Neste próximo fim de semana realiza-se a última jornada das ligas domésticas, antes do arranque do Campeonato do Mundo, o qual tem início no dia 20 de novembro e cuja final disputa-se a 18 de dezembro. Com isto em mente, é uma boa altura para dar destaque às surpresas dos principais campeonatos do “Velho Continente” e todos eles têm tido clubes que estão acima das expetativas. Se em Inglaterra, Itália, França e Espanha, o destaque vai para uma equipa, na Alemanha esse reconhecimento tem que ser dividido entre dois emblemas. Como de costume, podes apostar em todos os jogos das jornadas das principais ligas no site da Betano.pt.
Newcastle dos bons velhos tempos
É um histórico do futebol inglês e, antes de ter sido comprado pelo Public Investment Fund, liderado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, a meio da temporada passada, o Newcastle andava sempre pelos últimos lugares da Premier League, tendo mesmo descido de divisão em 2015/16.
Muitos não se recordam, mas nos anos 90 o Newcastle terminou em mais do que uma ocasião em segundo lugar, sob o comando técnico de Kenny Dalglish, e, depois disso, na viragem do século, com Bobby Robson, foi uma vez terceiro e outra vez quarto classificado.
Agora, com Eddie Howe no leme da equipa, os magpies estão a ser a grande surpresa da liga inglesa, ocupando o o último lugar do pódio, com 27 pontos, a cinco do Manchester City e a sete do líder Arsenal – curiosamente, todas as equipas têm apenas uma derrota na prova.
O Newcastle apresenta ainda a defesa menos batida do campeonato (11 golos), juntamente com o Arsenal, e tem o terceiro melhor ataque (28 golos), só superado pelos gunners e citizens. Miguel Almiron, com oito golos e que finalmente explodiu sob as ordens de Eddie Howe, é o melhor marcador da equipa, à frente de Callum Wilson (seis) e Bruno Guimarães (três) – este último é o principal craque do clube do norte de Inglaterra.
Este fim de semana a equipa sensação Premier League tem um duro teste, quando receber o Chelsea, sétimo classificado, no sábado, dia 12 de novembro, às 17h30, e que não ganha há quatro jornadas. Perante o seu público, os magpies têm quatro vitórias e três empates (um deles contra o Manchester City por 3-3, num jogo em que estiveram a vencer por 3-1), já os blues, longe de Stamford Bridge, registam três vitórias, um empate e três desaires. Na última temporada, os londrinos bateram facilmente este adversário por 3-0 no mítico St James Park e, no total de confrontos entre os dois emblemas na casa do Newcastle, em partidas da liga inglesa, os forasteiros apresentam melhor saldo: 35 triunfos para Chelsea, 19 para os visitados e ainda 16 empates.
De ambos os lados há vários ausentes, com destaque para Kepa, Kanté, Reece James, Ben Chilwell nos blues e Isak e Matt Ritchie no Newcastle. Fica a ainda a saber que a equipa da casa está melhor cotada para vencer a partida, isto tendo em conta as odds da Betano.pt.
Nápoles acima de todos os outros
Já começam a faltar elogios para descrever a época sensacional que o Nápoles está a realizar em Itália. Se é verdade que nos últimos anos tem andado lá por cima, terminando várias vezes em segundo lugar, nas épocas em que a Juventus acumulou títulos de campeão, a atual liderança isolada, e já com uma boa folga pontual para os mais diretos rivais, não estaria nas previsões nem do mais otimista adepto napolitano – e convém recordar que o clube não é campeão desde 1989/90, na altura em que Maradona estava no auge da sua carreira.
Ao cabo de 14 jornadas, a equipa comandada por Luciano Spalletti soma 12 vitórias e dois empates e forma, juntamente com Benfica e PSG, o grupo com as únicas equipas ainda invictas nas principais ligas europeias. Neste momento, e com 38 pontos, os napolitanos têm mais oito que Lazio e AC Mlian, dez que a Juventus e onze que o Inter Milão e Atalanta.
As duas igualdades que regista até ao momento aconteceram diante da Fiorentina e do Lecce, na terceira e quarta jornada, respetivamente, e depois disso a formação napolitana iniciou uma sequência de dez vitórias consecutivas, a qual pode chegar aos onze triunfos, caso vença no sábado, dia 12 de novembro, a Udinese, do português Beto, com o apito inicial a estar marcado para as 14h.
O histórico favorece o conjunto da casa, já que o Nápoles venceu o emblema de Udine 26 vezes e perdeu apenas quatro confrontos – registaram-se ainda 11 empates. Na última temporada, por exemplo, os napolitanos ganharam os dois duelos da Serie A: em casa por 2-1 e fora por 4-0. Em 2020/21, goelaram mesmo a Udinese no Sao Paolo, por 5-1 e só não derrotaram este adversário uma vez nos dez confrontos mais recentes a contar para o campeonato.
