Domingo, dia 10, e enquanto esperas pelo regresso dos principais campeonatos, vais ter a oportunidade de assistir a dois grandes jogos entre algumas das melhores seleções do mundo. Falamos da Liga das Nações e dos encontros Itália – Bélgica, para atribuição do 3º e 4º lugar, e da final entre Espanha e França. Podes apostar nestas partidas no site da Betano.pt e fica desde já a saber que italianos e gauleses são favoritos nos respetivos duelos. Seja qual for o vencedor da segunda edição da prova, uma coisa é certa: Portugal terá um sucessor contra quem tem um longo historial de confrontos, ou não fossem todos velhos conhecidos, mas só uma seleção irá conseguir esquecer a mágoa que o Euro 2020 lhe deixou. A outra, bem, a outra equipa terá mais uma desilusão em 2021.
A primeira equipa a garantir um lugar na final da Liga das Nações foi a Espanha, que derrotou na meia-final a Itália, atual campeã da Europa, por 2-1. O jogo ficou marcado pela expulsão de Leonardo Bonucci ainda na primeira parte, o que facilitou a vida aos comandados de Luis Enrique. Ferran Torres, jogador do Manchester City, bisou para a Espanha, enquanto Lorenzo Pellegrini, capitão da AS Roma, reduziu para os transalpinos.
Com esta vitória em solo italiano, a Espanha colocou ponto final numa sequência de 61 partidas sem derrotas da Itália a jogar no seu país em jogos oficiais. Outro registo que chegou ao fim por culpa dos espanhóis foi a série de 37 encontros sem perder da squadra azzurra, feito que bateu o recorde anterior que pertencia à Espanha.
A roja tornou-se desta forma na quarta seleção a derrotar a Itália em casa em jogos oficiais, depois da Suécia em 1983 (3-0 em Nápoles), Croácia em 1994 (2-1 em Palermo) e Dinamarca em 1999 (3-2 em Nápoles). Este jogo das meias ficou ainda marcado pela estreia de Gavi aos 17 anos, o que fez do jogador do FC Barcelona o mais novo de sempre a vestir a camisola da seleção principal do seu país.
Um dia depois da Espanha garantir uma vaga no jogo decisivo, foi a vez da França levar a melhor sobre a Bélgica no outro encontro das meias. Neste duelo histórico entre rivais, os gauleses deram a volta ao marcador na segunda parte, isto depois de terem ido para o balneário a perder por 2-0 (golos de Carrasco e Lukaku).
Nos segundos 45 minutos, veio ao de cima o poderio ofensivo dos gauleses, com golos de Karim Benzema (62), Kylian Mbappé (69) e Theo Hernández (90), sendo que instantes antes do último tento, Lukaku teve um golo anulado, o qual daria outra vez vantagem aos belgas.
Pela primeira vez, desde um empate com a Finlândia, em 1953, que a Bélgica não desperdiçava uma vantagem de dois golos alcançada na primeira parte. Este jogo ficou também marcado pelo facto dos franceses terem alinhado com os irmãos Lucas e Théo Hernández, que imitaram assim a façanha de Jean e Lucien Laurent, 89 anos depois.
No domingo, às 19h45, vão pisar o relvado do San Siro, em Milão, duas seleções que dividem entre elas três títulos mundiais (França em 1998 e 2018 e Espanha em 2010) e cinco títulos europeus (os gauleses em 1984 e 2000 e os espanhóis em 1964, 2008 e 2012). Só por aqui já se percebe o poderio de ambos os conjuntos e de como estão habituados às grandes decisões. No entanto, quer Espanha e França têm ainda fresca na memória a desilusão que foi o Euro 2020, o qual foi disputado em 2021 devido à pandemia da Covid-19.
A França era apontada como a principal favorita à conquista do título, ou não fosse ela a atual campeã mundial e vice campeã europeia na altura do Euro 2020. Só que a realidade foi outra e os gauleses caíram com estrondo nos oitavos de final da prova, aos pés da Suíça. Depois de uma igualdade a três, a eliminatória decidiu-se na marcação de grandes penalidades e Mbappé falhou o castigo máximo decisivo.
Do lado da Espanha, também reinava o otimismo no Euro 2020, fruto do bom futebol que estavam a praticar. Nos oitavos venceram a Croácia (5-3), nos quartos bateram os suíços nos penáltis (1-1 no tempo regulamentar), mas nas meias foram derrotados pela Itália na marcação de grandes penalidades. Chiesa adiantou os italianos no marcador e Morata, a dez minutos do fim, voltou a reestabelecer a igualdade. Os espanhóis foram sempre mais perigosos que os italianos, mas no final, isso valeu-lhes um bilhete de volta a casa, enquanto a squadra azzurra rumou à final da competição.
Posto isto, percebe-se que França ou Espanha, uma delas irá ter duas desilusões em 2021, porque no final só pode haver um vencedor. A última vez que as duas formações se defrontaram em jogos oficiais foi na fase de qualificação para o Mundial 2014. Os espanhóis acabaram o grupo em primeiro e os gauleses ficaram em segundo. No que se refere aos confrontos entre as duas seleções, registou-se um empate a um golo e uma vitória forasteira de nuestros hermanos por 1-0.
Em 2017, disputaram um particular, em que a vitória sorriu aos espanhóis, por 2-0, com os golos a serem apontados por David Silva e Gerard Deulofeu. Ao nível de confrontos, regista-se uma ligeira vantagem para a Espanha, com 16 vitórias contra 12 da França – e houve ainda mais sete empates. Para a final de domingo, Lucas Digne, lateral francês do Everton, está lesionado, e Ferran Torres, autor dos dois golos na meia-final frente à Itália, está em dúvida, depois de se ter lesionado no confronto frente aos transalpinos.