Abram alas para o Open da Austrália, o primeiro torneio do Grand Slam de 2024, que vai decorrer entre 14 e 28 de janeiro no Melbourne Park. De acordo com as odds do site da Betano.pt, Novak Djokovic, recordista em vitórias nos torneios do Grand Slam (24) é o grande favorito ao triunfo final, a larga distância de Carlos Alvárez, seguindo-se Jannik Sinner e Daniil Medvedev. Como habitualmente, podes apostar em todos os jogos da competição no site da Betano.pt, bem como no vencedor final, no mercado de longo prazo. 

Djokovic, de 36 anos, parte à conquista do seu 11º triunfo em Melbourne, um recorde neste Grand Slam, ele que nunca perdeu uma final em Melboune. Ganhou as edições de 2008, entre 2011 e 2013, em 2015 e 2016, bem como entre 2019 e 2021, e ainda em 2023. Nesta última, derrotou no jogo decisivo o grego Stefanos Tsitsipas pelos parciais de 6-3, 7-6 e 7-6, isto apesar de ter competido durante todo o torneio com uma lesão numa perna.

Recorde-se que na edição de 2022 Novak Djokovic foi deportado da Austrália, poucos dias antes do início do torneio, numa edição que consagrou Rafael Nadal como o vencedor. O governo australiano baseou a decisão “por motivos de saúde e boa ordem”, uma vez que Djokovic não se tinha vacinado contra a Covid-19.

No entanto, apesar do seu favoritismo para a edição de 2024, Novak Djokovic sofreu surpreendente derrota a 3 de janeiro, frente a Alex de Minaur, na United Cup, por duplo 6-4, naquele que foi o seu primeiro desaire em terras australianas desde 2018, após 43 triunfos consecutivos e os já mencionados quatro troféus no Grand Slam. Mas mais preocupante do que a derrota, poderá ser a sua lesão num pulso, mas o próprio Djokovic desdramatiza: “Joguei lesionado no Open da Austrália nas minhas duas últimas participações e fui o vencedor”.

Rafael Nadal será o grande ausente nesta edição, pois sofreu uma  lesão muscular após ter sido eliminado nos quartos de final em Brisbane, na Austrália, no seu primeiro torneio após quase um ano de ausência. Numa mensagem publicada nas  redes sociais, o tenista espanhol revelou que espera voltar a estar ao seu “melhor nível dentro de três meses”. Recorde-se que Nadal foi vencedor de 22 torneios do Grand Slam, mas apenas dois foram na Austrália, em 2009 e 2022. 

Após quase um ano ausente dos “courts”, em recuperação de uma grave lesão na perna esquerda, o tenista de 37 anos iria querer mostrar que ainda está no topo. Outra das principais ausências neste torneio será Nick Kyrgios, o “bad boy” australiano que se encontra lesionado mas vai ser presença notada no Melbourne Park como comentador televisivo.

Iga Swiatek favorita no setor feminino

No setor feminino, a bielorrussa Aryna Sabalenka vai procurar revalidar o cetro alcançado no ano passado, em final com Elena Rybakina. Aryna é a segunda favorita ao triunfo final, segundo as odds do site da Betano.pt, atrás da polaca Iga Swiatek, enquanto no terceiro lugar surge a norte-americana Coco Gauff. Curiosamente, neste grau de favoritismo, as três seguem a ordem do atual ranking WTA.

Cinco finais marcantes no Open da Austrália

O Open da Austrália já teve 111 edições e ao longo da sua rica história não faltaram jogos épicos, daqueles que os amantes do ténis nunca irão esquecer. De seguida recordamos cinco finais marcantes que ainda hoje são recordadas.

5. Mark Edmondson vs John Newcombe (1976)

A final de 1976, que consagrou  Mark Edmondson como vencedor, diz muito aos australianos, pois foi a última vez que um tenista do país ganhou o torneio no setor masculino. O mais extraordinário nesta conquista é que Edmondson ocupava o 212º lugar do ranking mundial no início do torneio e, algumas semanas antes, trabalhava como empregado de limpeza num hospital para ganhar algum dinheiro.

