De um veterano revitalizado em Denver a uma jovem estrela renascida em Memphis e um marcador de pontos redescoberto em Chicago, três jogadores protagonizam histórias de superação que provam que, no basquetebol, tal como na vida, a reinvenção é sempre possível, até mesmo na NBA, competição que podes acompanhar no site da Betano.pt, onde tens também a oportunidade de fazer as tuas apostas e assistir aos jogos em direto através do Livestream.

Renascimento nas montanhas do Colorado

Russell Westbrook tem vivido um ano de redenção que poucos poderiam ter previsto, reinventando-se nos Denver Nuggets e mostrando que ainda é um jogador capaz de contribuir ao mais alto nível. Após anos de críticas ao seu estilo de jogo e à sua capacidade de se adaptar ao basquetebol moderno, Westbrook encontrou no Colorado o ambiente ideal para revitalizar a carreira. Sob a liderança de Mike Malone e ao lado do MVP Nikola Jokić, o base abraçou um papel complementar que maximizou as suas forças e teve um impacto direto no sucesso coletivo da equipa.

A química entre Westbrook e Jokić tem sido um dos maiores destaques desta temporada. Ambos são reconhecidos pela visão de jogo e pela capacidade de criar oportunidades para os colegas, e a sua ligação transformou os Nuggets numa das equipas ofensivamente mais perigosas da NBA. Com médias de 13.1 pontos, 5.0 ressaltos e 6.5 assistências, Westbrook tem brilhado em cortes e no trabalho sem bola, num papel secundário que assenta como uma luva nas características do poste sérvio.

Defensivamente, Westbrook também tem revelado melhorias significativas, compensando as limitações físicas da idade – que não se notam por aí além! – com inteligência posicional. O base tem utilizado o seu atleticismo para desempenhos sólidos no um-contra-um e, em alguns encaixes, consegue mesmo travar adversários maiores e fisicamente mais imponentes.

Três histórias de redenção na NBA

Mais do que o impacto refletido nas estatísticas, Westbrook trouxe aos Nuggets um elemento intangível de liderança e competitividade. A sua energia contagia um grupo que precisava de uma presença emocional, e este papel de líder vocal ajudou a consolidar um espírito competitivo numa equipa que ambiciona lutar pelo título. A sua contribuição vai muito além dos números, destacando-se pela forma como motiva os colegas em cada posse de bola.

Passa por aqui: 5 grandes questões para 2025 (no mundo do basquetebol)

Com o regresso de Aaron Gordon, Mike Malone terá de ajustar as rotações para maximizar o impacto de Westbrook. Seja como titular ou vindo do banco, o antigo MVP já provou ser uma peça essencial nos minutos que partilha com Jokić. Mais do que um simples renascimento, esta temporada reescreve a narrativa de Westbrook, que continua na perseguição ao primeiro título da carreira.

De volta ao topo com os Grizzlies

Ja Morant é outro exemplo de recuperação bem-sucedida, depois de um ano anterior marcado por lesões e controvérsias fora do campo. O base dos Memphis Grizzlies voltou a brilhar e lidera uma equipa rejuvenescida que tem ocupado o pódio da classificação na Conferência Oeste. A mudança no estilo de jogo dos Grizzlies, agora focado num ritmo acelerado e na movimentação constante, permitiu a Morant explorar o seu talento criativo de uma forma única, que privilegia a velocidade que o caracteriza.

Vê também: A NBA nas mãos de três gigantes europeus

Mesmo com o lançamento exterior ainda inconsistente, Morant é o motor de um ataque inovador que revitalizou a imagem dos Grizzlies e os colocou novamente como uma das equipas mais emocionantes da liga. A capacidade de Ja para se adaptar a um sistema mais coletivo demonstra maturidade e reafirma o seu lugar entre os melhores bases da NBA.

Resposta aos críticos em Chicago

Zach LaVine também é um dos “comeback kids” desta temporada. Depois de uma fase da carreira em que o elevado contrato e as lesões ofuscaram o seu talento, o extremo dos Chicago Bulls voltou a mostrar, nesta época, por que é um dos melhores marcadores de pontos da liga. Mais do que pela média de pontos, LaVine tem impressionado pela eficácia: acima dos 51% nos lançamentos de campo e 45% nos triplos, bem superiores às percentagens de carreira (47% e 39%, respetivamente).

Lê ainda: Giannis Antetokounmpo é o primeiro Embaixador Global da Betano

Embora os Bulls enfrentem um dilema estratégico entre competir e preservar a sua escolha no draft, o valor de mercado de LaVine subiu consideravelmente com a primeira metade da temporada. Independentemente do futuro, esta época reafirma o seu estatuto como lançador de elite e mostra que LaVine ainda tem muito a oferecer, seja em Chicago ou noutra franquia.

Por Ricardo Brito Reis

Comentador de NBA na Sport TV
Fundador do Borracha Laranja
Host do podcast Bola ao Ar