Esta quinta-feira joga-se a segunda mão da meia-final da Liga Europa e da Liga Conferência, provas em que o futebol italiano é o mais representado, com três clubes entre as oito equipas que se ainda se encontram em competição – destes, a AS Roma de José Mourinho é a melhor colocada para chegar à final, enquanto Juventus e Fiorentina não aproveitaram o fator casa na primeira mão.
Na Liga Europa, o Bayer Leverkusen recebe os romanos, já a Juve viaja até Espanha para medir forças com o Sevilha. Na Liga Conferência, a Fiorentina defronta o Basileia na Suíça, enquanto o AZ Alkmaar joga em casa com o West Ham. Podes apostar nestes grandes jogos no site da Betano.pt e, fica desde já a saber, que a AS Roma e o West Ham são as equipas favoritas à conquista das respetivas competições europeias.
A AS Roma venceu em casa o Bayer Leverkusen, por 1-0, na primeira mão destas meias finais da Liga Europa, com o único golo da partida a ser apontado pelo jovem médio Bove, aos 63 minutos. Rui Patrício, que foi titular neste encontro, alcançou as 67 partidas disputadas nesta competição, o que faz dele agora o jogador com mais presenças na segunda prova mais importante da UEFA.
No final do encontro da primeira mão, José Mourinho elogiou os seus jogadores. “Crédito para os rapazes, com esta mentalidade e desejo. Eles têm empatia, um sentido de responsabilidade para fazerem tudo para deixar os adeptos felizes. [antes do jogo] Tivemos grandes momentos, as pessoas na rua mostraram-nos tanto. Até uma pessoa como eu consegue senti-los por dentro de mim e os rapazes deram grande resposta», começou por dizer o técnico português. “Não foi um jogo fácil, do ponto de vista mental foi difícil. Jogar contra o Leverkusen e manter o foco não é fácil. Foi emocionalmente difícil, mas os rapazes conseguiram vencer a primeira parte”, concluiu.
Os romanos chegam a esta segunda mão na sequência de um empate sem golos em casa do Bolonha e já vão em cinco jogos sem vencer para a Serie A. Mourinho fez várias poupanças neste encontro, deixando de fora jogadores como Rui Patrício, Dybala, Pellegrini, Abraham, entre outros. A três jornadas do fim da liga, os romanos são sextos, com 59 pontos, e estão a seis do rival Lazio, que é quarto e ocupa a última vaga que garante acesso à próxima edição da Champions. No entanto, recorde-se, que a conquista da Liga Europa dá entrada direta na prova milionária de 2023/24. No caso do Bayer Leverkusen, que anunciou esta semana a contratação de Grimaldo, a custo zero, a vida no campeonato também não está fácil, já que a formação orientada por Xabi Alonso é sétima classificada e está fora dos lugares europeus – na última jornada empatou no campo do Estugarda e não vence há três partidas.
Este é o primeiro duelo a eliminar entre os dois conjuntos, isto depois de terem disputado quatro partidas na fase de grupos da Champions, com uma vitória para cada lado e ainda dois empates. Na ronda anterior, a AS Roma esteve muito perto de ser eliminada pelo Feyenoord, mas um golo perto do final levou a decisão para prolongamento e aí os giallorossi foram mais fortes, acabando por vencer por 4-1. A formação de Leverkusen não precisou de sofrer tanto para bater os belgas do Union Saint Gilloise e qualificaram-se para as meias com um agregado de 5-2.
A AS Roma tem tido muitas lesões nos últimos tempos e o treinador português já se queixou várias vezes sobre o facto de ter um plantel curto, o que não permite fazer rotação. Ainda assim, os italianos vão ter as suas principais figuras disponíveis para este encontro, com destaque para Dybala e Pellegrini, ambos com quatro golos apontados nesta prova, e ainda os avançados Abraham e Bellotti. Na baliza, Rui Patrício será, como de costume, o titular. Do lado germânico, os jogadores a ter em atenção são os médios Florian Wirtz e Palacios e no ataque Diaby e Adam Hložek.