Na final, o tenista australiano bateu John Newcombe, o  campeão em título que tinha derrotado Jimmy Connors na final de 1975. Quando Newcombe venceu o primeiro set, no desempate (7/6), presumiu-se que ganharia a confiança para não permitir veleidades ao seu opositor, mas este deu a volta com um espectacular 6/3, 7/6 e 6/1. Foi a única vez que Edmondson chegou à final de um Grand Slam e essa vitória permitiu-lhe mudar de emprego, passando de empregado de limpeza a vigilante, no mesmo hospital.

4. Jennifer Capriati vs Martina Hingis (2002)

Jennifer Capriati já tinha vencido o Open da Austrália em 2001 diante de Martina Hingis, depois de uma recuperação notável de problemas pessoais que quase arruinaram a sua carreira, mas o triunfo em 2022, diante da mesma adversária, foi ainda mais épico. Isto porque a norte-americana salvou quatro “match points” no segundo set (depois de recuperar de uma desvantagem de 0/4), acabando por chegar ao triunfo com os parciais de 4/6, 7/6 (7) e 6/2. E no primeiro set, tinha recuperado de uma desvantagem de 5/1 para chegar ao 5-4, mas Hingis ainda foi a tempo de vencer, por 6/4.

Esta partida entrou igualmente para a história pela discussão de Capriati com o árbitro, na qual se ouviram uma série de palavrões da tenista. “Tenho de confessar que não sei como ganhei hoje”, assumiu Jennifer Capriati no final desta épica partida.

3. Martina Navratilova vs Chris Evert (1981)

A final do Open da Austrália de 1981  terá sido a mais marcante das 80 partidas entre Martina Navratilova e Chris Evert. Esta última era a favorita, pois ocupava o primeiro lugar do ranking mundial, enquanto Navratilova, que tinha acabado de assumir a sua homossexualidade e de mudar a sua nacionalidade de checa para norte-americana, não tinha ganho nenhum dos oito torneios anteriores do Grand Slam (a sua última vitória tinha sido em Wimbledon, em 1979).

Numa final muito equilibrada, Evert ganhou o primeiro set por 7/6, mas Navratilova deu a volta, ganhando os dois seguintes, com os parciais de 6/4 e 7/5. Foi o primeiro título importante de Navratilova como americana e o primeiro como atleta assumidamente homossexual.

2. Rafael Nadal vs Daniil Medvedev (2022)

Foram 5 horas e 24 minutos de uma grande batalha e com uma grande reviravolta de Rafael Nadal, que conseguiu, nesse dia 30 de janeiro de 2022, alcançar o seu 21º torneio do Grand Slam, tornando-se no mais vitorioso de sempre (viria a ganhar mais um, mas entretanto foi ultrapassado por Novak Djokovic, que tem 24).

Tudo parecia correr sobre rodas para Medvedev, que venceu os dois primeiros sets, por 6/2 e 7/6 (7-5) mas Nadal foi buscar forças algures e operou a “cambalhota” com parciais de 6/4, 6/4 e 7/5. Foi a primeira vez na “Era Aberta”, iniciada em 1968 com a participação de tenistas profissionais, que alguém venceu a final deste torneio depois de estar a perder por 0-2 em sets.

1. Novak Djokovic vs Rafael Nadal (2012)

29 de janeiro de 2012 é um dos dias mais marcantes na história do ténis mundial, devido à incrível batalha de 5 horas e 53 minutos travada por Novak Djokovic e Rafael Nadal. O sérvio acabou por ser o vencedor, com os parciais de 5/7, 6/4, 6/2, 6/7(5) e 7/5,  num jogo que começou às 19h30 de Melbourne, tendo terminando praticamente às 01h30. Curiosamente, o sérvio já tinha disputado uma maratona de quase cinco horas com Andy Murray poucos dias antes, nas meias-finais.

“Fisicamente, foi o jogo mais duro que já realizei. Penso que  foi um belo jogo de ténis e aproveitei ao máximo ter feito parte de algo desta dimensão”, referiu o espanhol, enquanto Djokovic confessou que este foi, até à data, o melhor jogo da sua vida. “Trabalhamos todos os dias e dedicamos as nossas vidas a esta modalidade para que um dia possamos jogar uma partida de seis horas por um título de Grand Slam”, declarou Novak Djokovic.