Domingo, 18 de dezembro, às 15h, é dado o pontapé de saída da final do campeonato do mundo entre a Argentina e a França, que terá lugar no Estádio Lusail. Ambas as seleções procuram o “tri” e têm em jogadores do PSG as suas maiores figuras: Messi e Mbappé, que lideram ainda a lista dos melhores marcadores, com cinco golos, mais um que os respetivos colegas de ataque, Julian Álvarez e Olivier Giroud. Podes apostar neste grande jogo no site de Betano.pt e fica desde já a saber que os gauleses são ligeiramente favoritos a conquistar o troféu.
Didier Deschamps tornou-se no quarto selecionador a chegar a finais consecutivas na história dos campeonatos do mundo, depois de Vittorio Pozzo com a Itália (1934 e 1938), Carlos Bilardo com a Argentina (1986 e 1990) e Franz Beckenbauer com a Alemanha (1986 e 1990). A França é também a primeira seleção a marcar presença em duas finais seguidas depois do Brasil em 1998 e 2002. Para se perceber a força das equipas gaulesas nos anos mais recentes, recordamos ainda que esta é a quarta presença no jogo decisivo nas sete últimas finais da competição (1998, 2006, 2018 e 2022), duas vezes mais que qualquer outra seleção durante o mesmo período.
As duas seleções vão à procura do terceiro título mundial. Os sul-americanos venceram a competição em 1978 e 1986, já os gauleses fizeram a festa em 1998 e 2018. Além destas conquistas, a seleção das pampas já marcou presença em mais três finais, para um total de seis presenças, já contando com a do próximo domingo – só os alemães registam mais participações no encontro decisivo (oito). A Argentina foi finalista vencida em 1930, 1990 e em 2014. No caso dos franceses, além das finais que venceram, só se apuraram noutra ocasião para a partida que tudo decide e isso foi em 2006, quando foram derrotados pela Itália.
Para chegarem à final de dia 18 de dezembro, as duas formações apresentam um registo semelhante: quatro vitórias, um empate e uma derrota para Messi e companhia, enquanto os campeões do mundo venceram cinco partidas e somaram ainda um desaire. Argentina e França terminaram a fase de grupos em primeiro lugar e nos oitavos de final bateram Austrália (2-1) e Polónia (3-1), respetivamente. Nos “quartos” da prova, deixaram para trás Países Baixos (2-2, após prolongamento, com 4-3 nos pénaltis) e Inglaterra (2-1), enquanto nas “meias” os argentinos derrotaram a Croácia (3-0) e os gauleses despacharam Marrocos (2-0), o carrasco de Portugal e Espanha.
Além da disputa pelo título mundial, que é o que todos os jogadores querem alcançar na final de domingo, a nível individual está também em disputa a consagração de melhor marcador da prova. Messi e Mbappé lideram a lista, com cinco golos, mais um que Álvarez e Giroud.
De acordo com as odds da Betano.pt, o número 10 argentino é o melhor cotado para ficar com o galardão, à frente do seu colega de de equipa no PSG. Álvarez e Giroud surgem atrás deste duo, com a mesma odd. De realçar que o jovem avançado argentino, com o bis frente à Croácia, passou a ser o segundo jogador mais jovem de sempre a marcar dois golos numa meia-final, aos 22 anos e 316 dias, só superado pelos 17 anos e 249 dias de Pelé.
Até ao momento, as duas equipas defrontaram-se em doze ocasiões, com o saldo a ser favorável aos sul-americanos, com seis vitórias, três empates e três derrotas. Destes confrontos, só três foram em Mundiais e também aqui os argentinos levam a melhor, com dois triunfos e apenas um desaire.
As vitórias aconteceram nos campeonatos do mundo de 1930 e em 1978, já o desaire argentino é bem mais recente e teve lugar em 2018, na edição da prova disputada na Rússia. França e Argentina defrontaram-se então nos oitavos de final da competição e houve show de Mbappé, na altura com apenas 19 anos. O conjunto europeu venceu o adversário da próxima final por 4-3, mas o resultado engana, já que o domínio gaulês foi avassalador.
Aos 13 minutos, Griezmann abriu o marcador, através da marcação de uma grande penalidade, depois de falta sofrida por Mbapp
é, mas antes do intervalo Di Maria restabeleceu a igualdade. No arranque da segunda parte, e contra a corrente do jogo, Mercado deu vantagem aos sul-americanos, mas aos 57’ Pavard fez o 2-2. Depois, um bis de Mbappé (64 e 68) colocou o resultado em 4-2 e, aos 93’, Aguero fechou a contagem.
Jorge Valdano, campeão do Mundo em 1986 pela Argentina ao lado de Diego Maradona, abordou nestes dias as exibições de Lionel Messi no campeonato do mundo. “Messi está a mostrar a essência do futebol, está mais ligado do que nunca com todos e está a mostrar o caráter que sempre teve. Está ‘maranodeando’ neste Mundial”, disse. E de facto Messi tem estado em grande plano, contando já com cinco golos, aos quais junta ainda três assistências.
Depois da vitória diante da Croácia, que carimbou passagem para a final da competição, Messi confirmou que dia 18 disputará o último jogo num campeonato do mundo. “Estou muito feliz por conseguir isto, terminar a minha participação em Mundiais com uma presença na final. Tudo o que vivi nesta competição é muito emocionante. Com certeza é o último Mundial, faltam muitos anos para a próxima e acho que não me vai dar. E terminar assim é o melhor”, referiu ao jornal Olé.
2022 está a ser inclusive o ano mais concretizador do pequeno génio com a camisola albiceleste vestida, com 16 tentos apontados, mais quatro do que a sua anterior melhor marcada, registada em 2012. Além disso, Messi tornou-se no primeiro futebolista a marcar e assistir no mesmo jogo em quatro ocasiões: Sérvia, em 2006, México, Países Baixos e Croácia nesta edição do Catar. Com o golo apontado diante da Croácia, o 10 argentino passou a ser o melhor marcador da sua seleção em fases finais de campeonatos do mundo, deixando para trás Batistuta, com dez golos.
Sem o fulgor físico de outros tempos, Messi, de 35 anos, parece estar muitas vezes escondido do jogo, mas quando recebe a bola no pé tudo pode acontecer, como se tem visto na edição deste ano da prova. A caminhar a passos largos para o fim da carreira, esta é a última oportunidade de vencer um campeonato do mundo, depois da final perdida em 2014, diante da Alemanha.
Aliás, Messi tem um historial de finais perdidas com a camisola das pampas, sequência essa que terminou na última edição da Copa América, quando a Argentina venceu na final o Brasil, quebrando assim um jejum de 28 anos sem títulos. Além do campeonato do mundo de 2014, o astro argentino perdeu ainda três finais da Copa América – 2007, 2015 e 2016.
O defesa Otamendi e o médio Enzo Fernández, ambos do Benfica, têm sido titulares na formação liderada por Scaloni e, ao que tudo indica, irão manter esse estatuto na final de domingo, sendo que nenhuma das equipas têm ausentes entre os principais jogadores.
Em caso de vitória da Argentina, esta será a primeira vez que um clube português terá futebolistas a sagrarem-se campeões do mundo. Em 1994, Branco, Aldair e Ricardo Rocha festejaram o título, depois de terem jogado em Portugal, enquanto Polga (2002), Casillas e Capdevila (2010) representaram Sporting, FC Porto e Benfica após terem conquistado a competição ao serviço das respetivas seleções.