Esta semana fica a saber-se quem são os quatro semifinalistas da edição deste ano da Liga dos Campeões. O Benfica tem uma tarefa difícil em Liverpool, depois do resultado da primeira mão dos quartos de final, o mesmo se vai passar com o Chelsea, atual campeão europeu, quando pisar o relvado do Santiago Bernabéu para defrontar o Real Madrid. Já Manchester City e Villarreal viajam até Espanha e Alemanha com uma vantagem mínima na bagagem, o que permite a que Atlético Madrid e Bayern Munique tenham legítimas aspirações de seguirem em frente na competição. Como de costume, podes apostar nestes grandes encontros no site da Betano.pt.
O Benfica parte para esta segunda mão com uma tarefa difícil, mas no futebol não há impossíveis. Depois da derrota na Luz, por 3-1, os encarnados estão obrigados a ter, como já aconteceu no passado várias vezes na história do clube, uma noite europeia memorável, de forma a garantirem um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões.
No encontro da primeira mão, os reds chegaram ao intervalo a vencer por 2-0, mas o Benfica entrou forte na segunda parte e reduziu por intermédio de Darwin Núñez. A equipa orientada por Nélson Veríssimo encostou os ingleses lá atrás e ninguém teria ficado admirado se as águias tivessem feito o 2-2, mas tal não aconteceu. Perto do fim, Luis Diaz fez o resultado final.
O Benfica vai apresentar-se em Anfield Road na máxima força, já que os sete jogadores que estavam em risco de suspensão, caso vissem amarelo no encontro da primeira mão, não foram admoestados. No lado dos visitados, Jurgen Klopp também conta com as suas principais estrelas e o treinador alemão sabe que a sua equipa não pode facilitar. Basta relembrar que nos oitavos de final o Liverpool venceu fora o Inter Milão, por 2-0, e depois perdeu em casa por 1-0, colocando a passagem aos quartos em perigo.
Além desta derrota frente ao campeão italiano, os ingleses certamente não esquecem o que aconteceu na última vez que o Benfica jogou em Anfield para a Liga dos Campeões: foi em 2006 e os encarnados eliminaram o então campeão europeu nos oitavos de final, com vitórias por 1-0, em Lisboa, e 2-0 no mítico Anfield Road. Se repetir este resultado, o Benfica leva a eliminatória para prolongamento, devido à abolição da regra dos golos fora. De acordo com as odds do site da Betano.pt, os reds são favoritos à vitória.
O Bayen Munique não perdia fora, na Liga dos Campeões, há mais de quatro anos, uma sequência que começou e acabou com equipas treinadas por Unai Emrey. Em 2017, o espanhol estava no comando técnico no PSG, quando derrotou por 3-0 os bávaros, e agora bateu novamente o campeão alemão, por 1-0, em jogo da primeira mão dos quartos de final da prova, com o seu Villarreal. Um golo bastou, logo aos oito minutos por intermédio de Arnaut Danjuma para carimbar a primeira vitória em três encontros dos espanhóis diante do colosso germânico, que ficou em branco pela primeira vez nos últimos 32 encontros disputados na Champions.
“Temos de ser honestos e dizer que foi bom sairmos só com 1-0”, disse o médio do Bayern Joshua Kimmich, após a primeira mão. O treinador Julian Nagelsmann foi pelo mesmo caminho: “Merecemos perder. Não estivemos bem. No primeiro tempo faltou força na defesa e criámos poucas oportunidades. Na segunda parte o jogo esteve muito partido. Perdemos o controlo porque estávamos desesperados por marcar, mas a verdade é que poderíamos ter sofrido mais um ou dois golos”, disse no fim do encontro.
O Villarreal volta aos quartos de final da Liga dos Campeões pela primeira vez desde 2009, enquanto os bávaros vão para a 20ª presença nesta fase da competição. Os dois conjuntos mediram forças na fase de grupos da prova em 2011/12 e os alemães venceram as duas partidas. Nessa temporada, o Bayern Munique chegou à final, a qual foi disputada no seu estádio, mas perdeu frente ao Chelsea.
