Depois da pausa para o All-Star, aproxima-se a fase decisiva da temporada da NBA, competição que podes acompanhar no site da Betano.pt, onde tens também a oportunidade de fazer as tuas apostas e assistir aos jogos em direto através do Livestream, e algumas equipas começam a destacar-se como sérios candidatos ao título. Os Oklahoma City Thunder continuam a dominar o Oeste, Cleveland rivaliza com Boston no topo do Este e os Lakers apostaram tudo em Luka Dončić. Pelo meio, Milwaukee e Philadelphia enfrentam crises de identidade e Golden State tenta renascer com Jimmy Butler. Com tanto em jogo, quem sairá por cima na luta pelo troféu Larry O’Brien?
Os Cleveland Cavaliers têm o melhor registo da liga (44-10), em igualdade com os Oklahoma City Thunder, e destacam-se como a única equipa com três All-Stars este ano: Donovan Mitchell, Evan Mobley e Darius Garland. O equilíbrio entre ataque e defesa tem sido a chave do sucesso, com os Cavs a liderarem a NBA em percentagem de lançamentos de dois pontos (58.5%) e triplos (39.3%), além de serem a quarta equipa com maior volume de tentativas de lançamento exterior (41.2 por jogo) e a segunda em triplos convertidos (16.2).
Numa “copycat league”, Cleveland tenta assim replicar a fórmula que levou os Boston Celtics ao sucesso na época passada, e a chegada de De’Andre Hunter antes do fecho do mercado pode ser um fator decisivo para os playoffs, principalmente num possível confronto com os atuais campeões. O extremo ainda está a adaptar-se ao sistema de Kenny Atkinson, mas o seu perfil defensivo e capacidade atlética acrescentam profundidade a um plantel já de si versátil. Com o melhor ataque da liga (122.5 de eficiência ofensiva) e a oitava melhor defesa, os Cavs parecem ter todos os ingredientes para disputar o título.
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Ainda assim, os Boston Celtics devem ser considerados os favoritos a sobreviver no Este, apesar de uma época menos consistente do que a anterior. São a única equipa da NBA no top-4 tanto em eficiência ofensiva como defensiva, o que demonstra o equilíbrio e a solidez do “Mazzulla Ball”. No entanto, há preocupações evidentes. O veterano Al Horford já não tem a frescura de outrora e Jrue Holiday tem lidado com um problema recorrente num ombro, além de uma acentuada quebra de rendimento no tiro exterior, baixando dos 42.9% da época passada para 34.2% esta temporada. Se os Celtics querem repetir o sucesso de 2024, terão de gerir a rotação com inteligência e encontrar soluções para os desafios físicos que afetam algumas das suas peças-chave.
Os Milwaukee Bucks passaram por uma reestruturação profunda antes do trade deadline, trocando Khris Middleton por Kyle Kuzma e adquirindo Kevin Porter Jr. e Jericho Sims. Estas mudanças, no entanto, parecem mais uma tentativa de reduzir a luxury tax do que propriamente um esforço para reforçar a equipa para os playoffs. Middleton, apesar dos problemas físicos, ainda era uma referência ofensiva, e a sua saída reforça a sensação de que Milwaukee está a perder terreno na hierarquia do Este, em vez de se consolidar como candidato ao título.
A integração de Kuzma levanta algumas dúvidas. O extremo tem qualidade ofensiva, mas não é um grande defensor, nem um lançador de elite, e a sua chegada não resolve o principal problema do conjunto de Doc Rivers: a inconsistência no lado defensivo. Com Giannis Antetokounmpo e Damian Lillard a carregarem a equipa, os Bucks precisam desesperadamente de encontrar equilíbrio. A incapacidade de proteger o cesto quando Brook Lopez descansa tem sido um problema gritante, e a adição de Sims pode não ser suficiente para corrigir essa lacuna.
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Já os Philadelphia 76ers enfrentam uma temporada catastrófica. A chegada de Paul George no verão parecia transformar os Sixers num dos favoritos, mas as lesões de Joel Embiid deitaram tudo por terra. A equipa tem um registo paupérrimo de 12-25 sem o poste, o que confirma a dependência total do gigante. Mesmo com PG13 e Tyrese Maxey a tentarem segurar as pontas, Philadelphia está atualmente fora da zona de play-in, um cenário impensável no início da época. Com poucas perspetivas de recuperação a curto prazo, os Sixers podem ter de tomar uma decisão difícil: lutar desesperadamente por um lugar nos playoffs ou abraçar um tanking estratégico para garantir uma escolha de topo no draft. O problema? Mesmo que terminem com um dos piores registos, a sua escolha de draft está condicionada e pode ser desviada para os Oklahoma City Thunder.
