A Ligue 1 de França 2023/24 arranca na sexta-feira, 11 de agosto, com o Lille, orientado pelo português Paulo Fonseca, a viajar até ao terreno do Nice. Na aposta do mercado de longo prazo do site da Betano.pt referente ao campeão nacional, o Paris Saint-Germain de Nuno Mendes, Danilo, Vitinha e Renato Sanches (este último pode ainda sair antes do fecho do mercado) é francamente favorito a vencer a competição, seguido a longa distância pelo Olympique Marselha de Vitinha, com o AS Mónaco de Gelson Martins em terceiro lugar, muito longe do segundo posto. Já o RC Lens, segundo classificado em 2022/23, a apenas um ponto do campeão, é apenas o quinto favorito, em igualdade com o Lille, treinado por Paulo Fonseca.
Para além do mercado de campeão nacional, podes obviamente ir apostando jogo a jogo ao longo da temporada, em todos os desafios da competição. Fica a saber que na primeira jornada, o Paris Saint-Germain recebe o FC Lorient no sábado, 12 de agosto (20h00) e as probabilidades apontam de forma claríssima para o triunfo dos visitados. Já o Olympique Marselha também reúne enorme dose de favoritismo na receção ao Stade de Reims (sábado, 12 de agosto, às 16h00), enquanto o AS Mónaco tem aparentemente uma estreia mais complicada, na visita de domingo, 13 de agosto (14h00) ao reduto do Clermont.
A pré-temporada do Paris Saint-Germain foi marcada pela novela em torno da sua grande estrela, Kylian Mbappé. O atacante está em conflito com o clube, por não querer renovar o atual contrato, que termina no final do ano, embora também não pareça ter grande interesse em deixar o clube neste verão, tendo recusado uma oferta milionária dos sauditas do Al Hilal. Já o Paris Saint-Germain, anunciou que depois da recusa de Mbappé em prolongar o vínculo, não conta com ele para esta temporada, estando a tentar vender o seu passe, de modo a que o internacional francês não possa assinar por outro emblema a partir de janeiro de 2024. Recorde-se que Mbappé ficou de fora da digressão do clube pelo Japão, tendo ficado a trabalhar nas instalações do clube.
Em face do milionário plantel que tem, muito mais valioso em termos monetários do que qualquer rival francês, conquistar o título de campeão nacional é uma obrigação para o Paris Saint-Germain. De resto, o clube ganhou nove das últimas 11 edições da Ligue 1 e, na época passada, os festejos dos seus adeptos pela revalidação do troféu foram bastante tímidos. Na verdade, foram mais audíveis os assobios e reações de desagrado aquando da eliminação nos oitavos de final da Liga dos Campeões, aos pés do Bayern Munique.
Luis Enrique é o treinador dos parisienses para esta temporada, depois de suceder a Christophe Galtier. No plantel à sua disposição, continuam a figurar quatro portugueses: o defesa esquerdo Nuno Mendes, o central/médio defensivo Danilo e os médios Vitinha e Renato Sanches, embora este último não tenha a continuidade segura. Gonçalo Ramos, ponta de lança do Benfica, poderá juntar-se ao grupo.
Como habitualmente, o Paris Saint-Germain gastou bom dinheiro em contratações e até ao momento, neste mercado, chegaram o médio Manuel Ugarte (ex-Sporting), a troco de 60 milhões de euros, Lucas Hernández, defesa esquerdo ex-Bayern Munique, que custou 45 milhões de euros, o avançado sul-coreano Lee Kang-in, contratado ao Maiorca por 22 milhões, enquanto o atacante Hugo Ekitiké veio do Stade de Reims, por 29 milhões. A custo zero chegaram o avançado espanhol Marco Asensio (ex-Real Madrid), o central Milan Skriniar, que representava o Inter Milão e o médio italiano Cher Ndour (ex-Benfica).
Em sentido contrário, Lionel Messi, mudou-se para o Inter Miami, depois de o Paris Saint-Germain não ter acionado a cláusula de renovação. Neymar fica assim, para já, como a grande figura do plantel, mas o ambiente não é o melhor para o lado do brasileiro, como o próprio reconheceu em entrevista recente. “Mesmo que não haja amor dos adeptos por mim, vou continuar”, disse. De recordar que Neymar não se apresenta ainda a 100 por cento e não joga desde 19 de fevereiro, quando contraiu uma lesão no tornozelo direito.
