente no desempate por grandes penalidades. No Campeonato do Mundo de 2018, exceção à regra com um fantástico 3-3 na fase de grupos, com “hat-trick” de Cristiano Ronaldo, mas nas duas últimas ocasiões, em jogos de preparação realizados em outubro de 2020 e junho de 2021, voltaram os jogos sem golos. 

Temos de recuar até novembro de 2010 para vislumbrarmos uma vitória durante o tempo regulamentar – embora em jogo particular – numa noite inesquecível no Estádio da Luz em que Portugal goleou “nuestros hermanos” por 4-0, com um bis de Hélder Postiga, um golo de Carlos Martins e outro de Hugo Almeida.

Se olharmos para o total de confrontos, é flagrante a superioridade espanhola, com 16 vitórias, 16 empates e seis derrotas. E Portugal terá de fazer história para vencer em Sevilha, pois nunca venceu o rival em território espanhol (dez triunfos visitados e cinco igualdades). Será desta?

Suíça de boa memória na Liga das Nações

Depois da deslocação a Sevilha para enfrentar Espanha, Portugal recebe a Suíça, no domingo, 5 de junho. Haris Seferovic faz parte dos eleitos do selecionador helvético, apesar de ter sido muito pouco utilizado pelo Benfica esta temporada (15 jogos, com cinco golos marcados). O avançado está de regresso, depois de ter falhado os encontros de outubro e de novembro de 2021 e de março de 2022. Destaque ainda para a estreia de Mattia Bottani, extremo do Lugano, numa lista cujas grandes estrelas são os avançados Xherdan Shaqiri (Chicago Fire, da MLS) e Noah Okafor (Red Bull Salzburg) e o médio Granit Xhaka, do Arsenal.

Portugal bateu a Suíça nos dois últimos jogos, ambos em casa – 2-0 na fase de qualificação para o Mundial de 2018 (golo de André Silva e um autogolo) e 3-1 nas já referidas meias-finais da Liga das Nações de 2019, com mais um dia no escritório para Cristiano Ronaldo, ou seja, um “hat-trick”. A superioridade portuguesa nos últimos dez confrontos é notória (cinco vitórias, dois empates e três derrotas) mas se olharmos ao histórico total a Suíça ainda leva a melhor, com dez triunfos, cinco empates e oito desaires. 

Outros jogos em destaque

Nos outros jogos da primeira jornada da Liga das Nações destaque para os confrontos Bélgica-Países Baixos, Itália-Alemanha, estes na primeira jornada, enquanto na segunda ronda os cabeças de cartaz são o Croácia-França e o Alemanha-Inglaterra.