Aí está o Open da Austrália, primeiro torneio do “Grand Slam” de 2023 e que decorrerá entre 16 e 29 de janeiro no Melbourne Park. Podes apostar jogo a jogo ao durante a competição no site da Betano.pt e também no mercado de longo prazo, com Novak Djokovic a ser apontado como claro favorito no setor masculino e Iga Swiatek a ter as odds mais favoráveis como vencedora em femininos, também a larga distância das concorrentes.

Refira-se que existem três ausências de peso nesta edição do Open da Austrália. Em masculinos, o número 1 mundial, Carlos Alcaraz, falha o torneio devido a uma lesão na perna direita. Em femininos, Naomi Osaka, duas vezes campeã do Open da Austrália (2019 e 2012) anunciou a desistência, a uma semana do início da competição, por estar grávida. Já a norte-americana Venus Williams (nunca venceu o Open da Austrália, tendo sido finalista vencida em 2003 e 2017), fica de fora devido a lesão sofrida recentemente num torneio em Auckland.

Nadal e Djokovic em luta titânica

A edição de 2022 do Open da Austrália consagrou Rafael Nadal como grande vencedor em masculinos (bateu na final o russo Daniil Medvedev), naquele que foi o 21º título do Grand Slam para o espanhol, ele que depois ainda venceu o torneio de Roland Garros em 2022. Nadal que lidera a tabela dos melhores de sempre, com 22 troféus do Grand Slam, à frente de Novak Djokovic (21) e Roger Federer (20). Ou seja, poderá eventualmente distanciar-se do sérvio ou este poderá porventura igualá-lo como maior vencedor, totalizando os principais quatro torneios mundiais (Open da Austrália, Roland Garros, Open dos Estados Unidos e Wimbledon).

Djokovic, de 35 anos, é apontado como o grande favorito à vitória no Open da Austrália, ele que já ganhou este torneio em nove ocasiões. Mas poderá não ser assim tão simples (já lá vamos). O sérvio, quinto classificado no ranking ATP, aparentava estar em forma, pois no último dia 8 de janeiro conquistou o 92º título da carreira (igualando Nadal como quarto colocado em troféus ATP) e logo na primeira prova em que participou em 2023, o ATP 250 de Adelaide 1, na Austrália. 

Numa final dramática, levou a melhor sobre o norte-americano Sebastian Korda (número 33 no ranking) por 6-7(8), 7-6(3) e 6-4, ao fim de três horas e 9 minutos, depois de ter chegado a salvar um match point. Refira-se que na lista total de troféus Nadal e Djokovic só veem agora à frente Ivan Lendl (94 troféus), Roger Federer (103) e Jimmy Connors (109).

“Não podia desejar uma melhor preparação para o Open da Austrália. Adoro jogar aqui e o court do Open da Austrália é o meu favorito, pois em nenhum outro tive tantas vitórias”, referiu Novak Djokovic quando chegou ao país no início de 2023. No entanto, o cenário entretanto mudou no dia 11 de janeiro, durante um treino aberto com Daniil Medvedev na Rod Laver Arena. O sérvio teve de ser assistido pela sua equipa médica várias vezes e a sessão durou apenas 35 minutos, em vez dos 75 previstos. Novak padece de uma lesão  muscular na coxa esquerda, restando saber se vai aparecer a 100 por cento para tentar chegar à 10ª conquista em Melbourne.

O irmão expulso e a deportação de 2022

Há sempre histórias de Djokovic para contar e a mais recente foi um momento insólito na final do ATP 250 de Adelaide. Depois de perder o primeiro set, apontou na direção da sua box e gritou algumas palavras. Poucos segundos depois, o seu irmão Marko Djokovic e o seu agente levantaram-se e abandonaram o court. E foi já depois de “expulsar” o agente e o irmão que Novak deu a volta, acabando por chegar ao triunfo.