Recorde-se que o Villarreal chegou às meias da Champions na sua época de estreia, em 2005/06, tendo sido eliminado pelo Arsenal. Três anos depois, voltaram a cair aos pés dos gunners, mas desta feita na ronda anterior. Unai Emery sabe que o Villarreal não vai ter vida fácil na Baviera. “Agora queremos fazer uma grande segunda mão. Precisamos de dar mais um passo em frente, precisamos exigir ainda mais de nós mesmos na tentativa de os eliminarmos.”
Os espanhóis chegaram o grupo das últimas oito equipas da edição deste ano da prova, depois de eliminaram de forma surpreendente a Juventus, arrancando uma vitória por 3-0 em Turim na segunda mão, isto depois de terem empatado a um golo no El Madrigal. Já o Bayern cilindrou em casa o Salzburgo, por 7-1, depois de uma igualdade no encontro da primeira mão na Áustria (1-1). Benfica e Liverpool irão certamente seguir com atenção esta eliminatória, uma vez que o vencedor deste duelo será o adversário de águias ou reds nas meias-finais da Champions.
Pode parecer estranho dizer que a vitória do Real Madrid frente ao Chelsea, na primeira mão dos quartos, foi uma surpresa, já que os merengues são a equipa que mais troféus conquistou (13) na Champions e é sempre candidato a vencer todas as provas em participa, mas sim, vamos dizer isso mesmo: o triunfo espanhol em Stamford Bridge foi uma surpresa, até porque, aconteceu diante do atual campeão europeu, uma equipa sólida e que sofre poucos golos.
Mas quem tem Benzema arrisca-se sempre a ganhar jogos, como bem sabe o PSG e agora o Chelsea. O avançado francês marcou os três golos do triunfo espanhol frente aos blues, que ainda conseguiu reduzir por Kai Havertz. O 3-1 torna difícil a tarefa inglesa no Santiago Bernabéu, mas nada está decidido. Benzema, de 34 anos, apontou os três golos da sua equipa, tal como tinha feito na ronda anterior frente ao PSG. Os dois primeiros surgiram aos 21 e 24 minutos e o terceiro aconteceu aos 46’, depois de um erro grosseiro do guarda-redes Mendy.
O veterano goleador tornou-se desta forma o primeiro jogador a registar um hat trick frente ao Chelsea nas competições europeias. Além disso, juntou-se a Cristiano Ronaldo como os únicos jogadores a apontarem três tentos em dois encontros consecutivos na fase a eliminar da Liga dos Campeões – o internacional português fê-lo em 2017, frente ao Bayern Munique e Atlético Madrid nos quartos de final e meias-finais, respetivamente.
O capitão do Real Madrid passou também a ser o quarto jogador a superar a barreira dos 80 golos (vai em 82) na mais importante prova europeia de clubes, sendo que os outros três ilustres já foram considerados o melhor jogador do mundo – falamos de Robert Lewandowski, Bayern, (85), Lionel Messi, PSG, (125) e Cristiano Ronaldo, Manchester United, (140). Agora com 11 golos apontados na Champions, o numero 9 merengue é também o primeiro jogador francês a chegar a este registo na história da competição numa só temporada.
O resultado alcançado pelo colosso espanhol em Stamford Bridge ganha ainda mais destaque, se tivermos em linha de conta que foi contra uma equipa que é conhecida por defender bem. Em 15 partidas que os blues realizaram na Champions, sob o comando de Thomas Tuchel, em dez delas tinham conseguido manter as redes invioláveis. Além disso, só sofreram sete golos, o que fazia do Chelsea a equipa na competição com melhor rácio de tentos sofridos por jogo – apenas 0,47.
Thomas Tuchel, treinador do Chelsea, revelou que foi difícil rever o jogo. “A quantidade de chocolate de que precisei para aguentar rever o jogo foi imensa. Sentas-te na sala, a meio da noite, e não é muito agradável ver o que vi. Começas a escrever, a escrever, a escrever… e apercebes-te de que cada vez escreves mais e mais, durante cada vez mais minutos, para tentar explicar aquilo que se passou para que não te esqueças. A certa altura, carregas no botão para ver em velocidade duplicada, para que passe mais rapidamente, e, depois, apercebes-te que não estás num bom sítio. A certo ponto, tens de parar e dar uma volta pela cozinha ou pela sala para te acalmares” disse ao Goal.
