Terça-feira, dia 13 de dezembro, às 19h, Argentina e Croácia disputam a primeira meia-final do campeonato do mundo do Catar. Os sul-americanos vão atrás da sexta presença na final da prova e do terceiro título de campeão, depois das conquistas de 1978 e 1986. Já os croatas querem repetir a final de 2018, quando perderam no jogo decisivo com a França, na Rússia, por 4-2. Podes apostar neste grande jogo no site da Betano.pt e fica desde já a saber que Messi e companhia são favoritos à vitória, mas Modric e colegas de equipa têm uma certamente uma palavra a dizer neste duelo que promete ser intenso.

Quartos dramáticos superados nas grandes penalidades

Argentina e Croácia não tiveram vida fácil nos quartos de final da competição e ambos os conjuntos só garantiram um lugar nas meias da prova depois se superiorizarem aos adversários na marcação de grandes penalidades. Os sul-americanos ultrapassaram os Países Baixos, enquanto a Croácia eliminou o favorito Brasil.

Os comandados de Scaloni só se podem culpar a si mesmo, porque entraram a vencer por 2-0 nos últimos dez minutos da partida, com golos de Molina, aos 25’, e de Messi aos 73’, só que dois golos de Weghorst (aos 83’ e aos 90+11’) levaram a decisão da partida para o prolongamento.

 Como a igualdade se manteve, seguiram-se as grandes penalidades e os sul-americanos foram mais fortes, com Emiliano Martinez a defender os dois primeiros pénaltis, o que deu logo uma vantagem importante para a sua equipa. Enzo Fernandez, do Benfica, foi o único argentino a falhar, mas a seleção das pampas garantiu a passagem às meias, vencendo por 4-3.  Esta foi a quinta vez em seis ocasiões que a Argentina leva a melhor num jogo de um campeonato do mundo na marcação de grandes penalidades, o máximo registado na história da prova.

Do lado croata, a equipa esteve quase a fazer as malas de regresso a casa. Depois de um nulo ao cabo dos 90 minutos, Neymar deu vantagem à canarinha a fechar a primeira parte do prolongamento, mas a três minutos do fim do tempo regulamentar, Petkovic restabeleceu a igualdade, num lance em que o Brasil facilitou na defesa. A canarinha é a primeira seleção na história da competição a ser eliminada depois de estar a ganhar no prolongamento.

Na marcação de grandes penalidades, Rodrygo e Marquinhos falharam para os sul-americanos, enquanto do lado europeu todos converteram as suas tentativas. O guarda-redes croata Livakovic, com mais uma defesa, depois das três que tinha realizado no desempate na ronda anterior com o Japão, tornou-se no “keeper” com mais penalidades defendidas na história da competição.

Recorde-se que nos oitavos, a Argentina venceu a Austrália por 2-1, já os croatas bateram nos pénaltis o Japão, depois de uma igualdade a um golo ao cabo de 120 minutos. Na fase de grupos, os sul-americanos venceram o Grupo C, com duas vitórias e uma derrota, enquanto a seleção europeia ficou em segundo no F, atrás de Marrocos.

Argentina sempre no caminho das boas prestações croatas

A formação argentina tem um longo historial nos campeonatos do mundo, com dois títulos (1978 e 1986) e três finais perdidas (1930, 1990 e 2014), por outro lado, os croatas, uma nação que só surgiu depois do fim da antiga Jugoslávia, conta com seis participações nas fases finais da prova e o balanço é positivo. Se é verdade que em três ocasiões não passou a fase de grupos, quando o fez, bem, foi longe na prova. 

Em 1998, numa equipa que contava com Suker, Prosinecki, Boban, entre outras estrelas, a Croácia foi terceira classificada e, em 2018, chegou à final tendo perdido com a França por 4-2. Agora, em 2022, volta a chegar às meias-finais e quer repetir, pelo menos, a presença no jogo decisivo de há quatro anos. Curiosamente, nestas três campanhas de sucesso, a Argentina surge sempre no caminho dos croatas. Em 1998, os sul-americanos venceram por 1-0, mas em 2018 sofreram pesada derrota (3-0) – ambas as partidas foram na fase de grupos da competição. 

Agora, em 2022, é a primeira vez que se defrontou num jogo a eliminar, sendo que o favoritismo recai para Messi e companhia, no entanto, o conjunto europeu conta no currículo com várias eliminações de campeões do mundo aos seus pés. Em 1998, venceu a Alemanha, por 3-0, em 2002 bateu a Itália, por 2-1, e em 2018 derrotou, como já referimos em cima, a Argentina, por 3-0, e a Inglaterra, por 2-1. 

Os croatas já provaram que são um osso duro de roer, ou não tivessem disputado oito prolongamentos nos últimos nove jogos a eliminar em campeonatos do mundo. Em 2018, na caminhada até à final, venceram nos oitavos e nos quartos na marcação de grandes penalidades e nas meias bateram os ingleses no prolongamento. No Catar, derrotaram Japão nos oitavos e Brasil nos quartos, ambos também nos pénaltis. O que quer dizer que nas últimas quatro ocasiões que tiveram que decidir um jogo no desempate por grandes penalidades, os croatas venceram sempre.

No onze croata, destaque para o trio do meio-campo, composto por Modric,de 37 anos e principal figura da equipa, Brozovic e Kovacic, e que dão um toque de classe a toda a ação ofensiva da equipa. Para o duelo com a Argentina, Petkovic, que entrou para marcar o golo contra o Brasil no prolongamento, deve ser titular no lugar de Kamaric. Na baliza, Livakovic vai ser um muro difícil de ultrapassar para Messi e companhia, ele que contra o Brasil fez nove defesas durante o jogo, muitas delas de grau de dificuldade elevado.

A última oportunidade de Messi?

Jorge Valdano, campeão do Mundo em 1986 pela Argentina ao lado de Diego Maradona, abordou nestes dias as exibições de Lionel Messi no campeonato do mundo. “Messi está a mostrar a essência do futebol, está mais ligado do que nunca com todos e está a mostrar o caráter que sempre teve. Está ‘maranodeando’ neste Mundial”, disse. E de facto Messi tem estado em grande plano, contando já com quatro golos, a um do líder Kylian Mbappé, aos quais junta ainda duas assistências, uma delas incrível, no encontro dos quartos de final com os Países Baixos.

Sem o fulgor físico de outros tempos, Messi, de 35 anos, parece estar muitas vezes escondido do jogo, mas quando recebe a bola no pé tudo pode acontecer, como se tem visto na edição deste ano da prova. A caminhar a passos largos para o fim da carreira, esta pode ser a última oportunidade de vencer um campeonato do mundo, depois da final perdida em 2014, diante da Alemanha. 

Aliás, Messi tem um historial de finais perdidas com a camisola das pampas, sequência essa que terminou na última edição da Copa América, quando a Argentina venceu na final o Brasil, quebrando assim um jejum de 28 anos sem títulos. Além do campeonato do mundo de 2014, o astro argentino perdeu ainda três finais da Copa América – 2007, 2015 e 2016.

Para este jogo, Scaloni não pode contar com o lateral esquerdo Acuna, ex-Sporting, suspenso, mas já terá Di Maria a cem por cento, caso o queira utilizar de início. Os benfiquistas Otamendi e Enzo Fernandez devem manter o lugar no onze, ficando por saber qual será o ponta de lança de serviço, se Julian Alvarez ou Lautaro Martinez.

Quem será mais forte: Argentina ou Croácia?

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