Na madrugada de quinta para sexta-feira arranca a final da NBA, com a realização do primeiro jogo entre Boston Celtics e Dallas Mavericks, no TD Garden. A equipa de Neemias Queta realizou uma caminhada tranquila nos playoffs na conferência Este, já os texanos travaram duras batalhas no Oeste. Podes apostar em todos os encontros da final no site da Betano.pt e fica desde já a saber que os “verdes” de Boston são favoritos neste encontro, bem como no mercado de campeão.
Os Celtics foram a melhor equipa durante a fase regular da NBA, com 64 vitórias e 18 derrotas, já os Mavs terminaram na quinta posição, com 50 trunfos em 82 encontros, tornando-se desta forma apenas a segunda formação na história da liga a chegar à final, isto depois de terminar apenas no quinto lugar.
Para o conjunto de Boston, tudo o que não seja vencer a liga este ano será uma desilusão, isto quando se fala de uma equipa que vai em seis finais de conferência nos últimos oito anos e marca presença na final pela segunda vez em três épocas, mas que não é campeão desde 2008. Em caso de triunfo, os Celtics isolam-se no topo da lista dos maiores vencedores da NBA, com 18 anéis conquistados, mais um que o grande rival Los Angeles Lakers. Para atacar o título esta época, a formação de Boston contratou Jrue Holiday (ex-Milwaukee Bucks) e Kristan Porzingis (ex- Washington Wizards e que já passou pelos Mavs).
No caso dos Mavericks, a certa altura na temporada parecia impossível ver a formação texana com chances de poder lutar pelo título, mas as contratações cirúrgicas no “mercado de inverno” (P. J. Washington, vindo dos Charlotte Hornets, e Daniel Gafford, dos Washington Wizards) transformaram o conjunto liderado por Jason Kidd. A formação de Dallas tem um currículo bem mais modesto que o adversário, contando apenas com um título, em 2011, e uma final perdida, em 2006.
Não há memória de outra equipa na história da liga ter tido a sorte dos Celtics nos playoffs até ao momento, isto sem querer tirar mérito ao percurso dos pupilos de Joe Mazzulla. É que nas três eliminatórias que disputaram até ao momento, em todas elas o adversário viu-se desfalcado do melhor jogador. Na primeira ronda, diante dos Miami Heat (4-1), Jimmy Butler falhou todos os duelos, devido a lesão no play-in.
Nas meias-finais de conferência, contra os Cleveland Cavaliers (4-1), foi a vez de Donovan Mitchell não poder dar o seu contributo nos jogos 3 e 4, cenário semelhante ao que aconteceu com Tyrese Haliburton, que viu do banco dois duelos dos seus Indiana Pacers contra os Celtics (4-0) na final de conferência.
No Oeste, os Mavericks de Jason Kidd (ele que fez parte da equipa que venceu a liga em 2011) tiveram vida mais difícil, logo porque nunca tiveram o fator casa a seu favor, ou seja, para seguirem em frente nos playoffs sabiam que teriam sempre que vencer pelo menos um jogo fora. Começaram por eliminar os Los Angeles Clippers (4-2), que eram um dos favoritos ao título, depois arrumaram os Oklahoma City Thunder (4-2) e na final de conferência bateram os Minnesota Timberwolves (4-1), eles que tinham eliminado os campeões Denver Nuggets na ronda anterior (4-3).
Há quem defenda que os Celtics têm o melhor cinco inicial da NBA, com Jayson Tatum, Jaylen Brown, Derrick White, Jrue Holiday e Kristaps Porzingis, sendo que este último tem estado lesionado, mas deve voltar ao ativo já no primeiro duelo contra os Mavs. Além disso, estamos perante um conjunto que defende como poucos e tem nos triplos a sua principal arma ofensiva: quando entram, são quase imbatíveis, mas quando estão numa noite menos inspirada, muitas vezes parece não haver plano B ofensivo.
Tatum e Brown, juntos, valem 51 pontos por partida, isto além de 16 ressaltos e oito assistências. Depois, surgem Derrick White (quase 18 pontos) e Jrue Holiday, para muitos o melhor defensor da NBA, com quase 13 pontos. Vindos do banco, Al Horford, Payton Pritchard, Sam Hauser e Luke Kornet costumam dar contributos importantes. Em relação ao português Neemias Queta, este conta com presença em dois encontros, para um total de quatro minutos, sendo pouco provável que seja utilizado nos duelos com os texanos, isto tendo em conta as opções do treinador nestes playoffs.
Nos Mavericks, há dois jogadores acima de todos os outros e, entre esses, está um que pertence claramente à categoria de super estrela. Falamos de Luka Doncic, que lidera as estatísticas da equipa em quatro categorias, com 28,8 pontos, 9,6 ressaltos, 8,8 assistências, e 1,6 roubos de bola. Logo atrás surge Kyrie Irving, com 22,8 pontos, cinco assistências e quatro ressaltos. Juntos, têm sido demolidores até ao momento e, nos minutos finais das partidas, o talento individual de cada um resolveu muitos problemas ofensivos aos Mavs. Agora, diante dos Celtics espera-se que tenham vida muito difícil, já que pela frente terão jogadores que defendem muito bem, como Derrick White e Jrue Holiday.
Atrás das estrelas, os restantes elementos do cinco inicial (P.J. Washington, Derrick Jones Jr., Daniel Gafford) têm cumprido com muita qualidade as suas tarefas defensivas e ofensivas e no banco estão jogadores que dão garantias a Jason Kidd, como sejam Dereck Lively II e Josh Green. Este duelo marca ainda o regresso de Irving a Boston, ele que teve uma passagem pouco feliz pela formação de Massachusetts, entre 2017 e 2019. Desde que deixou os Celtics, e sempre que volta ao TD Garden, é alvo de muitos assobios, cenário que não deve mudar nesta final. De recordar que o talentoso jogador já sabe o que é ser campeão da NBA, já que venceu o título em 2016, ao serviço dos Cavs, ao lado de LeBron James.