Depois de um arranque promissor, a Udinese chega a este encontro numa sequência de seis jogos sem ganhar, nos quais empatou cinco e perdeu apenas um – em casa com o Torino, por 2-1. Ainda assim, encontra-se em oitavo lugar, mas apenas a três pontos dos lugares que dão acesso à próxima edição da Liga dos Campeões.
Victor Osimhen (oito golos) e Khvicha Kvaratskhelia (seis golos e cinco assistências) têm sido as principais figuras da formação comandada por Luciano Spalletti, enquanto nos forasteiros o português Beto, com seis golos, é o melhor marcador da equipa. Já as seis assistências de Deulofeu colocam-no em segundo lugar deste ranking, só atrás de Milinković-Savić, da Lazio, com sete passes certeiros para golo. Segundo as odds da Betano.pt, o Nápoles é favorito à vitória neste encontro.
Lens em busca da glória perdida
Em 2019, Franck Haise trocou a equipa B do Lens pelo comando técnico da formação principal do clube, numa altura em que o histórico emblema francês militava no segundo escalão. Em 2019/2020, o Lens, com Haise no banco, acabou em segundo lugar e garantiu a subida à Ligue 1, cinco anos depois de ter sido despromovido.
Em 2020/21 e 2021/22, o clube acabou a competição no sétimo lugar, posição só superada pelo quinto lugar de 2006/07, pelo quarto posto de 2005/06 e pelo vicecampeonato em 2001/02, isto se tivermos em linha de conta os últimos 20 anos. O ponto alto do palmarés do Lens foi o título conquistado em 1997/98, o único do seu historial, e sob as ordens de Daniel Leclercq, falecido em 2019.
Esta temporada, e à entrada para a 15ª ronda, o Lens de Franck Haise é segundo classificado, só atrás do poderoso PSG. Tem dez vitórias, três empates e uma derrota, e menos cinco pontos que o líder. Apresenta ainda a defesa menos batida da liga, juntamente com os parisienses, e tem o sexto melhor ataque.
A única derrota no campeonato aconteceu diante do Lille, a 9 de outubro, por 1-0,e depois desse jogo seguiram-se quatro triunfos consecutivos, sequência que vai ser posta à prova este sábado, às 16h, diante do Clermont, décimo classificado, e que não vence há quatro partidas. Os forasteiros subiram ao escalão principal do futebol gaulês a temporada passada e foi por pouco que não voltaram a descer, terminando a época no último lugar acima da linha de água.
Estas duas formações só se defrontaram uma vez na Ligue 1, no estádio do Lens, e nesse jogo a equipa da casa venceu por 3-1. Quando ambas as formações militavam no segundo escalão, defrontaram-se em mais nove ocasiões, com quatro vitórias para o Lens, um triunfo para o Clermont, e ainda há registo de quatro empates.
As principais figuras do Lens têm sido o médio Seko Fofana, cujo passe está avaliado em 30 milhões de euros e tem sido associado ao Liverpool, além dos avançados Lois Openda (sete golos) e Florian Sotoca (seis golos e quatro assistências). No plantel de Franck Haise destaque ainda para a presença do jovem jogador português David Costa, de 21 anos, internacional sub-21, e que conta com um golo e 14 presenças na liga francesa.
Union Berlin e Friburgo só atrás do super Bayern Munique
Num campeonato em que o campeão não muda de nome há dez épocas e os seus principais rivais quase sempre os mesmos, com Borussia Dortmund e Leipzig a serem aqueles que mais luta tentam dar ao todo poderoso Bayern Munique, esta primeira volta da Bundesliga tem duas surpresas: Union Berlin e Friburgo, ambas com 27 pontos e a quatro dos bávaros, que chegaram à liderança da prova há duas rondas, na sequência de dois deslizes do emblema da capital.
O Union Berlin subiu pela primeira vez à Bundesliga em 2019 e tornou-se o 34º emblema a passar pelo lugar cimeiro da competição ao longo da sua história. O clube da capital, que conta no plantel com o português Diogo Leite, tem melhorado ano após ano a sua classificação final: na última época terminou em quinto lugar, em 2020/21 foi sétimo e em 2019/20 décimo primeiro. A jogar em casa, o Union Berlin já venceu o Borusia Dortmund (2-1) e o Leipzig (2-1) e empatou com o Bayern Munique (1-1). Neste próximo fim de semana defronta o Friburgo, um jogo que em caso de vitória para alguns dos lados, significa que essa equipa isola-se no segundo lugar do campeonato.