Recorde-se que em 2022 Djokovic não pôde participar no Open da Austrália, pois as autoridades locais recusaram conceder-lhe o visto de entrada, pois não estava vacinado contra a Covid-19, tendo acabado por deportá-lo. “O que se passou há um ano não foi fácil de digerir durante um tempo e não consigo esquecer o que aconteceu. É daquelas coisas que fica contigo para sempre e espero nunca mais vir a passar por algo semelhante. No entanto, voltar cá diz muito do quanto eu gosto deste país e de jogar aqui”, sublinhou.

Nadal promete dar luta

Rafael Nadal (número 2 mundial e que só em 2022 se estreou a ganhar o Open da Austrália) é apontado como o segundo favorito, de acordo com as odds do site da Betano.pt, e chega ao torneio poucas semanas depois de anunciar a separação do seu treinador Francisco Roig, após 18 anos de trabalho em conjunto. Carlos Moyá e Marc López continuam na equipa técnica que foi reforçada pelo argentino Gustavo Marcaccio. Nadal mostra-se confiante. “Treinei bastante, penso que estou em muito boa forma e tenho as minhas hipóteses em revalidar o título. Porque não?”, atira.

Os outros grandes favoritos ao triunfo em Melbourne são Daniil Medvedev (número 8 do ranking ATP) e Nick Kyrgios (21º do ranking). Ambos procuram ganhar este Grand Slam pela primeira vez e o australiano vai tentar aproveitar o fator-casa.

Sublinhe-se que o sorteio colocou Rafael Nadal e Novak Djokovic em potes diferentes e ambos só poderão defrontar-se na final. O espanhol estreia-se com o britânico  Jack Draper (número 40 do ranking ATP) e o sérvio com Roberto Carballes Baena (75º do ranking), compatriota de Nadal.

Haverá dois tenistas portugueses em ação na primeira ronda, com João Sousa (número 82 mundial) a defrontar o espanhol Roberto Batista Agut (26º do ranking ATP), enquanto Nuno Borges (112º mundial) vai jogar com o italiano Lorenzo Sonego (44º mundial). Gastão Elias, recorde-se, foi eliminado no ‘qualifying’. João Sousa também vai competir em pares, em parceria com Francisco Cabral.

Iga Swiatek indiscutível favorita em femininos

No setor feminino, a vitória em Melbourne no ano de 2022 coube a Ashleigh Barty, australiana que jogava em casa e que desfeiteou a norte-americana Danielle Collins na final. Recorde-se que logo depois desse grande triunfo Barty colocou um ponto final na carreira.

Australia

A indiscutível favorita ao triunfo em Melbourne é a  polaca Iga Swiatek, líder do ranking WTA. E nem poderia ser de outra forma, depois de ter protagonizado um ano de 2022 absolutamente fabuloso, ao vencer  oito torneios, entre os quais Roland Garros e o Open dos Estados Unidos. Em abril tornou-se a primeira polaca a assumir a liderança do ténis mundial e não mais deixou esse posto. De resto, foi eleita desportista do ano pelas agências de notícias europeias, à frente do sueco Armand Duplantis (recordista mundial do salto com vara) e do piloto de Fórmula 1 Max Verstappen.

No entanto, Iga Swiatek, de apenas 21 anos, chega a Melboune depois de ter sofrido uma derrota clara nas meias-finais da United Cup diante de Jessica Pegula, terceira classificada do ranking WTA. E no final desse encontro não escondeu a frustração, desfazendo-se em lágrimas. Resta saber se em caso de reencontro no Open da Austrália, Jessica Pegula irá voltar a superiorizar-se a Iga Swiatek ou se esta vai puxar dos galões de número 1 mundial.  Pegula é apenas a quinta favorita ao triunfo na Austália de acordo com as odds do site da Betano.pt, atrás de Iga Swiatek, Aryna Sabalenka, Caroline Garcia e Ons Jabeur. Refira-se que a vice-campeã Danielle Collins é apenas 13ª na lista de candidatas.

Refira-se que o sorteio não foi particularmente simpático para Iga Swiatek: na primeira ronda defronta Jule Niemeier, jovem estrela alemã em ascensão e na terceira jornada poderá ter pela frente a canadiana Bianca Andreescu, ex-vencedora do Open dos Estados Unidos e que promete ser um osso bem duro de roer.

Prémio