Os Oklahoma City Thunder estão a caminho de protagonizar uma das épocas mais impressionantes da história recente da NBA, competição que podes acompanhar no site Betano.pt, onde tens também a oportunidade de fazer as tuas apostas e assistir aos jogos em direto através do Livestream. Líderes destacados da Conferência Oeste (46 vitórias e 11 derrotas), não só têm dominado os adversários, como também desafiam as convenções sobre a experiência necessária para vencer na liga norte-americana. Com a melhor defesa da NBA – eficiência defensiva de 105.0 pontos sofridos por cada 100 posses de bola – e o favorito ao prémio de MVP, Shai Gilgeous-Alexander, a equipa de OKC está pronta para fazer história.

Defesa de elite, individual e coletiva

Composta por vários jogadores que são crónicos candidatos às All-Defensive Teams, a equipa de Oklahoma lidera praticamente todas as métricas defensivas coletivas. Em termos individuais, os Thunder colocam quatro jogadores no top-10 da NBA de Defensive Estimated Plus-Minus, uma das métricas mais fiáveis para medir o impacto defensivo individual dos jogadores, do site Dunks and Threes: Alex Caruso (1.º), Chet Holmgren (4.º), Jalen Williams (7.º) e Isaiah Hartenstein (10.º). Além disso, Shai Gilgeous-Alexander, Cason Wallace e Lu Dort também estão entre os 50 melhores nesta métrica, reforçando o perfil defensivo dos atletas às ordens de Mark Daigneault.

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Uma das chaves para o sucesso dos Thunder tem sido a sua capacidade de explorar lineups com dois postes, Chet Holmgren e Isaiah Hartenstein. A dupla ainda não jogou muito tempo junta esta época devido a lesões, mas, nas poucas partidas em que coabitaram, demonstraram um enorme potencial defensivo. Nas 164 posses de bola em que partilharam o campo, os lineups com Holmgren e Hartenstein apresentam um Net Rating (diferença entre eficiências ofensiva e defensiva) de +18.3, segundo o site Cleaning the Glass, que exclui estatísticas em garbage time. A combinação de altura, mobilidade e versatilidade dos dois bigs permite que os Thunder protejam o cesto como poucas equipas conseguem. Holmgren, que está a lançar 43.8% de triplos desde o seu regresso de lesão, complementa perfeitamente o jogo mais físico e agressivo de Hartenstein, que está a caminho de ser o primeiro jogador da história da organização a ter uma temporada com médias de pelo menos 10 pontos, 10 ressaltos e um desarme de lançamento.

A agressividade defensiva no perímetro é outro fator que diferencia os Thunder. Daigneault conta com uma rotação de jogadores altamente versáteis para defender o ponto de ataque e as posições de extremo, como Lu Dort, Alex Caruso, Cason Wallace e Jalen Williams, todos capazes de defender múltiplas posições e limitar os principais marcadores adversários. Esta capacidade de trocar marcações e manter um alto nível de intensidade faz dos Thunder uma das equipas mais difíceis de enfrentar na NBA.

Dupla maravilha e banco profundo

Jalen Williams tem sido um dos pilares do sucesso dos Thunder nesta temporada. Em apenas três anos na liga, o extremo conseguiu a sua primeira nomeação para o All-Star, graças a médias de 21.0 pontos, 5.5 ressaltos e 5.1 assistências. J-Dub é um jogador de elite nos dois lados do campo e já manifestou o desejo de ser eleito para uma equipa All-Defensive no final da fase regular, mas o verdadeiro teste para Williams virá nos playoffs. Enquanto “ballhandler” secundário, a sua capacidade de manter o nível de produção ofensiva quando Shai não está em campo será crucial para o sucesso de OKC. Se Jalen Williams conseguir elevar o seu jogo na pós-temporada – algo que não aconteceu nos playoffs do ano passado e que também lhe faltou na final da NBA Cup desta época –, os Thunder terão ainda mais hipóteses de vencer.

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Ainda assim, o principal barómetro do sucesso dos Thunder chama-se Shai Gilgeous-Alexander, que atualmente é o favorito a vencer o prémio de MVP, apesar da genialidade do poste sérvio Nikola Jokić. Shai não só tem liderado a equipa com números ofensivos extraordinários – lidera os melhores marcadores da NBA, com média de 32.4 pontos por jogo -, como também tem melhorado substancialmente o seu impacto defensivo (+2.0 em Defensive Estimated Plus-Minus). Com a sua combinação de talento, liderança e capacidade de decisão nos momentos decisivos dos jogos, o base canadiano tem tudo o que é necessário para guiar os Thunder a uma longa caminhada nos playoffs e lançar as bases para a próxima grande dinastia da NBA.

Para além das suas estrelas, os Thunder têm uma profundidade invejável. Com 12 jogadores a somarem pelo menos 14 minutos de média por jogo, a equipa de Oklahoma tem uma rotação que pode manter um nível elevado de intensidade durante 48 minutos. Jogadores como Aaron Wiggins, Isaiah Joe, Jaylin Williams, Kenrich Williams e Ajay Mitchell têm-se revelado peças fundamentais ao longo da época. Essa profundidade poderá ser um fator decisivo para manter os nove homens mais utilizados na rotação frescos durante a fase regular e melhor preparados para render nos playoffs.

Controlo sobre os próximos drafts na NBA

O que torna os Thunder ainda mais assustadores é a sua impressionante coleção de ativos de draft. Nenhuma equipa na NBA combina tão bem a capacidade de vencer no presente com um planeamento a longo prazo tão sólido. Graças ao trabalho magistral do general manager Sam Presti, OKC possui entre 9 a 15 escolhas de primeira ronda e entre 21 a 27 picks de segunda ronda nos próximos sete drafts, até 2031. Esta flexibilidade permite-lhes continuar a reforçar a equipa ou utilizar estas escolhas em eventuais trocas para acrescentar mais talento comprovado.

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Um exemplo da abordagem meticulosa de Presti foi o uso da 12.ª escolha do draft de 2024 para selecionar Nikola Topić, um base sérvio promissor que, devido a lesão, não se estreará esta época, mas que representa mais um investimento estratégico no futuro. Esta decisão ilustra a paciência e a visão a longo prazo da organização, que pode dar-se ao luxo de esperar pelo desenvolvimento de jovens talentos sem comprometer o seu sucesso imediato.

Apesar das dúvidas que ainda pairam sobre a juventude e a experiência da equipa, os dados mostram que os Thunder têm todas as ferramentas necessárias para serem campeões. A combinação de uma defesa histórica, uma profundidade excecional e estrelas em ascensão como Shai Gilgeous-Alexander, Jalen Williams e Chet Holmgren coloca os Thunder como um dos maiores candidatos ao título desta e das próximas temporadas. Os analistas que ainda duvidam do potencial desta equipa podem estar prestes a testemunhar o nascimento de uma nova dinastia em Oklahoma City.

Por Ricardo Brito Reis

Comentador de NBA na Sport TV
Fundador do Borracha Laranja
Host do podcast Bola ao Ar