Depois de uma época em que chegou a dar a ideia de que poderia quebrar a hegemonia do Paris Saint-Germain, o Olympique Marselha terminou em terceiro lugar, atrás do habitual campeão e do RC Lens. E volta a contar com o contributo do ponta de lança Vitinha, adquirido ao SC Braga em janeiro de 2023. O futebolista de 23 anos não teve uma temporada de estreia fácil, tendo apontado apenas 2 golos em 16 jogos, mas já avisou, em entrevista recente ao jornal “O Jogo” que vai ter “muito prazer em calar algumas bocas e mostrar que os 32 milhões [a quantia paga pelo Olympique Marselha ao SC Braga] valeram a pena”.
O espanhol Marcelino Toral é o novo treinador do Olympique Marselha para esta temporada e levou consigo Geoffrey Kondogbia, médio defensivo ex-Atlético de Madrid, que orientou durante três temporadas no Valência CF. E não faltaram reforços de qualidade neste defeso para o emblema do sul de França, tendo ainda chegado os atacantes Pierre Aubameyang (ex-Chelsea), Iliman Ndiaye (ex-Sheffield United, de regresso ao clube francês, depois de lá ter feito parte da formação) e Ismaila Sarr (ex-Watford FC), o defesa Renan Lodi (ex-Atlético de Madrid) e o médio Ruslan Malinovskyi (ex-Atalanta). No total, o clube gastou 78 milhões de euros nestas aquisições, as quais se juntaram a um plantel que já contava com figuras como Mbemba, antigo central do FC Porto, o médio centro Mattéo Guendouzi e o extremo Ismaila Sarr.
Nas saídas, destaque para o regresso do lateral esquerdo português Nuno Tavares ao Arsenal, clube pelo qual estava emprestado e para o central/defesa esquerdo Sead Kolasinac, que se mudou para a Atalanta.
Nas últimas temporadas, o AS Mónaco tem estado afastado das grandes conquistas e já não é campeão francês desde 2016/17, sob o comando de Leonardo Jardim, num grande plantel que contava com Mbappé como grande figura, bem secundado por Bernardo Silva, João Moutinho e Fabinho, entre outros. E a temporada passada foi mesmo um desastre, com a formação do Principado a terminar na sexta posição.
Para esta época, o belga Philippe Clément mantém-se como treinador, contando até ao momento com dois reforços: o defesa central Mohammed Salisu, que chega do Southampton FC, a troco de 20 milhões de euros, e o guarda-redes suíço Philipp Kohn (ex-RB Salzburg), que custou 10 milhões de euros. Até ao momento, não se registaram saídas de jogadores habitualmente titulares, com o médio defensivo Mohamed Camara, o médio ofensivo Aleksandr Golovin e os atacantes Breel Embolo e Wissam Ben Yedder a serem as grandes figuras do grupo. O português Gelson Martins continua no plantel e vai querer fazer melhor do que em 2022/23, quando foi utilizado em apenas 15 partidas oficiais (11 como titular), sem golos marcados e com apenas uma assistência.
Para além dos já referidos futebolistas Nuno Mendes, Danilo, Vitinha e Renato Sanches (todos do Paris Saint-Germain), Vitinha (Olympique Marselha) e Gelson Martins (AS Mónaco) e do treinador Paulo Fonseca (Lille), há mais nove jogadores portugueses na Ligue 1 francesa.
O mais antigo é Anthony Lopes, guarda-redes de 32 anos do Olympique Lyon que não conheceu mais clubes na carreira. No Lille há dois representantes: o central Tiago Djaló (ainda enfrenta longa paragem, depois de se ter lesionado em março de 2023 num joelho) e o defesa direito Tiago Santos, contratado ao Estoril. No Rennes joga o médio centro Xeka, enquanto Mathias Pereira Lage representa o recém-promovido Stade Brestois. Referência ainda para os médios ofensivos David Costa (RC Lens) e Angel Gomes (Lille), para o central Fali Candé e para o extremo Vagner (ambos no FC Metz).