A época 2011/12 foi de alegria suprema para o Manchester City, de Roberto Mancini. Os azuis estavam há anos a apostar em reforços para a equipa e o objetivo era chegar ao tão desejado título da Premier League que fugia desde 1968. Na equipa liderada pelo treinador italiano brilhavam nomes como Joe Hart, Company, Dzeko, Zabaleta, Nasri, David Silva, Balotelli e, claro, Aguero
O poderio do Manchester City começou a ver-se logo no arranque do campeonato. Nas primeiras 14 jornadas, apenas dois empates e a primeira derrota só chegou ao 15º jogo, frente ao Chelsea. Por esse altura, os blues era líderes com dois pontos de vantagem sobre o grande rival, o Manchester United, mas as posição inverter-se-iam mais para a frente.
À entrada para a jornada 33, o United liderava com cinco pontos de vantagem e o título parecia estar bem encaminhado para os homens de Sir Alex Ferguson. Porém tudo mudou nas últimas jornadas.
Depois de apenas uma vitórias nos cinco jogos anteriores e até de ter caído na Liga Europa, frente ao Sporting, o Manchester City arrancou para uma série de seis jogos consecutivos que o levaria ao título. Enquanto so blues venciam jogo atrás de jogo, os United perdeu a vantagem que tinha e à chegada à última jornada era o City quem liderava, mas apenas com vantagem na contagem de golos, havendo um empate pontual.
Na última jornada, o United jogava com o Sunderland e o City recebia o QPR e uma vitória era suficiente para festejar. Mas o jogo não correu de feição à equipa de Mancini. O City até marcou primeiro, mas o Rangers deu a volta ao resultado e aos 90 minutos gahava por 1-2. O United era campeão por essa altura, mas ainda faltam jogar mais cinco minutos. Cinco minutos que ficaram para a história do Manchester City.
Com a época perdida e os adeptos em desespero, o City tentava chegar ao golo de qualquer forma. O golo do empate chegou aos 90+2, por Dzeko. Mas não era suficiente.
O coração jogava mais que a razão e a tensão era evidente, quer no estádio do City, quer em Sunderland, onde o United só esperava pelo final do jogo do rival para festejar.
Ao minuto 94, Aguero recebeu uma bola fora da área e virou-se para a baliza. Fez uma tabela com Balotelli e recebeu a bola já dentro da área. Com um toque afastou um defesa do caminho e fuzilou o guarda-redes adversário. Assim que a bola bateu nas redes da baliza o estádio explodiu de alegria. O Manchester City conseguia o terceiro título da sua história.
Esse momento foi fundamental para o Manchester City na versão que todos hoje conhecemos. Deixou de ser um projecto promissor para passar a ser vencedor. Em 2020, oito anos depois desse momento, soma mais três campeonatos e tornou-se numa referência mais importante que o rival Manchester United. Só a glória europeia continua a fugir à equipa agora liderada por Pep Guardiola.