Até ao momento, Mourinho tem cinco finais e outros tantos títulos europeus. Duas Liga dos Campeões (FC Porto e Inter Milão), duas Taças UEFA/Liga Europa (com FC Porto e Manchester United) e, mais recentemente, uma Liga Conferência, com a AS Roma, na temporada anterior. José Mourinho foi desta forma o primeiro treinador de sempre a conduzir cinco equipas diferentes a finais de provas europeias e agora vai atrás da sexta final, mas primeiro tem que ultrapassar o Bayer Leverkusen, treinado pelo espanhol Xabi Alonso, seu antigo jogador no Real Madrid. Os alemães ainda procuram o primeiro título europeu, após terem perdido as finais da Taça UEFA em 1988 e da Liga dos Campeões em 2002.
Nesta meia final defrontam-se duas equipas que se encontram no melhor momento da época. A Juventus, que recentemente recuperou os 15 pontos que um tribunal lhe tinha subtraído, devido a irregularidades financeiras, encontra-se no segundo lugar da Serie A, já o Sevilha, desde a entrada do novo treinador, o espanhol José Luis Mendilibar, há cerca de um mês, tem subido na tabela classificativa, isto depois de ter andado durante muito tempo próximo dos lugares de despromoção. Ainda assim, os sevilhanos são apenas décimos, muito longe das posições que têm ocupado nas últimas temporadas e só através da conquista da Liga Europa é que poderão marcar presença nas competições europeias da próxima época, mais concretamente, na Champions.
Na primeira mão, disputada em Turim, o Sevilha foi claramente superior e adiantou-se no marcador aos 26 minutos por Youssef En-Nesyri e dispôs de várias ocasiões de golo para dilatar a vantagem. Quando parecia que os espanhóis iam rumar a casa com um triunfo forasteiro, a Juve empatou aos 90+7, na última jogada do desafio, por intermédio de Gatti.
O treinador da Juventus, Massimiliano Allegri, considerou justo o empate. “Cometemos erros nos últimos 30 metros, e na primeira transição rápida sofremos o golo. Tivemos de ter mais cuidado. Mas pela segunda parte da equipa, uma boa segunda parte, o resultado é merecido. Nada tenho a censurar aos ‘rapazes’. Sabíamos das dificuldades do jogo, começámos bem, mas depois vieram alguns erros no passe lá na frente. Na primeira parte, o jogo até nos estava a correr bem até ao golo deles. Mas estivemos bem a evitar sofrer um segundo. Nada tenho a apontar ou censurar aos meus ‘rapazes’, apesar de não terem rematado muito à baliza contrária. Vamos a Sevilha para garantir um lugar na final”, disse o italiano, que não vai poder contar com Pogba, que se lesionou no último fim de semana, na vitória diante da Cremonese, por 2-0.
A Juventus, que conta no currículo com dois títulos de campeão europeu (1985 e 1996) e três Taças UEFAS (1977, 1990, 1993), está sem vencer uma competição europeia desde 1996 e é a equipa com mais finais perdidas na Champions, com sete. Por outro lado, o Sevilha é o rei da Liga Europa, com quatro títulos, aos quais junta mais dois quando a competição chamava-se Taça UEFA.
Para chegarem às meias da prova, os bianconeri, que caíram da Liga dos Campeões para esta competição, bateram o Nantes (4-1 no agregado), Friburgo (3-0) e Sporting (2-1), enquanto os espanhóis derrotaram o PSV Eindhoven (3-2 no agregado), Fenerbahçe (2-1), de Jorge Jesus, e Manchester United (5-2).
Antes desta eliminatória, Juve e Sevilha já mediram forças em quatro ocasiões, todas na fase de grupos da Liga dos Campeões, com a vecchia signora a registar duas vitórias, uma derrota e um empate. Os italianos contam com o bom momento de Rabiot e Di Maria, enquanto no ataque Vlahovic, apesar da época discreta, é sempre uma ameaça para as balizas contrárias. Nos forasteiros, destaque para Rakitic, Ocampos e Youssef En-Nesyri, este último o homem golo dos andaluzes esta época.
Nas meias-finais da Liga Conferência, que vai na sua segunda edição, os ingleses do West Ham e os italianos da Fiorentina são favoritos nos respetivos encontros desta ronda, isto apesar de jogarem fora de casa.
Os londrinos viajam até aos Países Baixos, para medir forças com o AZ Alkmaar, com uma vantagem de 2-1 trazida da primeira mão, enquanto os viola têm que dar a volta ao resultado negativo averbado em Florença (1-2) diante do Basileia, neste segundo encontro da eliminatória.