O Friburgo passou pelo segundo escalão em 2015/16, assegurando a subida à Bundesliga para a época seguinte. Desde então, a melhor classificação registada foi um sexto lugar em 2021/22, mas ao longo da sua história já conseguiu terminar no terceiro posto terceiro uma vez, mais concretamente, em 1994/95, ano em que o Borussia Dortmund foi campeão e o Bayern quedou-se pela sexta posição.
Até ao momento as duas equipas defrontaram-se em seis partidas a contar para a Bundesliga, com uma ligeira supremacia para o Union Berlin, que tem três triunfos, contra apenas uma vitória do Friburgo – registaram-se ainda dois empates. Na última temporada, o clube da capital goelou o rival na casa deste, por 4-1, sendo que na primeira volta houve empate sem golos em Berlim.
O Friburgo chega e este duelo na sequência de um desaire forasteiro diante do Leipzig, por 2-1, já o Union Berlin empatou em casa com o Augsburg, a dois golos, e na ronda anterior, ainda como líder, foi goleado no terreno do Bayer Leverkusen por 5-0, naquela que foi a derrota mais pesada sofrida por um líder da Bundesliga na história da competição.
Becker, com sete golos, no Union Berlin, e Grifo, com seis, no Friburgo, são os melhores marcadores das respetivas formações e têm estado em bom plano, bem como o médio Haberer nos forasteiros e Gregoritsch no conjunto da casa. De realçar ainda que o Friburgo terá dois jogadores na seleção alemã que vai disputar o Campeonato do Mundo e são ambos defesas: Matthias Ginter e Christian Gunter foram convocados por Hans Flick. Para concluir, fica a saber também que de acordo com as odds da Betano.pt a equipa da casa é favorita à vitória.
Athletic Bilbao outra vez no bom caminho
A liga espanhola, ao contrário das outras, já “meteu férias” a pensar no Campeonato do Mundo, tendo se realizado a última jornada a meio da semana, antes da paragem por causa da competição de seleções. Desta forma, já ninguém rouba o quarto lugar ao Athletic Bilbao até 30 dezembro, dia que se volta a jogar a competição.
Estamos perante o único clube, juntamente com Real Madrid e FC Barcelona, que nunca desceu de divisão e, tendo em conta as limitações conhecidas que tem na contratação de jogadores (só jogam bascos ou jogadores com ascendência basca no Athletic Bilbao), esse registo ainda mais impressionante se torna.
Para se ter noção deste feito, equipas como Atlético Madrid, várias vezes campeão espanhol, já passou pela segunda divisão, bem como o Valência, outra formação que conta com títulos no palmarés. O emblema basco ocupa atualmente o quarto lugar, a dois pontos do vizinho Real Sociedad, que é terceiro, e está numa posição que dá acesso à próxima Liga dos Campeões.
Sob o comando técnico de Ernesto Valverde, que vai na sua segunda passagem pelo banco do Athletic Bilbao – pelo meio treinou o FC Barcelona durante três temporadas -, o histórico clube espanhol tem vivido muitos altos e baixos nos últimos anos, no que se refere a classificações finais. Em 2021/22 conseguiu ser oitavo, mas nas temporadas anteriores foi 10º e 11º. Em 2017/18 terminou, por exemplo, em 16º e em 2007/08 correu mesmo o risco de ser despromovido pela primeira vez na sua história – acabou em 17º, apenas um ponto acima da linha de água.
O Athletic Bilbao não só nunca desceu de divisão, como é a equipa “pequena” com mais títulos de campeão no seu historial (oito), atrás dos grandes Real Madrid, com 35, FC Barcelona, com 26, e Atlético Madrid, com 11. A última que vez que acabaram em primeiro já foi, no entanto, há quase 30 anos, na temporada 1983/84, na altura com Javier Clemente como treinador da equipa. Depois desse título, a melhor classificação alcançada foi um segundo lugar em 1997/98, sob o comando técnico de Luis Fernández, numa equipa em que as principais estrelas eram Julen Guerrero, Joseba Etxeberria e Ismael Urzaiz.
Na equipa atual, os craques são os irmãos Willams, Inaki e Nico, filhos de pais ganeses, e que são os goleadores de serviço da equipa, juntamente com Guruzeta. No meio-campo, Ander Herrera e Raul Garcia contribuem com a sua veterania e experiência, enquanto na defesa, Yeray e Inigo Martinez são os pilares do setor mais recuado. Na baliza, Unai Simon, guarda-redes titular da seleção espanhola, contribui com defesas impossíveis para manter a equipa na senda dos bons resultados.