Entre 27 de junho e 10 de julho disputa-se o torneio de Wimbledon, o Grand Slam mais antigo do circuito mundial de ténis, e que este ano está envolto em polémica por causa de uma decisão controversa da organização. Derivado à guerra da Ucrânia, que teve origem quando a Rússia invadiu o país vizinho, os tenistas russos e bielorrussos foram proibidos de participar no torneio inglês. 

Na sequência disto, o ATP e a WTA mostraram o seu desagrado e decidiram em conjunto que este Grand Slam não vai atribuir pontos para os respetivos rankings masculino e feminino. Num ano em que há esta polémica toda, a organização do torneio decidiu aumentar o prize money, o qual é um novo recorde: são 37 milhões de libras para dividir, sendo que os vencedores masculino e feminino recebem dois milhões cada, quase 18% a mais do que em 2021.

Esta vai ser ainda a primeira edição de Wimbledon sem os dois primeiros classificados do ranking ATP. Se o russo Daniil Medvedev, número 1 mundial, falha o torneio pelas razões acima mencionadas, já o alemão Alexander Zverev estará ausente devido à lesão que sofreu nas meias-finais de Roland Garros. De realçar ainda que desde novembro de 2003 que não acontecia as duas primeiras posições do ranking ATP não terem Nadal, Djokovic ou Federer.

Outro ausente de peso é o suíço Roger Federer, que não falhava este Grand Slam desde 1998 e que pode ver Novak Djokovic aproximar-se dele na lista dos maiores campeões de Wimbledon, mas já lá vamos a isso mais à frente. No caso de Nadal, que já venceu dois Grands Slams esta época (Austrália e Roland Garros), não era certo que o espanhol fosse pisar a relva do mítico torneio inglês quando este artigo foi publicado.

Djokovic favorito em Wimbledon

Novak Djokovic chega a Wimbledon na terceira posição do ranking mundial, atrás de  Medvedev e Zverev, mas é o primeiro cabeça de série. Além disso, o tenista sérvio vai à procura do quarto triunfo consecutivo no torneio: venceu em 2018, 2019 e 2021 – em 2020, não se disputou devido à pandemia da Covid-19). Em caso de triunfo,  Djokovic chega aos sete títulos na história deste Grand Slam e ficará apenas a um dos oito conquistados por Federer (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012 e 2017).

De acordo com as odds da Betano.pt, o sérvio é claramente favorito a vencer o torneio, com uma cotação de 1,80. Segue-se o espanhol Carlos Alcaraz, a grande sensação do circuito e atualmente sétimo no ranking ATP, com uma odd de 7,50. O italiano Matteo Berrettini, que fecha o top 10 mundial neste momento, completa o pódio de favoritos e o seu triunfo em Wimbledon vale dez euros por cada euro apostado. De recordar que na final da última edição, Djokovic levou de vencida  Berrettini em 4 sets, tendo começado a perder o primeiro por 6-7, mas depois deu a volta à situação e foi melhor nos três seguintes: 6-4, 6-4 e 6-3.

As últimas 5 finais de Wimbledon

2016 Andy Murray – Milos Raonic: 6–4, 7–6, 7–6

2017 Roger Federer – Marin Čilić: 6-3, 6-1, 6-4

2018 Novak Djokovic – Kevin Anderson: 6–2, 6–2, 7–6

2019 Novak Djokovic – Roger Federer: 7–6, 1–6, 7–6, 4–6, 13–12

2021 Novak Djokovic – Matteo Berrettini: 6–7, 6–4, 6–4, 6–3