Por outro lado, Carlo Ancelotti ficou muito satisfeito com a vitória por 3-1 sobre o Chelsea em Londres e teceu rasgados elogios a Karim Benzema. “Cada dia está melhor, como o vinho. A cada dia mostra mais liderança, sente-se mais importante nesta equipa e é isso que marca a diferença. Tem muito mais personalidade. Sabe que é um jogador muito importante e tem um comportamento exemplar para todos”.
Esta foi a primeira vitória do Real Madrid frente ao Chelsea, já que até à primeira mão dos quartos, os dois conjuntos tinham-se defrontado em cinco ocasiões, com os ingleses a registarem três triunfos e dois empates. Segundo as odds da Betano.pt, os merengues são favoritos ao triunfo.
Na primeira mão ambos os conjuntos foram fiéis ao seu ADN: o Manchester City virado para o ataque, já o Atlético Madrid fechado lá atrás. Um golo de De Bruyne aos 70 minutos fez o resultado final, o qual deixa tudo em aberto para a segunda mão.
Não é segredo para ninguém que os cochoneros apostam muito do seu sucesso na solidez defensiva e no lançamento de rápidos contra-ataques, mas frente aos citizens o conjunto liderado por Diego Simeone não efetuou um único remate à baliza de Ederson durante os 90 minutos. Esta postura ultra defensiva dos espanhóis gerou várias críticas, desde Guardiola, aos seus jogadores e a vários comentadores.
“Foi um jogo muito disputado, muito difícil, porque eles são mestres a defender todos juntos, atrás. Jogaram num 5x5x0 durante grande parte da partida. Não havia espaços e para além disso são muito competitivos, muito bons a defender. Na pré-história, hoje e daqui a 100 anos, atacar contra um sistema de cinco defesas e cinco médios é muito difícil. Não temos referências dos avançados deles, que são pequenos e leves. Conseguimos que eles não corressem muito e não concedemos oportunidades de golo. Era uma questão de paciência e o golo do Kevin acabou por chegar”, disse o treinador do City.
Simeone, por seu lado, elogiou o adversário e deixou a receita para a segunda mão.”Jogo difícil, muito difícil, contra uma equipa extraordinária, que joga muito bem e que consegue ser uma grande equipa. Queríamos um jogo renhido e apostar no contra-ataque. No primeiro tempo conseguimos, embora não tenham tido ocasiões de golo. No segundo tempo, quando estávamos mais em perigo, eles encontraram o golo. Eles estão a vencer por 1-0, mas com grande entusiasmo, vamos tentar passar a eliminatória. Eles são possivelmente a melhor equipa do mundo. Mas com humildade vamos competir. Até onde? Até onde pudermos”.
Para seguirem em frente na prova, o Atlético Madrid tem que vencer em casa, algo que ainda não conseguiu fazer na edição deste ano da Champions. Aliás, o clube espanhol tornou-se a na primeira equipa na história da competição a chegar aos quartos de final sem ter vencido qualquer partida diante do seu público. Os comandados de Simeone empataram a zero com o FC Porto e perderam diante do Liverpool (2-3) e AC Milan (0-1) na fase de grupos e nos oitavos empataram a um golo com os red devils.
Antes da primeira mão, City e Atlético nunca se tinham defrontado entre si. Por outro lado, havia registo de três duelos entre Guardiola e Simeone. A primeira vez foi em 2012, em jogo a contar para a liga espanhola e o qual terminou com a vitória do Barça de Pep, por 2-1. Em 2016, nas meias-finais da Champions, e numa altura em que o catalão era treinador do Bayern Munique, os colchoneros eliminaram os bávaros: triunfo por 1-0 em casa e desaire na Alemanha por 2-1 (a regra dos golos fora beneficiou a formação de Madrid). Na final, a equipa de Simeone iria perder com o Real Madrid na marcação de grandes penalidades, isto depois de ao cabo dos 120 minutos o marcador registar um empate a um golo. Os vencedores das eliminatórias entre Real Madrid e Chelsea e Atlético Madrid e Manchester City irão defrontar-se nas meias-finais da prova.