Faz esta segunda-feira, 6 de abril, 10 anos que Leo Messi arrumou, sozinho, com o Arsenal de Arsène Wenger. O argentino dominou a partida e marcou quatro golos em plenos quartos de final da Liga dos Campeões.
Para perceber este feito de Messi é preciso, primeiro, colocar o Arsenal em contexto de 2010. Esta era uma grande equipa liderada por Arséne Wenger, ainda longe dos tempos de declínio dos londrinos. O onze dos ingleses contava como jogadores como Sagna, Rosicky, Nasri, Walcott ou Bendtner. A campanha na Liga dos Campeões estava a ser interessante e até tinha eliminado o FC Porto nos oitavos de final, com uma vitória de 5-0 em casa.
O jogo da primeira-mão em Londres foi emocionante, terminando com um empate a dois golos. Ibrahimovic marcou os dois golos do Barcelona, que chegou a uma vantagem de 0-2, mas o Arsenal reagiu e empatou nos últimos 20 minutos, graças a golos de Walcott e Fabregas.
Em Barcelona o jogo nem começou nada bem para os espanhóis. Bendtner, avançado dinamarquês do Arsenal, marcou primeiro, aos 18 minutos, e lançou um jogo que – todos pensavam na altura – seria equilibrado. Longe disso.
O espectáculo de Messi começou pouco depois. Aos 21 minutos o argentino fazia o empate, com um remate forte à entrada da área. Aos 37 minutos consumava a reviravolta no marcador com um golo de pé direito, dentro da área. O terceiro golo, ainda antes do intervalo, foi um lance de génio, com Messi a picar a bola por cima de Almunia, aos 42 minutos de jogo. O póquer do argentino consumou-se aos 88 minutos, quando fez o 4-1 para o Barça. Quatro golos que dizimaram o Arsenal.
O Barcelona parecia lançado para a conquista da Liga dos Campeões, mas na meia-final teve pela frente o Inter, de José Mourinho. O jogo da primeira-mão ficou para a história. Os italianos bateram por 3-1 aquela que muitos consideravam uma equipa imbatível. Depois, em Camp Nou, o Barça venceu por 1-0, resultado insuficiente para seguir para a final. Essa seria ganha por José Mourinho, com o seu Inter Milão a bater o Bayern Munique por 2-0.