Os Los Angeles Lakers protagonizaram a troca mais bombástica da época ao adquirirem Luka Dončić dos Dallas Mavericks numa movimentação que envolveu Anthony Davis. A mudança representa um novo rumo para a organização, garantindo um sucessor natural para LeBron James e uma estrela capaz de manter os californianos competitivos por muitos anos. No entanto, a curto prazo, a troca deixou os Lakers vulneráveis. Sem Davis, existe agora um buraco defensivo no jogo interior e um desafio tático pela frente para integrar Dončić no sistema de JJ Redick.
A dupla LeLuka pode ser um pesadelo ofensivo para os adversários, mas a falta de uma âncora defensiva pode penalizar os Lakers nos playoffs. Ainda assim, a coexistência de “Luka Magic” com o melhor marcador da história da NBA faz sonhar os adeptos dos Lakers, que querem voltar a igualar os Celtics como as equipas mais tituladas da liga norte-americana. Não muito longe, no Intuit Dome, os Clippers fizeram uma grande aposta em Bogdan Bogdanović para reforçar o ataque, mas o sérvio precisa de reencontrar a sua melhor forma se quiser ser uma alternativa válida nos minutos de descanso de James Harden. Quanto a Kawhi Leonard, que se estreou a 4 de janeiro e soma apenas 15 jogos, a frescura física pode ser decisiva nos playoffs… se conseguir manter-se saudável, o que, no caso de Kawhi, é sempre uma incógnita.
A chegada de Jimmy Butler aos Golden State Warriors levanta muitas questões, mas também oferece esperança a uma equipa que luta para escapar do play-in. Butler traz experiência, defesa e uma mentalidade competitiva que, depois da primeira amostra, parece encaixar bem ao lado de Stephen Curry e Draymond Green. No entanto, os Warriors continuam a ter problemas estruturais, especialmente na rotação interior e na falta de um lançador consistente para aliviar a carga sobre Curry. Para já, a capacidade do ex-Miami Heat em oferecer à equipa uma opção viável para funcionar como segunda opção ofensiva, e o facto de dar muito do que a formação orientada por Steve Kerr precisa – criação no poste baixo, pressão no aro e idas para a linha de lance livre -, é uma lufada de ar fresco em São Francisco.
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Em Dallas, a saída de Luka Dončić colocou os Dallas Mavericks num cenário complicado. A troca por Anthony Davis dava-lhes uma âncora defensiva e uma presença dominante nas áreas restritivas, mas o pior aconteceu e AD lesionou-se logo no primeiro jogo com alguma gravidade. Sem Dončić e sem Davis, as esperanças de playoffs para os finalistas vencidos de 2024 estão em risco. Kyrie Irving, agora líder isolado dos texanos, terá de carregar uma fatia ainda maior de responsabilidade, e uma lesão nas costas faz levantar o sobrolho dos adeptos dos Mavs. Ou, pelo menos, daqueles que continuam a apoiar a equipa depois do choque da troca de Luka.
Com um registo de 44-10, os Oklahoma City Thunder lideram confortavelmente a Conferência Oeste da NBA e estão a caminho de alcançar a melhor temporada regular da história da organização. Este sucesso não surge por acaso – é o resultado de um crescimento sustentado, de uma defesa implacável e de um ataque em franca ascensão. O treinador Mark Daigneault tem conseguido maximizar um núcleo jovem, dinâmico e versátil, apostando na continuidade e na variabilidade tática ao longo da época. A grande força dos Thunder continua a ser a sua defesa sufocante. A equipa é, de longe, a melhor da liga em eficiência defensiva, beneficiando do impacto de jogadores como Lu Dort, Alex Caruso, Jalen Williams, Chet Holmgren e Isaiah Hartenstein, que criam turnovers e limitam as tentativas de lançamento dos adversários, permitindo um jogo letal na transição ofensiva.
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A evolução do ataque pode ser, de resto, a peça final para legitimar as aspirações de OKC. A ascensão de Jalen Williams como um complemento fiável a Shai Gilgeous-Alexander, a maior eficácia dos lançadores exteriores e a adaptação de Holmgren após o regresso de lesão são fatores que poderão definir o teto desta equipa na fase a eliminar da competição. E se os Thunder mantiverem este nível até ao final da fase regular, Shai ficará numa posição privilegiada para ser eleito MVP. Apesar da melhor época da carreira de Nikola Jokić, a “voters fatigue” pode impedir o sérvio de conquistar a quarta estatueta em cinco anos e Shai, que lidera a liga em pontos por jogo, tem sido o motor de uma equipa que pode terminar com mais de 65 vitórias.